Senadora Córdoba apresenta novas provas de vida de retidos pelas FARC
A fita traz as provas de vida do Srgto. Arbey Delgado, Major Enrique Murillo Sánchez, Ten. William Donato, Gral. Luis Herlindo Mendieta Ovalle, Cabo 1º Libio José Martinez, Intendente Álvaro Moreno, Srgto. Luiz Alberto Erazo Maya, Ten. Elkin Hernández e do Cpt. Edgar Yesid Duarte.
TeleSUR
A senadora colombiana Piedad Córdoba, apresentou nesta segunda-feira provas de vida de retidos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) que foram entregues aos seus familiares.
O Srgto. Arbey Delgado, Mayor Enrique Murillo Sánchez, Ten. William Donato, Gral. Luis Herlindo Mendieta Ovalle, Cabo 1º Libio José Martínez, Intendente Álvaro Moreno, Srgto Luiz Alberto Erazo Maya, Ten. Elkin Hernández e o Cpt. Edgar Yesid Duarte, são os que apresentam seus testemunhos no vídeo difundido nesta segunda-feira.
Em comunicado de imprensa, desde Bogotá, a senadora da oposição enviou uma mensagem a todos os colombianos para que se “mobilizem a favor destas pessoas” e que se façam chegar as “vozes de paz” para conseguir novas libertações. Anunciou que nos próximos dias podem chegar às suas mãos novas provas de vida, que somadas as já apresentadas “seriam de 13 soldados e seis policiais”.
Desmentiu as versões que afirmam que os oficiais retidos estão acorrentados e em condições subumanas. “Não tem ninguém acorrentado, como podem ver”.
Em relação às condições de saúde dos retidos, respondeu aos jornalistas que ela não é a mais indicada para analisar isso, e sim os familiares que são os únicos que podem qualificar a situação das pessoas que falam nos vídeos.
No vídeo aparece a figura do cabo Libio José Martinez, que integraria um grupos de libertados unilateralmente pelas FARC junto de Pablo Emilio Moncayo, e cuja libertação não foi concretizada pelos obstáculos impostos pelo governo colombiano.
Na fita, o oficial cumprimentou seus familiares e assegurou “que se encontra bem”, e que em breve estará com eles.
“Conto-lhes que, graças a Deus, me encontro bem, e com o poder Dele, brevemente estaremos juntos”, testemunhou.
Também aparece o Srgto. Arbey Delgado, que está no cativeiro desde 1999 e que, após cumprimentar a sua família e agradecer a espera, pediu ao presidente Álvaro Uribe que facilite o intercâmbio humanitário tal como o anunciou antes da libertação da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt.
Em seu testemunho, Delgado reclama que logo após a chamada operação “Xeque”, “sobraram alguns servidores da Colômbia” que não receberam do Estado “a lealdade que uma vez” ele jurou.
“O que acontecerá se daqui a pouco as FARC cedem na petição de não-desocupação? Que acontecerá com nós? Será que não somos seres humanos? Será que somos animais? (...) Eu levo 23 anos a serviço do Estado e jurei lealdade ao Estado, mas para nós o Estado ainda não respondeu”, expressou Delgado que acrescentou que prefere ser libertado e estar com sua família a ser promovido em cativeiro pelo Governo.
Por sua vez o ten. William Donato, que foi aprisionado em 1998, expressou sentir-se com entusiasmo e firme para poder se encontrar com seus familiares em breve e saudou as gestões da senadora Piedade Córdoba e do grupo Colombianas e Colombianos pela Paz, pela luta que “tem empreendido pelo intercambio humanitário”.
“Tenham a certeza de que continuarei firme para poder me encontrar com vocês brevemente (...), estou bem, apesar do tempo que passou, continuo com o mesmo entusiasmo, continuo porque vocês são a razão da minha vida e porque meus pais me ensinaram que um homem de bem tem duas vidas, uma que sofre e outra que resiste”, disse Donato no seu testemunho.
