Brasil ajuda na libertação de mais um refém das Farc
“A emoção é muito grande, graças a meu Deus”, afirmou o pai do militar, em tom de desabafo. “Bem-vindo à liberdade Pablo Emilio. Vamos romper essas correntes e lutar pela liberdade dos demais companheiros [reféns]', disse Gustavo Moncayo ao mostrar as correntes que traz presas às mãos, símbolo de sua luta pela libertação do filho.
Emocionado, Moncayo pediu a ajuda dos presidentes do Brasil, da Venezuela, do Equador e da Argentina para que façam a interlocução nas negociações em favor de um acordo humanitário para a libertação de 22 reféns. Em troca, o governo da Colômbia se comprometeria a soltar os guerrilheiros presos.
“Podemos formar uma equipe de trabalho para que se estabeleça diálogo entre o governo e a guerrilha”, disse Gustavo Moncayo. “Há uma necessidade de dizer não à violência, aos sequestros e à violação aos direitos humanos. Queremos a paz, é isso o que estamos pedindo.”
O porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Adolfo Beteta, afirmou que o sargento seria levado para o encontro com a família no aeroporto de Florência, no Sul da Colômbia.
Em protesto pelo sequestro do filho, Gustavo Moncayo chamou a atenção da comunidade internacional quando em junho de 2007 fez uma caminhada de 46 dias – saindo do departamento (estado) colombiano de Nariño à capital Bogotá.
Ao chegar na capital, ele apelou ao presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, para apressar as negociações para a libertação do filho e dos demais reféns da guerrilha. Por causa da manifestação, Gustavo Moncayo foi apelidado como o "Caminhante pela Paz".
No último domingo (28), a operação de resgate de outro refém foi iniciada. No começo da tarde, o soldado profissional Josué Daniel Calvo Sánchez foi libertado. As negociações foram intermediadas pela senadora Piedad Córdoba.
"Temos que trabalhar governo, Farc e [o movimento] Colombianos pela Paz [que tenta mediar um acordo humanitário] para que o intercâmbio ocorra antes de 7 de agosto”, informou a senadora, em sua página do Twitter. Segundo a parlamentar, as Farc já têm uma proposta que deve ser entregue pelo movimento Colombianos pela Paz ao presidente colombiano