"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


terça-feira, 7 de abril de 2009

Conceitos de Eduardo Galeano sobre o G20

Como ‘piada de humor negro’ qualificou Galeano a decisão do G-20

Como “piada de humor negro” qualificou o sábado passado o escritor uruguaio Eduardo Galeano a decisão do G20 de destinar um bilhão de dólares para os organismos financeiros internacionais para enfrentar a crise. “Tem-me dito que serão canalizados através do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM). É uma piada de humor negro, sem dívida, não pode ser verdade”, afirmou.

Para Galeano, a decisão anunciada pelo grupo dos 20 significa “burlar-se dos burlados”, segundo afirmou o escritor em uma entrevista com a agencia de notícias EFE, no México.

Essa medida é “para burlar-se dos burlados, para botar sal na ferida, já que isso não dá para ser levado a sério”. É uma medida ilógica porque o FMI e o BM não são “organismos internacionais” e, nenhum dos dois expressa “a vontade do mundo, mas a dos amos do mundo, que são os que estão empurrando o planeta rumo ao abismo”.

Em primeiro lugar, porque há uma potência que tem direito nos dois organismos, que é Estados Unidos. E “em segundo lugar porque as decisões são tomadas, no Fundo Monetário, por cinco países e, no Banco Mundial por oito”

São eles os que nos impõem a nós que somos do sul do mundo. Através justamente, do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, têm-nos imposto a religião do mercado, têm feito purê com o Estado... têm-nos obrigado a dançar salsa ao ritmo da orquestra do Titanic”, destacou.

De igual forma, Galeano considerou que “com toda a prata repassada aos culpáveis pela bancarrota universal, em recompensa pelo desastre criado por eles, com todo esse dinheiro, poderia se acabar de vez a fome no mundo.

Ao ser consultado sobre um informe da ONG Oxfam, anterior à cita do G20, segundo o qual, com os 8 mil 420 bilhões de dólares de dinheiro público, comprometidos pelos Governos do mundo rico para o resgate do setor bancário poderia se eliminar a pobreza mundial durante os próximos cinqüenta anos, Galeano indicou que o informe “fica curto” e acrescentou que com esse dinheiro se poderia “dar de comer aos famintos de aqui à eternidade,com sobremesa incluída”

O único positivo que segundo Galeano foi obtido na tão promovida cimeira de Londres é que “ao parecer têm-se posto de acordo todos em que tem-se que acabar o segredo bancário”.

Com relação a esse tema, féis referência às palavras do ex-ministro de Economia uruguaio, Inácio de Posadas, quem rechaçou a possibilidade de levantar o segredo bancário, argumentando que o segredo bancário “é um direito humano”, que Galeano qualificou como “Uma frase imortal para antologia da infâmia”.