Outra das provas apresentadas por Córdoba, é a do Gral. Luis Herlindo Mendieta Ovalle, aprisionado em 1998 durante a tomada de Mitú. No vídeo desmentiu as versões da imprensa que asseguram que o dito nos testemunhos tenha sido preparado pelas FARC.
“Quero também testemunhar que quando se tem divulgado provas ou quando prisioneiros foram libertados, imediatamente dizem que estão sendo pressionados. Não, neste momento estou em plena liberdade, estão me filmando, ninguém está me dizendo o que tenho que falar, ninguém está insinuando nada, ninguém está me dizendo coisas. A vigilância é a normal de um estabelecimento como este no meio da selva”, explicou o prisioneiro.
Também enviou felicitações à sua filha Jenny Mendieta pela sua graduação.
“Espero que já seja uma realidade e que prossiga com seus estudos”, disse.
Por outro lado, Enrique Molina Sánchez disse à sua família que não se preocupem porque sua vida depende “das FARC e não tanto do governo”.
“Eu sei que a situação tem sido dura, vocês continuem adiante e trabalhando, levando a vida em frente. Não se preocupem por mim, vocês sabem que a minha vida depende mais da guerrilha e não tanto do governo”, declarou.
Entretanto, o subintendente da Polícia, Álvaro Moreno, aprisionado desde 19 de dezembro de 1999 em Curillo (Caquetá, sul do país), manifestou à sua família que “muito em breve” estará junto deles para mostrar que isto (seu cativeiro) “foi um simples sonho”.
“Em pouco tempo, se Deus quiser, estaremos juntos e vamos desfrutar momentos muito agradáveis e ver que tudo isto foi simplesmente um sonho”, disse na sua declaração. Pediu a sua mãe “que continue em frente” pela sua doença. “É verdade que está muito doente, mas vamos em frente e quero que lembre deste lema: seja corajosa e esforçada, eu estou contigo”.
Outra prova mostra o Srgto. Luis Alberto Erazo, que também foi aprisionado em Curillo em 9 de dezembro de 1999. No vídeo ele cumprimenta toda a sua família e seus vizinhos, confirmou que recebeu todas as cartas e fotos enviadas por eles.
“Vi minha mãe numa foto que recebi há poucos dias com cartas que vocês me enviaram, estão muito bonitas, espero que continuem se conservando assim e não se preocupem por mim, estou bem”, assegurou o oficial.
Também o ten. Elkin Hernández Rivas, aprisionado desde 21 de dezembro de 1997 no ataque à Base Militar de Patascoy (oeste), aparece num vídeo agradecendo a seus familiares e amigos, pela luta com que “empreenderam para conseguir nossa liberdade”.
“Estou muito orgulhoso dessa luta que vocês empreenderam para conseguir nossa liberdade”, disse Hernández que aproveitou para pedir à sua mãe (Magdalena Rivas) “que se cuide das pernas, pela doença de que padece”.
Em outra prova de vida, o Cpt. Edagr Yesid Duarte, detido em 14 de novembro de 1998 em Paujil (sul), assegura estar fortalecido e com bom estado “físico e espiritual” no cativeiro.
“Como podem ver continuo forte do mesmo jeito de antes, meu ânimo não diminuiu e não acredito que vá diminuir”, declara Duarte na fita.
Expressou seu desejo de que estas provas de vida dêem forças à sua mãe que está doente.
“Para você mãezinha, vou pedir que fique muito forte porque meu pai disse que você está muito decaída. Tomara que esta prova de sobrevivência te sirva para que fiques mais forte e saiba que seu filho te ama muito e que tem aguentado tudo para voltar para você. Espero que você também tenha essa força para agüentar, enquanto Deus queira o meu regresso”, disse no seu testemunho.
Os nove prisioneiros formam parte de uma lista de 23 policiais e militares (o Governo e Córdoba trabalham com 24) que as FARC querem trocar por meio milhar de guerrilheiros presos. Mesmo tendo divulgado e executado liberações unilaterais.
