"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 2 de abril de 2007

Como cães com mal de raiva

Uribhitler e todos os seus funcionários padecem de mal de raiva, nos diz Domínico Nadal. É um mal contagioso e todos os dias lançam suas diatribes contra a oposição de esquerda, contra as FARC, e contra todo aquele que ouse contestar a “verdade revelada” que o miniführer quer embutir nos colombianos. Para isso conta com os meios de comunicação que revisam a história colombiana.


Mal de raiva na Casa de Nariño.


[Por Domínico Nadal, ANNCOL]

A epidemia de mal de raiva detectada em Santa Marta contagiou aos funcionários da administração de Uribhitler Vélez (Ou não serão eles os que contaminaram esses pobres cachorrinhos?). Todos os dias saem ministros e chancelerzinhos a cuspir fogo contra as organizações populares que fazem oposição às nefastas e entreguistas políticas do narco-paramilitar presidente.

O mal de raiva de “Chambacú”
Pode um chanceler lançar espécies sem provas como a lançada contra Simón Trinidad?

“Chambacú” Araujo é uma mostra do anterior. Ainda não está recuperado de seu “trauma” por haver pagado cárcere na selva colombiana, por seus delitos do roubo de “chambacú”, e se lhe vê colérico e agressivo contra a Revolução Bolivariana de Venezuela e o presidente Chávez, e também contra a guerrilha das FARC.

Podemos entender – mas não justificar – que sinta raiva contra os guerrilheiros que o capturaram e o custodiaram por mais de seis anos; porém, por que contra Venezuela e Hugo Chávez?

A explicação é que está mostrando qual é a política do regime de Uribhitler para o governo democrático – eleito sem fraude e que ganhou 9 eleições! – de Hugo Chávez Frias. Uribhitler é o peão de briga do império estadunidense na região. É um sipai, como bem o caracterizou Antonio Caballero, numa de suas inspiradas colunas. Sipai por convencimento e nanismo mental.

Por isso põe seu chanceler “Chambacú” a dizer as sandices com a de que parece ser Hugo Chávez o ideólogo das FARC, como se esta organização insurgente não houvesse demonstrado claramente durante mais de 40 anos que conta com quadros político-militares de alta formação acadêmica, política e de grande experiência vivencial.

Juan Manuel Santos e Holguín com mal de raiva
J.M. colérico anunciou o Plano Consolidação.

Um dos que permanentemente está mostrando que está “picado” de mal de raiva é o ministro de Guerra Juan Manuel Santos, mais conhecido como “o abacate”. Destila ódio contra a Revolução Bolivariana de Venezuela e contra Chávez. Claro que J.M. é também um pau-mandado dos gringos. Sempre foi. E agora quer assustar com seu olhar de hiena.

Também o vimos colérico lançando diatribes contra as FARC. E também contra ANNCOL quando os “falsos positivos” dos oficiais militares em Bogotá. O qual nos demonstra que as “tripas” se lhe retorcem quando lê os artigos dos diferentes colunistas de ANNCOL que lhe dizem a verdade na cara. E a verdade na cara... arde!, como diz Allende La Paz.

Colérico e balbuciante temos visto a JotaEme anunciando planos de guerra contra o povo, que ele chama “Plano Consolidação” – a terceira fase do Plano Patriota – que estava projetado para 6 anos, porém, pelos golpes que lhe tem brindado a guerrilha das FARC, estenderam-no até 2013. Plano que, entre outras coisas, significa o gasto de 19 milhões de dólares diários na guerra, enquanto fecham hospitais, as escolas caem por falta de manutenção, privatizam o Seguro Social e as crianças morrem “nos passeios da morte”.

Por sua parte, “o egido” Holguín babando e colérico diz em pleno debate no Parlamento que o senador Jorge Enrique Robledo repete o publicado em ANNCOL. Favor que nos faz, porém o senador Robledo tem demonstrado ser uma pessoa muito séria, estudiosa e consciente de suas propostas.

Mídia burguesa revisa a história colombiana
Os bandos de narco-paramilitares têm sido organizados desde o Estado.

O semanário El Espectador, por ocasião da celebração de seus 120 anos, lançou uns folhetos nos quais revisa a história colombiana. No folheto sobre paramilitarismo diz que “Ao tempo que surgiram os grupos guerrilheiros apareceram também as organizações de autodefesa. Na violência dos anos 50, se lhes associou à atividade criminosa dos “Pájaros” ou os “Chulavitas”, dedicados ao assassinato de opositores do Governo. Para os anos 60, quase simultaneamente com a irrupção das FARC, do ELN e do EPL, apareceram os grupos de autodefesa, avalizados pelo próprio Estado em desenvolvimento de políticas de segurança nacional”.

Na Colômbia a guerrilha nasce depois do assassinato de Jorge Eliécer Gaitán pela violência agenciada desde o Estado contra o povo. A guerrilha foi organizada pelo Partido Liberal e também pelo Partido Comunista, como resposta para enfrentar os bandos de “pájaros” e “chulavitas” organizados pelo governo Conservador, os quais assassinavam a todo aquele que não fosse Conservador, violavam as mulheres e lhes roubavam seus pertences – terra, gados, móveis e utensílios -, o qual produziu 300.000 mortes e 1 milhão de deslocados. Ou seja, o governo conservador organiza os bandos de assassinos e o povo – liberal, comunista, socialista – organiza as guerrilhas para defender suas vidas.

Posteriormente, o estado, encabeçado pelo governo de Guillermo León Valencia, adianta o Plano LASO (Latin American Security Operation), elaborado pelos Estados Unidos, contra 48 campesinos em Marquetalia e daí nascem as FARC. Os grupos paramilitares são organizados pelo Estado colombiano, ao final da década dos 70, utilizando para isso os bandos de assassinos dos grupos narcotraficantes, em primeira instância do Cartel de Medellín. É o contubérnio impudico entre a cúpula das Forças Militares com o Cartel de Medellín para adiantar a luta contra insurgente – guerra contra o povo – contemplada nos planos de guerra elaborados nos Estados Unidos.

As provas são de conhecimento público. Os generais Faouk Yanini Díaz, Bedoya, Bonett Locarno e todos os demais como o general Montoya terão que responder em seu momento ante a justiça popular por seus crimes de Lesa-Humanidade.

Este contubérnio impudico continuou e tem desembocado na mais completa narco-paramilitarização do Estado colombiano, o qual conta com um presidente narco-paramilitar, parlamentares narco-paramilitares, juízes e magistrados com relações impudicas com narcotraficantes e paramilitares e as forças militares completamente corrompidas a serviço dos capos do narco-paramilitarismo.

Esta é a triste e verdadeira história – que quer ser revisada pela mídia burguesa, incluído o corifeu de Cambio, Maurício Vargas –, assim desencadeia a epidemia de mal de raiva de que padecem os funcionários estatais e os meios de imprensa acólitos deste regime corrupto e antipatriota! E contra o mal de raiva só há um remédio...

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