Uribe esta obrigado a permitir a ingerência militar dos EEUU na Colômbia
Terça-feira, 11 de agosto de 2009
Os gringos aproveitam o passado criminoso de Uribe Vélez.
ABN
A pressão que os EUA exerceram sobre o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe Vélez, foi tão forte, dado o obscuro passado do chefe de Estado ligado ao narcotráfico, que o mandatário colombiano se viu obrigado a ceder às pretensões norteamericanas de instalar novas bases militares nesta nação sulamericana.
O vice-presidente do Grupo Venezuelano no Parlamento Latinoamericano (Parlatino), Carlos Wimmer, susteve que para isso os EUA aproveitaram as debilidades de um Uribe que deseja candidatar-se novamente a presidente e necessita urgentemente voltar a ganhar a confiança das grandes transnacionais.
“Já ficaram mal depois do fracasso militar de não conseguir acabar com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) nos oito anos de governo, tal como Uribe tinha prometido”, detalhou o parlamentar.
Por outro lado, Uribe tem uma grande oposição interna na Colômbia, liderada pelo seu ex-ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, que conta com o aval do governo norteamericano.
“No obstante, también tiene una fuerte oposición dentro de Estados Unidos, por encontrarse dentro de la lista de los narcotraficantes más buscados por la Agencia de Lucha contra las Drogas (DEA)”, manifestó Wimmer.
“Entretanto, também tem uma forte oposição dentro dos EUA, por se encontrar dentro da lista dos narcotraficantes mais procurados pela Agência de Controle de Drogas (DEA)”, manifestou Wimmer.
Uribe tem sido acusado nos últimos anos de estar ligado ao narcotráfico. A jornalista colombiana Virginia Vallejo, ex-amante do maior narcotraficante da história, Pablo Escobar e, entre suas múltiplas convivências, disse ter conhecido o atual presidente colombiano. No seu livro, Virginia Vallejo conta que Uribe trabalhou para Escobar quando desempenha um cargo na aviação civil em Medellín. De lá expedia licenças e autorizações para pistas de pouso nas fazendas de vários chefes do narcotráfico.
Igualmente, Vallejo também relatou que Pablo Escobar tinha apreço por Uribe Vélez ao ponto de chamá-lo carinhosamente de Doutor Varito.
Segundo a escritora, Escobar teria dito textualmente que “ele (Uribe) é um dos nossos”. Esta expressão foi porque o pai do presidente colombiano teria sido sócio de Escobar no narcotráfico.
Diante destas vantagens dos EUA, o vice-presidente do Parlatino reafirmou que “sem duvida a administração de Obama exigiu do Governo de Bogotá a permissão e legalização para a instalação das bases militares em solo colombiano, tal como está sendo feito”.