"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 29 de junho de 2009

Zelaya ratifica que está na Costa Rica e denuncia a ''traição'' das Forças Armadas

DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2009.

O povo hondurenho rechaçou categoricamente a ação militar e deixam claro que não reconhecerão nenhum presidente autoproclamado. “Vou a Manágua como presidente de Honduras, meu período termina em 2010”, dize o presidente Zelaya a teleSUR.
TeleSUR

O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, por telefone com teleSUR, ratificou que se encontra em San José da Costa Rica. “As forças Armadas me traíram” denunciou. Informou que homens armados invadiram sua residência nas primeiras horas da manhã deste último domingo e por meio do uso da força o tiraram do país.

“Estou em San José, Costa Rica. Fui vitima de um sequestro de algum grupo de militares hondurenhos. Não acredito que o Exército apóie esta ação”, informou a teleSUR.

“Eu acredito que isto é um complô de uma elite muito voraz que deseja manter o país ilhado e na pobreza extrema” dize Zelaya.

O presidente seqüestrado neste domingo diz que “a cúpula das FFAA, nesta manhã, atraiçoaram-me, ultrajaram-me, invadiram minha casa. Ameaçaram atiram em mim, é um sequestro brutal contra a minha pessoa, sem nenhuma justificativa”.

Relembrou que “participaríamos de uma pesquisa popular sem caráter vinculante, algo que não pode justificar uma ação de sequestro contra um presidente”.

Sobre o sequestro informou que “ainda estou de pijama, estou aqui na Costa Rica”. “Puseram-me num veículo, levaram-me à base aérea e colocaram-me num avião”.

Esclareceu que não pediu asilo na Costa Rica, “trata-se de um sequestro” sentenciou.

“Vou pedir aos presidentes da América, inclusive ao presidente dos EUA. O embaixador dos EUA em Tegucigalpa, se não tiver nada com este golpe, que o esclareça”, apontou.

Comentou que “o comandante Daniel Ortega já falou comigo, colocando o seu país à disposição. Dize-me que há uma reunião de presidentes centroamericanos em Manágua, na qual não reconhecerão nenhum governo de fato”

Apesar do golpe de Estado contra ele, Zelaya dize a teleSUR: “vou a Manágua como presidente de Honduras, meu período termina em 2010”.

“Enquanto não termine o meu período, continuo sendo o presidente eleito desde qualquer lugar do mundo (...) não podem manter um Estado de fato”, destacou.

Nas primeiras horas da manhã deste domingo militares encapuzados tomaram a residência do presidente Manuel Zelaya.

A consulta popular, para determinar a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, deveria se iniciar neste domingo com a abertura dos locais de votação que foram habilitados nos parques das principais cidades de hondurenhas.

A consulta, convocada a partir de um abaixo assinado de mais de 400 mil cidadãos hondurenhos, foi objeto de rechaço por parte de certos setores políticos e sociais de Honduras e que, neste domingo, concretizaram o seu rechaço com a execução de um golpe de Estado.

Modificado no domingo, 28 de junho de 2009.