Primero se llevaron a los vascos, pero a mi no me importo...
Por Juan Garcia
Primeiro se levaram os vascos, extraditados para Reino de Espanha apesar de ter nacionalidade venezuelana. E apesar de que o governo espanhol tem sido acusado pelo relator especial para os direitos humanos da ONU, de graves violações dos direitos humanos, assim como do uso sistemático da tortura como meio de castigo contra os presos políticos.
Mas, a mim não me importou porque eu não era vasco.
Depois se levaram a Granda, seqüestrado pelo governo colombiano no pleno coração de Caracas, em cumplicidade com funcionários policiais venezuelanos.
Mas, esse caso não me importou, porque por razões “de Estado”, de “outros estados” para ser mais exato, o camarada foi deixado em liberdade, dois anos e meio depois e, com isso acabou-se esse escândalo.
Mais tarde decidiram passar para o "baixo perfil". O caso de Ilich Ramírez, venezuelano detido ilegalmente e, encarcerado injustamente pelo imperialismo francês. Condenado à marginalidade e o esquecimento, por parte da própria diplomacia venezuelana, sendo porém um dos mais grandes exemplos anti-imperialistas desse país.
Mas, não me importou porque eu não sou venezuelano.
Mais tarde encarceraram a Sabino Romero, líder indígena lutador pelas suas terras ancestrais. Acusado sem provas por pecuaristas e latifundiários. Palavra de latifundiário contra palavra de índio....
Mas, a mim não me importou porque eu no era índio.
Depois extraditaram três guerrilheiros apesar de que pouco tempo atrás, Chávez proclamava na Assembléia Nacional: "As FARC e o ELN não são terroristas, são verdadeiros Exércitos e há que dar-lhes reconhecimento", "São forças insurgentes que têm um projeto político e bolivariano que aqui é respeitado". Resultado: Três jovens combatentes pela liberdade de sua terra e verdadeiros patriotas, entregados sem nenhum pudero às garras assassinas da oligarquia terrorista pro-ianque.
Mas, não me importei porque não era bolivariano.
Ontem extraditaram um jornalista com nacionalidade sueca de origem colombiano. Sobrevivente do extermínio da União Patriótica, refugiado político nesse país nórdico desde há vinte anos. Diretor responsável da Agência de Notícias ANNCOL, uma das páginas web mais consequentes que informa sobre o terrorismo do Estado Colombiano.
Mas, não me importou porque eu não era jornalista.
Neste momento me estão deportando.....
mas, já é tarde......
fonte: abpnoticias.com