"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Piedad traz mensagem de Cano. Sigifredo defende o intercâmbio humanitário entre militares e combatentes

Pacocol


5 de fevereiro, 19h21 - Sigifredo López foi recebido por seus familiares, amigos e também pela organização Colombianos Pela Paz, que possibilitou este passo para que voltassem à liberdade seis cativos das FARC, cumprindo desta forma o anúncio feito em dezembro passado. “Quero dizer ao povo vallecacaucano que, apesar do sofrimento que a guerra e o conflito nos causaram, não podemos seguir mandando uma mensagem de ódio". López também fez um chamado para que as Farc liberem os civis também de forma unilateral e pediu ao governo e à guerrilha que alcancem um acordo humanitário em prol da liberdade dos uniformizados que seguem no cativeiro.

Leia um resumo do discurso em Cali antes da entrevista coletiva e diante de milhares de pessoas

Sigifredo López agradeceu à senadora Piedad Córdoba por seu esforço em trazer os seqüestrados à Pracinha do Governo Local.

Insistiu no acordo humanitário e disse que agora, sem reféns políticos, o intercâmbio humanitário deve incluir os militares e os membros da guerrilha popular que se encontram ilegalmente nas prisões do governo.

Defendeu a possibilidade de um processo de paz por meio do diálogo, sem ódio e com disposição para ouvir. “A saída do conflito é política”, frisou.

Definiu-se como um democrata e não como uribista ou antiuribista.

Elogiou o trabalho da organização Colombianos Pela Paz.

O ex-deputado recebeu várias homenagens na praça de São Francisco, em Cali, após chegar à liberdade depois de passar 6 anos no cativeiro com as Farc.

“Não podemos continuar enviando mensagens de ódio”, disse López, em seu primeiro discurso público desde que voltou à liberdade.

“Meus companheiros não mereciam ser assassinados pelas Farc, como foram”, acrescentou López.

Na sua fala, ele advogou a libertação unilateral de todos os civis seqüestrados e um acordo humanitário que permita o retorno a seus lares dos militares e policiais que permanecem em poder da guerrilha.

“Só há uma chance para trazer vivos os 22 militares que há 10 anos vivem amarrados a árvores”, disse López, ao defender um acordo humanitário.

Ele acrescentou que os guerrilheiros têm ordens para matar os seqüestrados ao menor sinal de aproximação furtiva de helicópteros.

"Os soldados da Colômbia não precisam que lhes chamemos de heróis, mas de ações concretas. Eles merecem viver em liberdade. Temos que resgatá-los com vida e só temos a possibilidade do intercâmbio humanitário”, acrescentou López.

“Quero convidar os colombianos para que, em marcha coletiva, derrotemos a prática do seqüestro como arma política”, disse López, ao ressaltar que a mobilização popular demonstra um amadurecimento da sociedade civil organizada.

O ex-seqüestrado aproveitou a sua intervenção para agradecer várias vezes à senadora Piedad Córdoba pelos esforços coroados com a sua liberdade.

“Se ela não tivesse perseverado eu não estivesse aqui. Quero pedir-lhe que continue firme, apesar da incompreensão de alguns. Essa gente vê na senhora um raio de esperança", concluiu.

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