Alberto Fujimori atrás das grades
Alberto Fujimori atrás das grades.
A Justiça contra os assassinos dos Andes. Mais cedo do que tarde, para Álvaro Uribe Vélez e todos seus sequazes, responsáveis pelo atual Terrorismo de Estado na Colômbia, chegará sua vez.
ANNCOL
Alberto Fujimori, presidente do Peru desde o dia 28 de julho de 1990 até que renunciou em 19 de novembro do ano 2000 mediante um fax que enviou desde o Japão, para onde fugiu, na idéia de evadir a ação da Justiça.
Acabaram-se os dias da arrogância “do melhor presidente latino-americano”; os dias da confiança dos investidores e as grandes maiorias (?) que o apoiavam; o controle total das forças militares, policiais e de segurança; o golpe à independência da Rama Jurisdicional, assim como, as palhaçadas de se aparecer em quanto conselho comunitário ele inventava.
Adeus, Fujimori, aos dias em que armava suas assassinas “Rondas Camponesas”, (semelhantes aos paramilitares na Colômbia) de mãos dadas com os militares, apoiadas por sujos empresários nacionais e de multinacionais, que contavam com publicidade diária e gratuita, proveniente dos meios empresariais de comunicação.
Fujimori, condenado a 25 anos de prisão por mais de 50 assassinatos cometidos por seu grupo militar encoberto “La Colina”, em 15 meses, só, sem contar os restantes, tentou sempre ocultar e, depois, manipular os fatos, quando descobertos.
Quatro cargos objeto de imputação indicou o Presidente da Sala Especial da Corte Suprema de Justiça, César San Martín. “Este Tribunal declara que os quatro cargos encontram-se provados mais lá de toda dúvida razoável e a sentença é condenatória.” A leitura da sentença, aprovada por unanimidade, contem 711 folhas.
Condenado por assassinato nos seguintes cargos concretos: 15 pessoas em Bairros Altos, em 13 de novembro de 1991; Em La Cantuta, o assassinato de um professor e nove estudantes da Universidade La Cantuta, em 18 de julho de 1992. Seus corpos foram mutilados, queimados e achados um ano depois. Nos porões do SEI, seqüestro do jornalista Gustavo Garati e do empresário Samuel Dyer, que foram retirados e desaparecidos do “Pentagonizinho”, lugar clandestino de detenção para a prática de torturas e execuções de opositores a seu regime.
Não pôde evadir a Justiça apesar de ter fugido para o Japão e para Chile, nem sequer tentando criar condições para um terceiro mandato presidencial. Essas manobras não adiantaram. Ficou sozinho, não conta, nem sequer, com a solidariedade daqueles que lhe ajudaram a quebrar a Ordem Constitucional, a se beneficiar com a corrupção, nem dos representantes dos meios empresariais de comunicação, nem dos militares que agiram desonestamente adquirindo material militar inadequado e obsoleto, nem de seus cúmplices do cartel de Medellín, em cabeça do outrora Pablo Escobar e seus familiares (José Obdulio e seus narco-irmãos), nem daqueles que encheram seus bolsos com a venda do banco genético para os japoneses.
É mera coincidência qualquer semelhança com o governo do assassino Álvaro Uribe Vélez, conhecido no mundo da criminalidade como “Varito”. Será algum dia julgado pela Justiça Internacional ou pela Justiça Popular. Muito melhor e democrática essa última.