A mendicância cultural na gestão Uribe: Entrevista com o escritor tolimense José Ramiro García Valbuen
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cultura e esporte
Para a Besta-Uribe a cultura é sinônimo de terrorismo.
Pacocol/Nelson Lombana Silva
A cultura é uma das vítimas da "segurança democrática" do governo Uribe. O orçamento é miserável e não está à disposição não dos artistas e sim de intermediários, parasitas e comerciantes.
Além disso, o agente dos Estados Unidos e morador da casa de Nariño acredita que a cultura é naturalmente subversiva, ou, usando a sua linguagem pobre: "É terrorista". Um exemplo claro é a atual perseguição contra a grande atriz e diretora de teatro colombiana, Patricia Ariza.
A critica à política cultural do mestre das obscuridades, Álvaro Uribe Vélez, é praticamente geral: "Nós, escritores e artistas, temos que mendigar a um e outro para fazer um trabalho", revela o escritor de Rovira, Tolima, José Ramiro García Valbuena, autor de cinco livros, três dos quais ainda não publicados por falta de recursos econômicos e apoio do Estado.
Depois de fazer um verdadeiro malabarismo econômico, o escritor tolimense prepara para meados de fevereiro o lançamento da obra literária titulada: “El Ciervo de Santa Cruz”, uma coleção de 11 contos. José Ramiro, além disso, é poeta e conquistou vários prêmios importantes. Um exemplo é a obra "Manancial Poético", premiada no Festival Andino Colombiano.
O periódico “VOZ - La Verdad del Pueblo” entrevistou o escritor. Confira:
Em breve chegará ao mercado a obra literária intitulada “O Cervo de Santa Cruz”. Quais são as suas principais características?
Esta obra é uma coleção de 11 contos, alguns deles vitoriosos no Festival Andino Colombiano realizado na cidade de Ibagué, Tolima, em 2002 e 2003. É um trabalho que me levou por vários caminhos, abordando principalmente a vivência dos povos, atividade que pouco interessa os escritores nesse momento.
Quanto tempo levou para escrever e organizar o livro?
É um trabalho árduo de muito tempo, porque fui escrevendo e guardando os textos; ao todo levou cinco anos.
Quando será o lançamento oficial?
Imagino que em meados de fevereiro, na Biblioteca Municipal "Darío Echandía", em Ibagué, pois sua diretoria me apoiou.
Da sua perspectiva de escritor, como você analisa a situação do departamento e do nosso país?
Há uma dormência do governo que não toma ações concretas para um povo que está se matando; o governo vem tomando outros caminhos (Guerra?) e não leva a cultura em consideração. Aliás, nesse campo estamos completamente abandonados. Os escritores e artistas têm que mendigar a uns e outros para fazer qualquer trabalho.
A título de anedota, lembro-me que no ano passado eu solicitei à Prefeitura de Chucho Botero e ao Instituto Municipal da Cultura um auxílio para publicar um livro, mas ambos responderam categoricamente que não tinham recursos. No dia seguinte a diretora do instituto foi aos meios de comunicação dizer que não podia investir os recursos destinados ao setor cultural. Veja a que ponto ponto chegamos.
O que você busca ou deseja lançando essa obra?
Desejo repassar os meus conhecimentos e resultados de investigações, já que a obra contém bastante investigações. Tem uma lenda sobre o povo Pijao que narra a criação do grande lago seco que é o povoado de Tolima; uso o vocabulário Pijao e informo assim o motivo do nosso departamento chamar-se Tolima, o motivo do Mohan e esclareço outras dúvidas que o comum tem sobre o povo Pijao. Lendo o livro, se saberá por que o indígena adota o Mohan como verdadeira autoridade.
Enlace original
Pacocol/Nelson Lombana Silva
A cultura é uma das vítimas da "segurança democrática" do governo Uribe. O orçamento é miserável e não está à disposição não dos artistas e sim de intermediários, parasitas e comerciantes.
Além disso, o agente dos Estados Unidos e morador da casa de Nariño acredita que a cultura é naturalmente subversiva, ou, usando a sua linguagem pobre: "É terrorista". Um exemplo claro é a atual perseguição contra a grande atriz e diretora de teatro colombiana, Patricia Ariza.
A critica à política cultural do mestre das obscuridades, Álvaro Uribe Vélez, é praticamente geral: "Nós, escritores e artistas, temos que mendigar a um e outro para fazer um trabalho", revela o escritor de Rovira, Tolima, José Ramiro García Valbuena, autor de cinco livros, três dos quais ainda não publicados por falta de recursos econômicos e apoio do Estado.
Depois de fazer um verdadeiro malabarismo econômico, o escritor tolimense prepara para meados de fevereiro o lançamento da obra literária titulada: “El Ciervo de Santa Cruz”, uma coleção de 11 contos. José Ramiro, além disso, é poeta e conquistou vários prêmios importantes. Um exemplo é a obra "Manancial Poético", premiada no Festival Andino Colombiano.
O periódico “VOZ - La Verdad del Pueblo” entrevistou o escritor. Confira:
Em breve chegará ao mercado a obra literária intitulada “O Cervo de Santa Cruz”. Quais são as suas principais características?
Esta obra é uma coleção de 11 contos, alguns deles vitoriosos no Festival Andino Colombiano realizado na cidade de Ibagué, Tolima, em 2002 e 2003. É um trabalho que me levou por vários caminhos, abordando principalmente a vivência dos povos, atividade que pouco interessa os escritores nesse momento.
Quanto tempo levou para escrever e organizar o livro?
É um trabalho árduo de muito tempo, porque fui escrevendo e guardando os textos; ao todo levou cinco anos.
Quando será o lançamento oficial?
Imagino que em meados de fevereiro, na Biblioteca Municipal "Darío Echandía", em Ibagué, pois sua diretoria me apoiou.
Da sua perspectiva de escritor, como você analisa a situação do departamento e do nosso país?
Há uma dormência do governo que não toma ações concretas para um povo que está se matando; o governo vem tomando outros caminhos (Guerra?) e não leva a cultura em consideração. Aliás, nesse campo estamos completamente abandonados. Os escritores e artistas têm que mendigar a uns e outros para fazer qualquer trabalho.
A título de anedota, lembro-me que no ano passado eu solicitei à Prefeitura de Chucho Botero e ao Instituto Municipal da Cultura um auxílio para publicar um livro, mas ambos responderam categoricamente que não tinham recursos. No dia seguinte a diretora do instituto foi aos meios de comunicação dizer que não podia investir os recursos destinados ao setor cultural. Veja a que ponto ponto chegamos.
O que você busca ou deseja lançando essa obra?
Desejo repassar os meus conhecimentos e resultados de investigações, já que a obra contém bastante investigações. Tem uma lenda sobre o povo Pijao que narra a criação do grande lago seco que é o povoado de Tolima; uso o vocabulário Pijao e informo assim o motivo do nosso departamento chamar-se Tolima, o motivo do Mohan e esclareço outras dúvidas que o comum tem sobre o povo Pijao. Lendo o livro, se saberá por que o indígena adota o Mohan como verdadeira autoridade.
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