"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O Plano Colômbia caiu por terra e o mundo midiátido está calado

Por Obed Juan Vizcaíno Nájera / Aporrea

Talvez esteja nos planos do ditador da Colômbia mandar revisar os computadores, que supostamente eram do Comandante Raúl Reyes, para ver se pode descobrir que o fracasso do Plano Terrorista Anti-Camponeses e Indígenas, tenha sido um complô do presidente Chávez e de todos seus presidentes lugar-tenentes distribuídos pela América Latina.

Caiu o Plano Colômbia pelo fato de ter sido concebido originalmente como um plano genocida para perseguir, encarcerar, desaparecer e assassinar os camponeses, lutadores sociais, indígenas e políticos que se opõem ao regime de Álvaro Uribe.

Muitos dirigentes populares sofreram com suas famílias as conseqüências de um plano terrorista para eliminar todo aquele que possa ser considerado um obstáculo às pretensões da narco-política, impulsionada desde o Palácio de Nariño pelo Sr. Uribe e toda a sua equipe ministerial. Apenas agora, o governo norte-americano de George Bush está se atrevendo a reconhecer que eles mesmos criaram um monstro, como agenda para limpar a Colômbia de tudo o que para eles se pareça com comunismo, socialismo, bolivarianismo ou chavismo.

Caiu por terra agora a administração Bush para dar lugar à, não mais perigosa até agora, de Barack Hussein Obama. Sr. Bush lhe deixa uma herança bastante complicada. Deixa-lhe nada mais que uma América Latina integrada e decidida a não continuar sendo o quintal dos fundos de ninguém, além de um governo colombiano comprometido até os dentes com os paramilitares e os narcotraficantes. É importante ressaltar que o negócio mais próspero da oligarquia colombiana é o negócio da droga.

O panorama não se apresenta fácil para a nova administração Obama na Colômbia e em toda a América Latina, porque Obama terá que decidir se segue apoiando ao ditador parapolítico e narcopolítico da Colômbia ou se continua em uma cruzada contra o comunismo e socialismo que justifique seu apoio a ditaduras e narcogovernos repressivos e assassinos.

O panorama tampouco se apresenta fácil para Uribe, porque perde seu maior mentor e financiador, o incapaz Bush. O Tratado de Livre Comércio também está por um fio e isto traria uma catástrofe à proposta neoliberal que Don Alvarito defende cegamente.

Este é o momento para que as organizações populares da Colômbia se organizem em prol de uma verdadeira unidade, para acabar de uma vez por todas com as pretensões do ditador da Casa de Nariño de perpetuar-se no poder e seguir entregando a Colômbia nas mãos das transnacionais da droga.

É hora de derrotar essa oligarquia colombiana que fez do negócio da droga o seu grande negócio, estabelecendo assim uma perigosíssima narcoligarquia que se apoderou do governo colombiano por instruçõs das administrações dos diferentes governos estadunidenses.

O Plano Colômbia caiu porque era um método terrorista e midiático para implicar aos grupos sociais e populares da Colômbia em supostos ilícitos que tinham a ver com a droga e os massacres, escondendo assim a verdadeira negociação que se fazia através de organizações financeiras e comerciais colombianas e transnacionais, apoiadas pelo DEA.

Desde o início, o Plano Colômbia foi concebido como um plano terrorista-militar-midiático para encobrir, com a ajuda da imprensa nacional e internacional, as matanças de camponeses e indígenas, com o único propósito de arrebatar-lhes suas terras e colocar a culpa pelos assassinatos nas forças guerrilheiras.

Este foi um plano bem organizado pela administração Bush, para seguir mantendo uma espécie de guerra-fria continental, em uma escala menor que justificasse suas ambições pessoais e familiares de apoderar-se dos recursos naturais de nosso continente.

O Plano Colômbia foi a maior oportunidade para que os Estados Unidos pudessem trazer mercenários, sob o nome de contratados, que eram utilizados na coordenação das matanças de camponeses, indígenas e dirigentes políticos e sociais na Colômbia, sem necessidade de poder implicar às forças militares norte-americanas. Todos estes contratistas são ex-militares norte-americanos e de outras nacionalidades, todos agentes da CIA.

Muitos altos e médios funcionários da atual ditadura colombiana são agentes ativos da CIA. Recebem pagamentos por informar aos grupos paramilitares tudo o que diz respeito às ações que resultem na aniquilação de gente na Colômbia que se opõe às pretensões de Uribe de perpetuar-se no poder.

Foi-se o Plano Colômbia. Agora a administração Obama terá que reconhecer que o governo de George Bush financiou, com dinheiro público norte-americano, a execução de milhares de colombianos e colombianas, realizando operações militares e paramilitares que fazem do estado norte-americano um cúmplice dos crimes contra a humanidade.

Onde está o Juiz Garçon e os defensores dos Direitos Humanos da OEA?

Todavia, não nos esquecemos do crime que cometeram as forças públicas colombianas, ao usar impunemente os símbolos tão próprios de instituições como a Cruz Vermelha e a Meia-Lua Internacional.

Onde está a SIP?

O exército colombiano utilizou, sem nenhuma autorização, os emblemas dos meios de comunicação, comprometendo assim a segurança, a integridade e a vida de muitos jornalistas.

O Plano Terrorista Colômbia caiu como a chuva porque, desde o seu início, representou a cultura da morte e foi o braço executor de assassinatos de milhares de colombianos e colombianas. Caiu porque foi o Plano de morte os governos Pro imperialistas e genocidas da América Latina pretenderam nos impor.

O povo nunca esquece!
obedvizcaino@gmail.com

O artigo (em espanhol) encontra-se em Anncol.eu.

Tradução de Thiago Ávila.