"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 29 de junho de 2009

A Unidade do Sul começa pela ALBA

Uma segunda guerra pela independência.

Por O. Balbás. Venezuela

Com a celebração do 188º aniversário da batalha de Carabobo, abre-se um marco de ações importantes consubstanciadas com a idéia do Libertador Simón Bolívar de unificar em uma só nação o que se conhece hoje como América Latina, América do Sul, Hispano-américa ou as antigas colônias do império espanhol. A obra inconclusa do Libertador Simón Bolívar se está reconstruindo sob os critérios de uma mudança social e econômica que permita a igualdade de direitos cidadãos e a soberania de nossos povos.

Pode-se dizer que certamente, estamos em uma segunda guerra pela independência contra um sistema econômico baseado na exploração e a destruição do meio-ambiente de forma acelerada pelo incentivo ao consumo irracional e a obtenção da máxima ganância. O Capitalismo, modo de produção cuja célula fundamental é a mercancia, fez da vida cotidiana uma concorrência pela supervivência. Cumpre-se a afirmação “o homem é o lobo do homem”.

A batalha de Carabobo celebrada no passado 24 de junho, desenvolve-se em 1821 e se completa a liberação da Venezuela em 23 de junho com a batalha de Maracaibo e a toma e controle que se consegue em Puerto Cabello, dominando a fortaleza do castelo São Felipe onde se refugiaram os derrotados do exército espanhol dirigido por Miguel de la Torre. Essa batalha foi antecedida por muitas outras ações bélicas, marchas e contramarchas. Por essa razão, o fato de instalar-se no Estado Aragua a VI cúpula extraordinária da Alba, fortalece a esperança de ver o sonho de Bolívar feito realidade: converter em uma grande nação à nossa América independente. No passado 22 de junho se celebrou também o 183º aniversário da instalação do Congresso do Panamá, projeto bolivariano inspirado em Francisco de Miranda, Vizcardo e Guzmán, com o objetivo de unificar as nações recém libertadas do império espanhol e conseguir acordos econômicos e militares em defesa da sustentação da independência obtida com o sacrifício de milhares de vida. Era uma forma de contra-restar à Santa Aliança liderada por Espanha, que junto com a Rússia czarista e Áustria se propunham enviar tropas à América do Sul e converter de novo essas terras em colônias da Espanha. Nesse momento histórico fracassou o congresso do Panamá pelas traições da ala conservadora oposta ao Libertador e seu projeto unitário. Hoje, a realidade indica que a construção do Socialismo e a Liberação Nacional devem contar necessariamente com a unidade dos povos da América, não só desde o ponto de vista comercial senão político, cultural e militar. Somaram-se à ALBA três países, incluindo a República do Equador. A presença destas nações fortalece ainda mais o projeto liberador que começou com a proposta do Presidente Hugo Cháves no ano 2001 na Ilha de Margarita, de criar um organismo internacional para enfrentar a ALCA, conhecido instrumento dos Estados Unidos para dominar nossos povos.

Atualmente, o presidente de Honduras Manuel Zelaya enfrenta um complô em contra do seu governo e desde as Forças Armadas organizam o golpe de estado pelas suas relações com Chávez e Fidel. Isto é um sinal do que é capaz de fazer a oligarquia unida aos interesses forâneos, utilizando estratégias que delatam suas verdadeiras intenções.

Fazer ênfase nas mudanças fundamentais em benefício do povo pobre e excluído; organizá-lo para defender as conquistas populares, consolidar o bloco dos Estados liberados da América e relançar os meios de comunicação, é tarefa ineludível, como homenagem à celebração do Dia do Jornalista, neste 27 de junho, lembrando-se o lançamento do Correio do Orinoco em 1818, como um meio de informação da causa patriota para contra-restar a Gazeta de Caracas, meio de comunicação espanhol.

obalbasvester@gmail.com

Versão em português: Raul Fitipaldi, de América Latina Palavra Viva.

Fonte: desacato.info