Córdoba divulgou, no dia 17 de agosto passado, provas de vida do Major da Polícia Guillermo Javier Solórzano e do cabo do Exército Salín Antonio Sanmiguel Valderrama, que apareceram num vídeo com bom estado de saúde e ânimo.
TeleSUR
A senadora colombiana Piedad Córdoba, apresentou nesta segunda-feira provas de vida de retidos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) que foram entregues aos seus familiares.
O Srgto. Arbey Delgado, Mayor Enrique Murillo Sánchez, Ten. William Donato, Gral. Luis Herlindo Mendieta Ovalle, Cabo 1º Libio José Martínez, Intendente Álvaro Moreno, Srgto Luiz Alberto Erazo Maya, Ten. Elkin Hernández e o Cpt. Edgar Yesid Duarte, são os que apresentam seus testemunhos no vídeo difundido nesta segunda-feira.
Em comunicado de imprensa, desde Bogotá, a senadora da oposição enviou uma mensagem a todos os colombianos para que se “mobilizem a favor destas pessoas” e que se façam chegar as “vozes de paz” para conseguir novas libertações. Anunciou que nos próximos dias podem chegar às suas mãos novas provas de vida, que somadas as já apresentadas “seriam de 13 soldados e seis policiais”.
Desmentiu as versões que afirmam que os oficiais retidos estão acorrentados e em condições subumanas. “Não tem ninguém acorrentado, como podem ver”.
Em relação às condições de saúde dos retidos, respondeu aos jornalistas que ela não é a mais indicada para analisar isso, e sim os familiares que são os únicos que podem qualificar a situação das pessoas que falam nos vídeos.
No vídeo aparece a figura do cabo Libio José Martinez, que integraria um grupos de libertados unilateralmente pelas FARC junto de Pablo Emilio Moncayo, e cuja libertação não foi concretizada pelos obstáculos impostos pelo governo colombiano.
Na fita, o oficial cumprimentou seus familiares e assegurou “que se encontra bem”, e que em breve estará com eles.
“Conto-lhes que, graças a Deus, me encontro bem, e com o poder Dele, brevemente estaremos juntos”, testemunhou.
Também aparece o Srgto. Arbey Delgado, que está no cativeiro desde 1999 e que, após cumprimentar a sua família e agradecer a espera, pediu ao presidente Álvaro Uribe que facilite o intercâmbio humanitário tal como o anunciou antes da libertação da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt.
Em seu testemunho, Delgado reclama que logo após a chamada operação “Xeque”, “sobraram alguns servidores da Colômbia” que não receberam do Estado “a lealdade que uma vez” ele jurou.
“O que acontecerá se daqui a pouco as FARC cedem na petição de não-desocupação? Que acontecerá com nós? Será que não somos seres humanos? Será que somos animais? (...) Eu levo 23 anos a serviço do Estado e jurei lealdade ao Estado, mas para nós o Estado ainda não respondeu”, expressou Delgado que acrescentou que prefere ser libertado e estar com sua família a ser promovido em cativeiro pelo Governo.
Por sua vez o ten. William Donato, que foi aprisionado em 1998, expressou sentir-se com entusiasmo e firme para poder se encontrar com seus familiares em breve e saudou as gestões da senadora Piedade Córdoba e do grupo Colombianas e Colombianos pela Paz, pela luta que “tem empreendido pelo intercambio humanitário”.
“Tenham a certeza de que continuarei firme para poder me encontrar com vocês brevemente (...), estou bem, apesar do tempo que passou, continuo com o mesmo entusiasmo, continuo porque vocês são a razão da minha vida e porque meus pais me ensinaram que um homem de bem tem duas vidas, uma que sofre e outra que resiste”, disse Donato no seu testemunho.
Outra das provas apresentadas por Córdoba, é a do Gral. Luis Herlindo Mendieta Ovalle, aprisionado em 1998 durante a tomada de Mitú. No vídeo desmentiu as versões da imprensa que asseguram que o dito nos testemunhos tenha sido preparado pelas FARC.
