Os miseráveis e a Paz
A narcotraficante-para-oligarquia demonstrou o quão miseráveis são. Assassinam e jogam a culpa na vítima. De La Calle e suas misérias.
Allende La Paz, ANNCOL
Os miseráveis estão na moda. Mas não é a famosa obra de Víctor Hugo - que nos permite entender um pouco a França, mas não a de Sarkozy -, mas os miseráveis narcotraficante-para-oligarcas colombianos que estão dando o que falar, como sempre, muito mais pelos seus desacertos, erros e crimes que por suas boas obras.
Razão tem Cecilia López quando classifica o 'uribito' Arias de miserável, e eu concordo, acrescentando ainda letras maiúsculas. Ora, o que se podia esperar de um sujeito que não foi capaz de construir sua própria personalidade e pretende passar à história como o 'clone' de Uribhitler? É possível imaginar ser humano mais miserável? Não, não, não há, nunca houve.
Mas os demais membros da narcotraficante-para-oligarquia não ficam atrás. Um deles é o sempre incapaz Humberto de La Calle Lombana - que deveria chamar-se Lambón -, porque esteve sempre aí, limpando jaquetas e passando a língua nos sapatos de seus 'amos', Gaviria e Uribhitler.
Mas De La Calle pretende revisar a história da Colômbia, como se nós, colombianos, não soubéssemos como foi a política da narcotraficante-para-oligarquia em relação ao conflito armado e busca pela paz. É bom lembrar que, de La Calle, “Lambón” foi enviado a Caracas pelo governo da 'abertura econômica' Gaviria, com o objetivo de iniciar os diálogos de paz com as FARC. A única coisa que ele fez foi chegar com um discurso contra-reconciliador, quando todo o planeta esperava justamente o contrário, uma vez que isso também queriam todos os colombianos. Mas isso foi mais um joguete do narco-estado colombiano que pretendia - e ainda pretende - que a guerrilha venha à mesa de negociação dizendo algo como “perdão, aqui estão minhas armas!”, como se o nascimento e o desenvolvimento da guerrilha não tivesse ocorrido por condições políticas, econômicas e sociais que ainda hoje persistem.
De La Calle representou outra oportunidade perdida para se alcançar a paz na Colômbia. Por isso não soou estranho quando ele disse que a “estabilidade política da Colômbia se deve às FARC”. Se ele disse isso por algum motivo, é a confirmação da nossa posição: que, se não existissem as FARC, a Colômbia seria um verdadeiro paraíso para o tráfico mundial de drogas. Porém, o que demonstra a sua enorme pobreza moral é quando diz que – em entrevista a El Espectador -: "O grupo à margem da lei "eliminou às organizações de esquerda, grande parte dos sindicalistas, os matizes da esquerda e alguns dos partidos tradicionais"". [1] É lógico que o miserável De La Calle Lambón diga isto para proteger o Terrorismo de Estado do qual ele foi um dos aliados.
Quero recordar aos leitores algumas cifras compiladas pelo padre Javier Giraldo, que informa que na administração de César Gaviria Trujillo houve "14.850 mortes violentas relacionadas com o conflito interno e 5.043 presos políticos". Será que estes mortos não estão na consciência miserável de La Calle? Será que ele esqueceu os presos políticos durante a administração do seu chefe? Pelas nossas contas, César Gaviria Trujillo aplicou o Terrorismo de Estado com a mesma eficácia de Uribhitler. São 14.850 mortos por Gaviria contra 11.282 de Uribhitler. E quem foi ministro do interior de Gaviria? De La Calle.
É necessário lembrar que Humberto de La Calle Lombana foi ainda ministro do interior do presidente Andrés Pastrana Arango entre 2000 e 2001. Pastrana será recordado como o governante que deu início ao Plano Colômbia em 2000, e, no término da sua gestão, tinha em seu currículo 28 mil pessoas assassinadas mediante desaparecimentos, execuções extrajudiciais e genocídios. De La Calle reforça a sua imagem de pleno conhecedor e adepto do Terrorismo de Estado.
Quem foram essas vítimas? Sindicalistas, dirigentes políticos de esquerda, líderes de bairros ou comunitários etc. Todos do povo. Tudo visando paralisar o protesto social e implementar a “abertura de nádegas”, perdão, “abertura econômica”, ou neoliberalismo, defendido por César Gaviria, seguindo as diretrizes do FMI e os bancos mundiais.
Mas De La Calle deixa escapar o que pensam os narcotraficante-para-oligarcas colombianos. Diz que "quando há um protesto sempre se pensa nas Farc, "se pensa em violência, se pensa em seqüestro"". 'Se pensa', 'se', 'se'. Por que De La Calle não fez melhor e disse 'pensamos, nós, os narcotraficante-para-oligarcas'? É porque quando ele diz 'se' o que realmente quer dizer é 'o que tememos, nós, os narcotraficante-para-oligarcas'.
