"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 1 de abril de 2007

O general Montoya é um paramilitar

Denuncia o Los Angeles Times. Este general uribista muito conhecido na Colômbia por “o falso positivo” no estacionamento da Escola Superior de Guerra “Nueva Granada” [Nova Granada], supostamente as FARC atentaram contra ele. Por esse fato, o presidente Uribe suspendeu as aproximações com esta organização insurgente encaminhadas a lograr o Intercâmbio de Prisioneiros (encabeçado de ANNCOL). O comandante do Exército colombiano, general Mario Montoya, pagando a um encapuzado!


O comandante do Exército colombiano, general Mario Montoya, pagando a um encapuzado!


[Tomado de Caracol]

Segundo um documento da Agência Central de Inteligência (CIA) citado no domingo pelo Los Angeles Times, o comandante do Exército colombiano, general Mario Montoya, haveria colaborado com um grupo de paramilitares, para planejar e atuar conjuntamente no ano 2002, na chamada “Operación Orion” [Operação Orion], para eliminar a 14 supostos guerrilheiros em Medellín.

O diário afirma que Montoya tem tido uma larga e próxima relação com o presidente Álvaro Uribe, e seria o oficial do mais alto escalão colombiano implicado no escândalo da para-política.

O nome do general Montoya figura num recente informe difundido dentro da CIA e afirma que o comandante do Exército colombiano e um grupo paramilitar haveria planejado uma operação militar em 2002 para eliminar a supostos guerrilheiros em Medellín. Ao menos 14 pessoas foram assassinadas durante a dita operação, assinala o diário estadunidense.

O documento, obtido pelo Los Angeles Times, inclui dados de outra agência de inteligência e indica que os funcionários estadunidenses têm recebido informes similares de outras fontes confiáveis.

Na reportagem feita pelos jornalistas Paul Richter e Greg Miller, se faz um ligeiro estudo da violência que tem vivido o país durante décadas, cifras de deslocamento, o processo da para-política e a desmobilização das Autodefesas Unidas de Colômbia.

O documento da CIA, que revela os supostos laços do general com grupos paramilitares, foi entregue ao Los Angeles Times por uma fonte que preferiu não identificar-se, exceto como um empregado do governo dos EUA.

Douglas Frantz, um diretor de redação do Los Angeles Times, respondeu que “escutamos com cuidado as preocupações da CIA e acordamos guardar detalhes deste documento, porque se poriam em perigo fontes e operações em curso (...), porém, a nosso ver, é a importância das revelações desta história a que garante sua publicação”, diz Frantz.

Esse empregado decidiu vazar o documento devido ao seu descontentamento porque os EUA não tem exigido contas mais claras ao governo do presidente Álvaro Uribe, segundo o diário.

A CIA não negou a autenticidade do documento, porém, tampouco confirmou seu conteúdo, no entanto, pediu que o diário omitisse detalhes do documento porque, segundo a agência de espionagem, poderia prejudicar tanto às fontes como aos métodos utilizados no informe.

O documento da CIA assinala que uma agência de inteligência de um país aliado indicou em janeiro que a Polícia da Colômbia, o Exército e os “paras” haveriam elaborado conjuntamente a “Operação Orion”.

Nesse documento, o coronel Ray Vélez, agregado de Defesa da embaixada estadunidense em Bogotá, comentou que “este informe confirma informação provida por uma fonte confiável”.

Vélez assinalou, ademais, que essa informação “também poderia implicar” ao chefe das Forças Armadas da Colômbia, o general Freddy Padilla de León, quem esteve encarregado do exército em Barranquilla, ao norte do país, durante esse período.

O informante divulgou ao Los Angeles Times que há documentos nos quais se detalha a operação e que estariam firmados pelo general Montoya, o comandante de uma polícia local e o líder paramilitar Fabio Jaramillo, que era um subordinado de Diego Fernando Murillo Bejarano, aliás “Don Berna”, chefe das AUC na área de Medellín.

Adán Isacson, analista do Centro para a Política Internacional, e citado por Los Angeles Times, disse que qualquer colaboração entre Montoya e paramilitares “traria o Exército diretamente no coração do escândalo (...) os funcionários estadunidenses e colombianos têm insistido que qualquer vínculo entre os militares e as AUC implicaria a oficiais só de baixo nível”, afirmou.

Em outra parte desta reportagem, Los Angeles Times cita que a Colômbia se está jogando, nestes momentos, a ajuda dos EEUU enquanto o Plano Colômbia e a aprovação de um Tratado de Livre Comércio entre os dois países, e assinala que vários congressistas democratas criticam o escândalo da para-política e afirmam que a ajuda da Casa Branca à Colômbia deveria ser revista.

Se quer ler o artigo completo (em inglês) do Los Angeles Times, dirija-se ao seguinte link:

http://www.latimes.com/news/nationworld/world/la-fg-colom

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