"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Não mais adiamentos ao Cessar bilateral do fogo

Um mês cumpre hoje o cessar-fogo unilateral, verificável e por término indefinido, declarado por nossa organização a partir de 20 de dezembro próximo passado.
Como dissemos desde o momento em que se pôs a marchar tal determinação, se trata de um gesto pleno de humanidade em resposta ao clamor generalizado das vítimas do conflito e da expectativa nacional para que se alcance o fim da confrontação.
Hoje, podemos manifestar ante a Colômbia e ao mundo que: apesar do assédio militar; apesar das ordens de incrementar a ofensiva contra nossa força rebelde, de nossa parte estamos cumprindo. Durante a vigência do cessar-fogo unilateral, em nenhum momento lançamos ataques às Forças Armadas oficiais, nem à infraestrutura pública e privada. Assim o constatou a Frente Ampla pela Paz como instância verificadora. Todo o país sabe; porém é evidente que, se a insensatez e a intransigência contra este gesto inegável de reconciliação persiste, não será possível sustentá-lo.
Durante este mês, as forças armadas estatais protagonizaram bombardeios, metralhamentos, desembarques de tropas, operações envolventes, assaltos e todo tipo de ações hostis objetivando nos causar baixas e causar-nos prejuízo de ponta a ponta do país. E a agressão não para. Novamente, por exemplo, a 8 de janeiro foram atacados guerrilheiros da Frente Aurelio Rodríguez nas Juntas de Tamaná, entre Risaralda e Chocó, causando a morte de Jacqueline e a perda de equipamentos de campanha e material de guerra.  
Não se pode abusar da boa-fé com que empreendemos o gesto de silenciar as armas. Essas ações, sem dúvida, vão na contramão do sentir nacional e contradizem a suposta avaliação positiva que o Presidente Santos expressou sobre o cessar-fogo unilateral, ao tempo em que fala da necessidade da desescalada do conflito. Sobre este último assunto, insistimos em que nada é mais eficaz para este propósito que o cessar-fogo bilateral, ou o armistício, sem mais adiamentos. Para proceder em consequência, estamos prontos em Havana, com o Comando Guerrilheiro para a Normalização.
Queremos novamente ressaltar e avaliar, como altamente positivos, os chamados que a Frente Ampla pela Paz tem feito ao governo para que desista de ações que possam provocar o fim do cessar unilateral, e chamamos ao movimento social colombiano a exigir a firma, já, do cessar-fogo bilateral, que gere um melhor ambiente ao diálogo e evite mais derramamento de sangue.
Finalmente, estendemos o mais cordial convite à Frente Ampla pela Paz a vir a Havana, para que façamos juntos o balanço da verificação e tracemos novas iniciativas que coadjuvem a pôr fim à guerra.


DELEGAÇÃO DE PAZ DAS FARC-EP