"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 24 de abril de 2011

Uma voz silenciada, muitas vozes indignadas!

Por Jaime A Moreno-

É, pois, uma pena dizer isso, mas a contraprestação com o governo de Santos por parte de seu novo amigo, era essa e talvez muitas outras que devemos esperar para dor de nossos povos. Se está impondo a lógica dos Estados burgueses por encima daquela dos povos, assim que a burocracia bolivariana está de parabéns, mas não por isso enganarão seu povo, porque os povos vão conhecendo a verdadeira dimensão de seus amigos-enemigos. Na Colômbia 60 anos de conflito nos têm aportado clareza suficiente.


Olhemos a lógica: Um jornalista revolucionário colombiano, exilado pelo regime desse país, está dedicado a fazer oposição utilizando os únicos canais por onde se pode fazer isso (a internet), sem que o frio da morte esteja tão próximo e, que não tem sido preso em país européio algum porque goza de asilo, é detido pelos muito atentos "irmãos bolivarianos" e decidem fazer isso acompanhados da grande mídia, como se fosse um falso positivo para "prestigiar" o fascismo colombiano, mostrando o companheiro como uma presa para silenciar as vozes solidárias com a insurgência revolucionária e bolivariana colombiana. Qualquer um dirá: O mundo está ao revés.


!Não é o mundo ao revés! O que estamos observando, como esse lamentável feito, é o confronto entre o idealismo burguês e o materialismo revolucionário. Os bolivarianos do petróleo têm resolvido confrontar o marxismo, o leninismo e ao mesmo Bolívar, obviamente, não todos e, daí seu ecletismo pragmático conjuntural, mais próximo das atitudes reacionárias que dos verdadeiros saltos qualitativos da consciência revolucionária necessária para enfrentar o Império dos EUA.

A captura do jornalista Joaquín Pérez Becerra de ANNCOL -Agencia de Notícias da Nova Colômbia- , é uma concessão vergonhosa ao Império, isso não tem como ser chamado. O Comandante Chávez terá uma oportunidade a mais de nos esclarecer se em verdade a retórica revolucionária corresponde aos feitos revolucionários. Só os feitos falam, Comandante, não esqueça isso. Também, não esqueça que na Colômbia há um muro de contenção para que nos tenha sonhando a muitos.

Agora bem, seria bom saber quais são as diretrizes bolivarianas sobre o conflito colombiano, se são as que emana o Comandante ou aquelas da incrustada burocracia de camisetas vermelinhas, que não entende nada de nada, ou talvez entende demais sobre os verdadeiros aliados da revolução venezuelana, além da fronteira oeste de seu país.