"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sábado, 20 de outubro de 2012

Piedad Códoba quer que sociedade participe de diálogos de paz


A ex-senadora e integrante do movimento Colombianos e Colombianas Pela
Paz, Piedad Córdoba, afirmou, durante coletiva de imprensa nesta
sexta-feira (19) que os diálogos de paz entre o governo colombiano e
as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deve colocar em
debate o atual modelo de desenvolvimento que impera no país.
Córdoba declarou que existe “um modelo de desenvolvimento gasto”, que
permite o saque dos recursos naturais e a mineração extrativista,
entre outros.

“Este país tem que dar um passo para a democracia participativa. Esses
acordos (entre o governo e as Farc) não podem ser legitimados se não
levarem a experiência das organizações sociais (…) o que queremos são
acordos duradouros e não efêmeros”. A ativista acrescentou que os
meios de comunicação devem se transformar em “porta-vozes da sociedade
civil”.

Para a defensora dos direitos humanos, se não existe a vontade de
mudança profunda do modelo político e econômico na Colômbia, o
resultado vai gerar “uma nova geografia da guerra”. Para ela, todos os
setores da sociedade devem participar desse diálogo, não somente a
insurgência e o governo.

Além dos cinco pontos definidos na agenda das negociações entre o
governo de Juan Manuel Santos e as Farc, a sociedade civil tem suas
inquietações e preocupações que têm que ser tomadas em conta, como
destacou a ativista.

A militante lembrou que nas últimas décadas, na Colômbia, houve 60 mil
pessoas desaparecidas, oito milhões de hectares “arrebatadas” dos
camponeses e mais de 100 mil execuções extra judiciais.

A ex-senadora acrescentou que as próximas etapas dos diálogos de paz,
que serão realizados em Havana, Cuba, devem ser transmitidas
diretamente para o povo saiba sobre o desenvolvimento das negociações.

Há quase 50 anos, a Colômbia vive um profundo conflito interno armado
que ainda não foi superado, apesar das reiteradas intenções de acordos
entre o Estado e os grupos insurgentes, como também com organizações
paramilitares de ultradireita.

Com apoio do Vermelho,
Vanessa Silva