Está muito claro que 'entre bombeiros não se pisam as mangueiras'. De La Calle, Gaviria e Uribhitler têm em comum milhares de mortos em suas costas, em suas consciências, se é que esses miseráveis as têm. Um desses mortos é precisamente a irmã de Gaviria, que por sua vez perdoou os amigos de Uribhitler que a executaram da mesma forma que perdoou Turbay Ayala, a execução de Diana Turbay pela polícia, segundo ele porque 'primeiro vem as instituições'. Talvez por isso o miserável vice-presidente do regime narcotraficante-paramilitar, Fachito Santos, reconhecido pela sua proposta de criar um Bloco Capital narcoparaco (que foi implantado e ainda 'funciona'), diz agora que o "Acordo Humanitário não tem razão de ser". Será que 10, 8, 5, X anos em poder da insurgência, quando eles foram capturados em combate, não seria uma 'razão de ser'?
O que estão demonstrando os miseráveis da narcotraficante-para-oligarquia é o terror que na verdade eles têm às FARC. Por todos os meios tratam de impedir a mobilização do povo - prisões, assassinatos, desaparecimentos, genocídios, expulsões -, e quando o povo finalmente se mobiliza tratam de semear a discórdia entre ele. Por isso temos certeza - e até Samper já admite - que as FARC dita com suas ações político-militares o ritmo da política adotada pelo regime narcotraficante-paramilitar.
Todas as vertentes do movimento popular colombiano concordam que na Colômbia é imprescindível a combinação real, efetiva, de todas as formas de luta de massas, sem desprezar nenhuma, porque essa é também a tática da narcotraficante-para-oligarquia. E quem pretender andar na contramão da história será deixado de lado. A novidade é que a narcotraficante-para-oligarquia colombiana nesse momento não está mais na iniciativa - há anos - e agora essa posição está nas mãos do povo, armado ou desarmado. Por isso devemos seguir fazendo 'la minga' para o propósito de construir um Novo Governo que erga uma Nova Colômbia. O povo sabe que quem luta com as armas nas mãos são os seus próprios filhos. Assim lhes estimam e respeitam, não importa a opinião de um miserável!
Notas:
[1] http://www.elespectador.com/noticias/politica/articulo93679-buena-parte-de-estabilidad-politica-se-le-debe-farc
Allende La Paz, ANNCOL
Os miseráveis estão na moda. Mas não é a famosa obra de Víctor Hugo - que nos permite entender um pouco a França, mas não a de Sarkozy -, mas os miseráveis narcotraficante-para-oligarcas colombianos que estão dando o que falar, como sempre, muito mais pelos seus desacertos, erros e crimes que por suas boas obras.
Razão tem Cecilia López quando classifica o 'uribito' Arias de miserável, e eu concordo, acrescentando ainda letras maiúsculas. Ora, o que se podia esperar de um sujeito que não foi capaz de construir sua própria personalidade e pretende passar à história como o 'clone' de Uribhitler? É possível imaginar ser humano mais miserável? Não, não, não há, nunca houve.
Mas os demais membros da narcotraficante-para-oligarquia não ficam atrás. Um deles é o sempre incapaz Humberto de La Calle Lombana - que deveria chamar-se Lambón -, porque esteve sempre aí, limpando jaquetas e passando a língua nos sapatos de seus 'amos', Gaviria e Uribhitler.
Mas De La Calle pretende revisar a história da Colômbia, como se nós, colombianos, não soubéssemos como foi a política da narcotraficante-para-oligarquia em relação ao conflito armado e busca pela paz. É bom lembrar que, de La Calle, “Lambón” foi enviado a Caracas pelo governo da 'abertura econômica' Gaviria, com o objetivo de iniciar os diálogos de paz com as FARC. A única coisa que ele fez foi chegar com um discurso contra-reconciliador, quando todo o planeta esperava justamente o contrário, uma vez que isso também queriam todos os colombianos. Mas isso foi mais um joguete do narco-estado colombiano que pretendia - e ainda pretende - que a guerrilha venha à mesa de negociação dizendo algo como “perdão, aqui estão minhas armas!”, como se o nascimento e o desenvolvimento da guerrilha não tivesse ocorrido por condições políticas, econômicas e sociais que ainda hoje persistem.
