Dia inesquecível e memorável
para o povo boliviano!
O presidente Evo Morales promulgou na Terça Feira (ontem) a Lei Eleitoral que guiará as eleições gerais de dezembro de 2009 em um dia que qualificou de “inesquecível, outra data, memorável” para o povo boliviano.
“É mais um dia inesquecível, mais uma data memorável, graças à consciência do povo boliviano e à participação dos diferentes setores de trabalhadores, operários, originários, universitários e profissionais”, comentou o Chefe de Estado depois de assinar a Lei que foi aprovada na madrugada da Terça Feira (ontem), depois de vários dias de ter sido barrada no Congresso pelas demandas da oposição.
Evo Morales saudou a norma e disse que “a cada dia que passa o povo boliviano continua escrevendo sua história” e manifestou seu “profundo respeito e admiração” aos quase 3.000 dirigentes operários e sindicais de Bolívia, Espanha e Argentina, que se declararam em greve de fome para exigir a aprovação da norma.
O presidente boliviano que se encontrava em greve de fome desde a Quinta Feira passada, lembrou vários capítulos de sua gestão governamental que, em sua opinião, os opositores tentaram impedir com demandas de inconstitucionalidade, incluída a nacionalização dos Hidrocarbonetos, navio insígnia de suas propostas de desenvolvimento nacional.
“Quando tenhamos uma Assembléia Plurinacional Maioritária (que deve ser eleita em dezembro próximo) faremos o que diga o povo boliviano”, afirmou o mandatário, ao conclamar seus seguidores a participar massivamente nas eleições e votar por seu projeto de reeleição.
Minutos antes, a Lei Eleitoral sancionada pelo Parlamento na madrugada de Terça Feira foi entregue ao Chefe de Estado pelo presidente do Congresso e vice-presidente de Bolívia, Álvaro García Linera, que em um corajoso discurso criticou a oposição por ter barrado sua aprovação e pôr o pais na beira da violência.
“Faço entrega da norma para que seja promulgada como Lei da República”, disse García Linera ao deixar em mãos do Presidente Evo Morales a Lei que contem 76 artigos muitos deles concertados com a oposição em jornadas velozes e cheias de incertezas.
Garcia Linera, também, presidente do Legislativo boliviano afirmou que a Lei Eleitoral é “a aplicação da nova Constituição Política do Estado na medida em que garanta as eleições para renovar de vez todos os poderes”.
O vice-presidente se referiu de modo especial, à Câmara de Senadores, controlada pela oposição, que botou até o final, inúmeros reparos tentando impedir sua aprovação.
“Temos assistido a uma das sessões mais vergonhosas de um Congresso moribundo, que por sorte já acaba seu ciclo e será substituído por uma Assembléia Legislativa Plurinacional”, afirmou ao pedir ao povo participar massivamente nas eleições para evitar “a manipulação e a sabotagem por parte da direita”.
A Lei Eleitoral promulgada por o Presidente Evo Morales é a primeira que consagra o direito dos bolivianos residentes nos estrangeiro de votar, o direito dos povos indígenas minoritários de ter representação parlamentar e, manda que seja criado um novo padrão eleitoral biométrico, pontos neurálgicos das diferencias entre oficialistas e opositores que mantiveram dentro de uma grande expectativa o país nestes últimos dias.