"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sábado, 30 de maio de 2009

Solidariedade com as FARC-EP

O Comitê de Solidariedade Internacional publicou um Comunicado sobre o 45º Aniversário das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (FARC-EP), que a seguir apresentamos por cortesia de Tribuna Popular.

Em 27 de maio chegara ao 45º Aniversário de sua fundação, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (FARC-EP). Surgiram como resposta à agressão militar do Plano LASSO que objetivava a destruição da 'República Independente' de Marquetalia, e cuja característica de invencibilidade ficou demonstrada pelo número inicial de seus combatentes: Exército oficial: 16.000 soldados; Guerrilha: 46 homens e duas mulheres. Seu legendário Comandante MANUEL MARULANDA VÉLEZ lutou até o final, morrendo de infarto nas selvas do país andino aos 78 anos de idade, em 23 de março de 2008, sem ter sido jamais vencido em combate.

As causas que deram origem ao conflito armado não têm desaparecido, pelo contrário, hoje se manifestam com maior força envolvendo toda a sociedade colombiana na luta de classes que aprofunda as contradições e se manifesta através da presença dos diversos atores políticos, sociais e militares.

O paramilitarismo presente dentro e fora do país tem gerado milhões de pessoas despejadas dos campos e obrigadas a deixar para trás suas terras e pertenças, passando a encher as cidades e, inúmeras delas têm saído, principalmente, rumo aos países vizinhos em busca de refúgio.

O presidente Uribe, conhecido pela sua longa trajetória criminal e corrupta, manobra em pró de sua segunda reeleição para o próximo ano e, as forças armadas afundadas na lama dos massacres, chamados 'falsos positivos' com os quais pretendem ganhar recompensas econômicas, entre outras, apresentando milhares de jovens seqüestrados, como se fossem guerrilheiros mortos em combate, são algumas das causas antigas e modernas que atiçam o conflito.

Enquanto a crise econômica faz estragos na economia do país, o governo privatiza as principais empresas do Estado e insiste em aplicar as fórmulas do neoliberalismo do qual foge o mundo e tenta impor a qualquer custo o TLC com EUA, coisa que afundará mais na miséria os setores mais pobres da população (pequenos e meios industriais, camponeses pobres, indígenas e as camadas urbanas).

Sem resolver esses problemas e sem instaurar um governo que busque os caminhos da democracia e da paz, o conflito armado seguirá sua ascensão, porque como diz uma grafite nas paredes de Bogotá: “Mais vale morrer por algo que morrer por nada”.

O Comitê de Solidariedade Internacional (COSI), fiel à sua solidariedade e fraternidade internacionalista e proletária, manifesta sua mais firme convicção sobre o destino da irmã República da Colômbia, que mais cedo do que tarde saberá romper as correntes que lhe impõem o Imperialismo e a oligarquia.

Yul Jabour e Victor Hugo Morales

do Partido Comunista da Venezuela.