De La Calle representou outra oportunidade perdida para se alcançar a paz na Colômbia. Por isso não soou estranho quando ele disse que a “estabilidade política da Colômbia se deve às FARC”. Se ele disse isso por algum motivo, é a confirmação da nossa posição: que, se não existissem as FARC, a Colômbia seria um verdadeiro paraíso para o tráfico mundial de drogas. Porém, o que demonstra a sua enorme pobreza moral é quando diz que – em entrevista a El Espectador -: "O grupo à margem da lei "eliminou às organizações de esquerda, grande parte dos sindicalistas, os matizes da esquerda e alguns dos partidos tradicionais"". [1] É lógico que o miserável De La Calle Lambón diga isto para proteger o Terrorismo de Estado do qual ele foi um dos aliados.
Quero recordar aos leitores algumas cifras compiladas pelo padre Javier Giraldo, que informa que na administração de César Gaviria Trujillo houve "14.850 mortes violentas relacionadas com o conflito interno e 5.043 presos políticos". Será que estes mortos não estão na consciência miserável de La Calle? Será que ele esqueceu os presos políticos durante a administração do seu chefe? Pelas nossas contas, César Gaviria Trujillo aplicou o Terrorismo de Estado com a mesma eficácia de Uribhitler. São 14.850 mortos por Gaviria contra 11.282 de Uribhitler. E quem foi ministro do interior de Gaviria? De La Calle.
É necessário lembrar que Humberto de La Calle Lombana foi ainda ministro do interior do presidente Andrés Pastrana Arango entre 2000 e 2001. Pastrana será recordado como o governante que deu início ao Plano Colômbia em 2000, e, no término da sua gestão, tinha em seu currículo 28 mil pessoas assassinadas mediante desaparecimentos, execuções extrajudiciais e genocídios. De La Calle reforça a sua imagem de pleno conhecedor e adepto do Terrorismo de Estado.
Quem foram essas vítimas? Sindicalistas, dirigentes políticos de esquerda, líderes de bairros ou comunitários etc. Todos do povo. Tudo visando paralisar o protesto social e implementar a “abertura de nádegas”, perdão, “abertura econômica”, ou neoliberalismo, defendido por César Gaviria, seguindo as diretrizes do FMI e os bancos mundiais.
Mas De La Calle deixa escapar o que pensam os narcotraficante-para-oligarcas colombianos. Diz que "quando há um protesto sempre se pensa nas Farc, "se pensa em violência, se pensa em seqüestro"". 'Se pensa', 'se', 'se'. Por que De La Calle não fez melhor e disse 'pensamos, nós, os narcotraficante-para-oligarcas'? É porque quando ele diz 'se' o que realmente quer dizer é 'o que tememos, nós, os narcotraficante-para-oligarcas'.
Está muito claro que 'entre bombeiros não se pisam as mangueiras'. De La Calle, Gaviria e Uribhitler têm em comum milhares de mortos em suas costas, em suas consciências, se é que esses miseráveis as têm. Um desses mortos é precisamente a irmã de Gaviria, que por sua vez perdoou os amigos de Uribhitler que a executaram da mesma forma que perdoou Turbay Ayala, a execução de Diana Turbay pela polícia, segundo ele porque 'primeiro vem as instituições'. Talvez por isso o miserável vice-presidente do regime narcotraficante-paramilitar, Fachito Santos, reconhecido pela sua proposta de criar um Bloco Capital narcoparaco (que foi implantado e ainda 'funciona'), diz agora que o "Acordo Humanitário não tem razão de ser". Será que 10, 8, 5, X anos em poder da insurgência, quando eles foram capturados em combate, não seria uma 'razão de ser'?
O que estão demonstrando os miseráveis da narcotraficante-para-oligarquia é o terror que na verdade eles têm às FARC. Por todos os meios tratam de impedir a mobilização do povo - prisões, assassinatos, desaparecimentos, genocídios, expulsões -, e quando o povo finalmente se mobiliza tratam de semear a discórdia entre ele. Por isso temos certeza - e até Samper já admite - que as FARC dita com suas ações político-militares o ritmo da política adotada pelo regime narcotraficante-paramilitar.
Todas as vertentes do movimento popular colombiano concordam que na Colômbia é imprescindível a combinação real, efetiva, de todas as formas de luta de massas, sem desprezar nenhuma, porque essa é também a tática da narcotraficante-para-oligarquia. E quem pretender andar na contramão da história será deixado de lado. A novidade é que a narcotraficante-para-oligarquia colombiana nesse momento não está mais na iniciativa - há anos - e agora essa posição está nas mãos do povo, armado ou desarmado. Por isso devemos seguir fazendo 'la minga' para o propósito de construir um Novo Governo que erga uma Nova Colômbia. O povo sabe que quem luta com as armas nas mãos são os seus próprios filhos. Assim lhes estimam e respeitam, não importa a opinião de um miserável!
Notas:
[1] http://www.elespectador.com/noticias/politica/articulo93679-buena-parte-de-estabilidad-politica-se-le-debe-farc