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Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 6 de agosto de 2009

USA penetra na Colômbia

Por: Katalina Vásquez Guzmán
Fonte: Rebelion.org

O general Douglas Fraser, chefe do Comando Sul, visitou Cartagena (Colômbia) em meio à polêmica pela instalação de novas bases norteamericanas em solo colombiano. Venezuela, Brasil, Equador, Chile e Nicarágua manifestaram-se.
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O chefe do Comando Sul dos EUA foi bem recebido na Colômbia. O general Douglas Fraser chegou a Cartagena no fim de semana, em meio à polêmica pelo anúncio da instalação de mais bases militares norteamericanas neste país, e após a passagem do chanceler de Israel. Fraser se reuniu com vários comandantes militares da América Central e do Sul e no viajou a Bogotá, onde foi recebido pelo comandante das forças militares colombianas, Freddy Padilla.

Venezuela, Brasil, Equador, Chile e Nicarágua, entretanto, expressaram sua preocupação pelo que significa o aumento da força norteamericana na região, e o apoio da Colômbia para com a potência mundial em matéria militar. Faz duas semanas soube-se que Bogotá e Washington negociam um acordo para que os EUA usem três ou mais bases aéreas colombianas, onde se instalariam 800 militares e 600 terceirizados por até dez anos. Desde então, os incômodos não param. O primeiro a reclamar foi o Conselho de Estado nacional, que não foi consultado, como indica a Constituição, já que o Congresso estava de férias. O governo venezuelano foi o seguinte a protestar. Para o presidente Hugo Chávez, as bases norteamericanas na Colômbia são uma ameaça a sua soberania e assim o repetiu neste fim de semana na sua coluna dominical “As linhas de Chávez”.

“Esta semana conversei com vários chefes de Estado do nosso continente, com a finalidade de alertá-los sobre o perigo que representam as novas bases militares gringas para a Venezuela. É evidente que este será um tema central na próxima reunião da Unasul”, escreveu. Brasil, Chile e Nicarágua aumentaram a lista dos inquietos. O chanceler brasileiro, Celso Amorim, expressou que entende “as preocupações” do país bolivariano e exigiu à Colômbia que apresente “garantias formais” sobre o acordo que negocia com o país do Norte, segundo publicou ontem a Folha de São Paulo.

Com o novo acordo, EUA teria instalações no norte, no ocidente, centro, oriente e sul do país, para, segundo alega Bogotá, somente apoiar a guerra contra o narcotráfico e a guerrilha. Mas outros países não entendem dessa forma. “O que preocupa ao Brasil é uma presença militar forte, cujo objetivo e capacidade parecem ir muito além do que possa ser a necessidade interna da Colômbia”, assinalou Amorim. Na quinta-feira, o presidente Luis Inácio Lula da Silva e Michelle Bachelet, presidenta do Chile, pediram uma reunião do Conselho de Defesa Sulamericano para analisar o acordo militar paralelamente à Cimeira da Unasul. Esta se realizará no próximo dia 10 de Agosto em Quito, Equador, mas a Colômbia não participará.

O tema do acordo Bogotá-Washigton será o primeiro a ser tratado, como provavelmente também o é na agenda do general Fraser, que substituiu no cargo a James Stavridis, desde junho passado. As funções do novo comandante norteamericano são sigilosas, mas sabe-se que é o encarregado direto das operações que se iniciariam na Colômbia, assim como da retirada de suas tropas da base militar de Manta, no Equador. Não se permitiu a entrada da imprensa nos seus encontros e não houve declarações. Oculta também é a informação sobre os avanços do polêmico acordo para que militares e aeronaves dos EUA usem bases na Colômbia. “Na região é importante ter transparência e claridade, algo que talvez faltou; por exemplo, podemos ter garantias formais sobre como as bases serão usadas”, disse o chanceler do Brasil.