Diretor de Anncol diz que não pertence às FARC
Por Resumen Latinoamericano
O Diretor de www.anncol.eu foi deportado para Colômbia, onde manifestou que não pertence às FARC, coisa da qual o acusa o governo de Juan Manuel Santos.
Durante seu translado ao complexo judicial de Paloquemao em Bogotá, Colômbia, Joaquín Pérez Becerra negou pertencer às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e esclareceu que sua detenção "é um juíço contra a livre expressão e o desenvolvimento dos meio alternativos e, utilizam essa ferramenta para justifica-lo"
O passado 23 de abril, Pérez Becerra foi detido no aeroporto internacional de Maiquetia devido a que é requerido pela Polícia Internacional (Interpol) com difusão vermelha e, foi deportado na Segunda-feira passada para Bogotá, onde é solicitado pela suposta comissão de delitos relacionados com atividades "terroristas", por sua suposta vinculação às FARC.
Pérez Becerra é Diretor da Agência de Notícias Nova Colômbia (ANNCOL) fundada em 1996 com o objetivo de "servir à causa emancipadora dos povos do mundo, especialmente dos povos latinoamericanos e com especial atenção, na causa libertadora do povo colombiano", destaca esse meio na sua página web.
"Já na Embaixada (de Suécia) sabem de minha situação e do atropelo contra a liberdade de expressão que se está cometendo", indicou o jornalista detido.
Ao ingressar no Complexo Judicìal de Paloquemao, fortemente escoltado, disse que não é guerrilheiro e que sua labor como Diretor da Agência ANNCOL era jornalística.
"Eu não sou embaixador de ninguém, este é um atentado contra a liberdade de expressão de um meio alternativo", acrescentou trás negar sua participação em atos terroristas.
Na primeira metade da década dos 90 o comunicador foi vereador no município de Corinta, estado do Valle del Causa, em representação da União Patriótica (UP), Movimento de oposição na Colômbia que surgiu em 1984 integrado por grupos políticos e sociais, entre eles as FARC e o Partido Comunista Colombiano, que apoiavam a paz nessa nação.
Ante o surgimento da União Patriótica, grupos de extrema direita impulsionaram a perseguição, desaparição forçada e o assassinato de seus militantes.
Dois candidatos presidenciais, oito congressistas, treze deputados, setenta vereador, onze prefeitos e milhares de militantes da UP foram assassinados pelos grupos paramilitares e forças de segurança do Estado colombiano.
Pérez Becerra se exilou e em maio de 1994 Suécia concedeu-lhe o asilo político, onde tem morado desde então e, renunceu à nacionalidade colombiana no ano 2.000
"Estávamos detrás dele desde h[a muito tempo"afirmou o fim de semana passado o presidente colombiano Juan Manuel Santos, que afirma que o jornalista "tem sido o responsável durante muitíssimos anos de toda essa má propaganda que têm feito as FARC contra Colômbia na Europa"
Pérez Becerra participou da fundação da Associação Jaime Pardo Leal (AJPL), organização que apóia uma saída política para o conflito armado colombiano e, palestrava em outros países de Europa para denunciar a situação de violação dos Direitos Humanos na Colômbia.
O advogado Ramiro Orjuela, defensor do Diretor de ANNCOL, disse que se está pidiendo é a captura de um cidadão sueco, que foi militante da União Patriótica.
"Eles foram exterminados, por isso se viu obrigado a sair do país, mas não estamos ante um terrorista, como estão pretendendo fazer crer", acrescentou o advogado.
Ademais, pediu que se negue a captura porque os termos para legalizá-lha já venceram. "Já se cumpriram as 36 horas que tinham para apresentá-lo, a Polícia e a Promotoria dizem que ele foi capturado ontem (Segunda-feira), mas isso não é certo porque meu defendido foi capturado o dia sábado passado"