“Quero também testemunhar que quando se tem divulgado provas ou quando prisioneiros foram libertados, imediatamente dizem que estão sendo pressionados. Não, neste momento estou em plena liberdade, estão me filmando, ninguém está me dizendo o que tenho que falar, ninguém está insinuando nada, ninguém está me dizendo coisas. A vigilância é a normal de um estabelecimento como este no meio da selva”, explicou o prisioneiro.
Também enviou felicitações à sua filha Jenny Mendieta pela sua graduação.
“Espero que já seja uma realidade e que prossiga com seus estudos”, disse.
Por outro lado, Enrique Molina Sánchez disse à sua família que não se preocupem porque sua vida depende “das FARC e não tanto do governo”.
“Eu sei que a situação tem sido dura, vocês continuem adiante e trabalhando, levando a vida em frente. Não se preocupem por mim, vocês sabem que a minha vida depende mais da guerrilha e não tanto do governo”, declarou.
Entretanto, o subintendente da Polícia, Álvaro Moreno, aprisionado desde 19 de dezembro de 1999 em Curillo (Caquetá, sul do país), manifestou à sua família que “muito em breve” estará junto deles para mostrar que isto (seu cativeiro) “foi um simples sonho”.
“Em pouco tempo, se Deus quiser, estaremos juntos e vamos desfrutar momentos muito agradáveis e ver que tudo isto foi simplesmente um sonho”, disse na sua declaração. Pediu a sua mãe “que continue em frente” pela sua doença. “É verdade que está muito doente, mas vamos em frente e quero que lembre deste lema: seja corajosa e esforçada, eu estou contigo”.
Outra prova mostra o Srgto. Luis Alberto Erazo, que também foi aprisionado em Curillo em 9 de dezembro de 1999. No vídeo ele cumprimenta toda a sua família e seus vizinhos, confirmou que recebeu todas as cartas e fotos enviadas por eles.
“Vi minha mãe numa foto que recebi há poucos dias com cartas que vocês me enviaram, estão muito bonitas, espero que continuem se conservando assim e não se preocupem por mim, estou bem”, assegurou o oficial.
Também o ten. Elkin Hernández Rivas, aprisionado desde 21 de dezembro de 1997 no ataque à Base Militar de Patascoy (oeste), aparece num vídeo agradecendo a seus familiares e amigos, pela luta com que “empreenderam para conseguir nossa liberdade”.
“Estou muito orgulhoso dessa luta que vocês empreenderam para conseguir nossa liberdade”, disse Hernández que aproveitou para pedir à sua mãe (Magdalena Rivas) “que se cuide das pernas, pela doença de que padece”.
Em outra prova de vida, o Cpt. Edagr Yesid Duarte, detido em 14 de novembro de 1998 em Paujil (sul), assegura estar fortalecido e com bom estado “físico e espiritual” no cativeiro.
“Como podem ver continuo forte do mesmo jeito de antes, meu ânimo não diminuiu e não acredito que vá diminuir”, declara Duarte na fita.
Expressou seu desejo de que estas provas de vida dêem forças à sua mãe que está doente.
“Para você mãezinha, vou pedir que fique muito forte porque meu pai disse que você está muito decaída. Tomara que esta prova de sobrevivência te sirva para que fiques mais forte e saiba que seu filho te ama muito e que tem aguentado tudo para voltar para você. Espero que você também tenha essa força para agüentar, enquanto Deus queira o meu regresso”, disse no seu testemunho.
Os nove prisioneiros formam parte de uma lista de 23 policiais e militares (o Governo e Córdoba trabalham com 24) que as FARC querem trocar por meio milhar de guerrilheiros presos. Mesmo tendo divulgado e executado liberações unilaterais.
Córdoba divulgou, no dia 17 de agosto passado, provas de vida do Major da Polícia Guillermo Javier Solórzano e do cabo do Exército Salín Antonio Sanmiguel Valderrama, que apareceram num vídeo com bom estado de saúde e ânimo.