Polemica na Colômbia por apoio do presidente a paramilitares
Uribe Vélez, chefe Maximo do paramilitarismo na Colômbia, isso explica tudo!
[PrensaLatina/Rebelión]
O controvertido processo de justiça e paz impulsionado pelo governo colombiano enfrenta hoje uma crescente polemica por pressões dos chefes paramilitares presos e o apoio do presidente Álvaro Uribe as suas demandas.
Esta quarta, em declarações a uma emissora de radio, o presidente da corte suprema de justiça, césar Valencia, anuncio que este órgão manterá a sentença que nega aos paramilitares “desmovilizados” a possibilidade de ser julgados por “sedicion”.
“Con ello, echó en saco roto las declaraciones del mandatário”, que na véspera expresso seu desacordo com essa decisão, e pediu que paramilitares e guerrilheiros sejam tratados em igualdade de condições.
Assim, Uribe apóia os principais ex chefes paramilitares presos, que se negaram a continuar declarando seus crimes diante da justiça até que a corte suprema não troque as suas leis.
Analistas consideram que a posição de força dos ex chefes das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) persegue manter aberta a porta para poder participar em política no futuro e evidencia o protagonismo que estes mantem.
Mas enquanto a controvérsia segue seu curso, dois anos depois de iniciado o processo de justiça e paz as vitimas seguem esperando pela justiça e reparação.
A respeito, o diário El Tiempo lembra que ainda que os paramilitares que se declararam diante da Fiscalía tenham anunciado a entrega de milionárias quantias para ressarcir as vítimas de seus atos, isso não foi além das palavras.
Acusa que o fundo de reparação só conta com duas propriedades com dois mil hectares, três lotes em avançado estado de deterioração, três carros, 152 touros e dois cavalos “sem pedigree nem registro”.
Sem embargo, desse fundo deverão sair os recursos para compensar a mais de 70 mil afetados pela violência das AUC.