Outra Vitória no Julgamento de Ricardo Palmera e das Farc por Narcotráfico
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O juiz Lamberth foi forçado a anular o julgamento. “Isso é uma grande vitória e muito significativa para o combatente colombiano pela liberdade, a justiça social e a paz. E por sua vez, destrói a tentativa do governos dos EUA de pintar as FARC como traficantes de drogas e terroristas”, escreve Ângela Denio, vice-presidenta do Comitê Nacional para a liberdade de Ricardo Palmera (CNPLRP), em inglês, Free Ricardo Palmera.
Simón, extraditado ilegalmente
pelo narco-assassino Uribe Vélez!
O revolucionário colombiano Ricardo Palmera, (Simón Trinidad), obteve outra importante vitória contra a administração de George Bush e a política intervencionista e guerreirista dos Estados Unidos (EUA), na Corte Federal do Distrito de Columbia na cidade de Washington D.C. O juiz Royce Lamberth foi forçado a declarar o julgamento como nulo e viciado. Os fiscais federais dos EUA se recusaram a comentar à respeito sobre sua derrota no julgamento em que acusavam o professor Ricardo Palmera e às FARC de traficantes de intorpecentes (drogas).
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A nulidade do julgamento foi produto de um jurado que não se pôs de acordo depois de cinco semanas de deliberações, sete dos doze jurados queriam um veredito de “inocente”. Essa é uma grande vitória e muito significativa para o combatente colombiano pela liberdade, a justiça social e a paz. E por sua vez, destrói a tentativa do governo dos EUA de pintar as FARC como traficantes de drogas e terroristas.
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Assim, o chefe dos fiscais McNell anunciou que voltará a julgar Palmera apresentando os mesmos argumentos. Além disso, fez alarde dos suficientes recursos, dinheiro e pessoal à sua disposição para esse novo e irritante julgamento contra o reconhecido revolucionário colombiano.
Ricardo Palmera (Simón Trinidad) ingressou nas FARC há 20 anos. Isso depois que a repressão, a tortura e o assassinato de ativistas políticos, o levaram a confirmar que a via política pacífica para a luta democrática estava fechada na Colômbia. Palmera deu um testemunho à corte e ao jurado dos motivos pelos quais decidiu ingressar às FARC e tomar as armas. “Isso foi feito pensando na Colômbia. Minha geração nunca soube o que é paz na Colômbia”. E continuou dizendo: “Essa decisão que ele tomou lhe rompeu o coração pois esteve vendo como partia sua família do país, deixando sua casa e virando ao avesso sua vida”. Palmera expressou, aprofundou e resumiu em poucas frases essa decisão de 20 anos atrás. “Não podia ter a coragem de correr e sair do país deixando todos os mortos que assassinaram e respaldaram nossa luta política. Tive que escolher entre minha família e o desejo de lutar por uma mudança real na Colômbia”.
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Repetidamente, a fiscalía tratou de encontrar ligações entre as FARC e os traficantes de drogas, nesse afã a fiscalía chegou a ir até mais além dos limites da verdade. E agora falando das testemunhas apresentadas pela Fiscalía, o advogado defensor de Palmera, Robert (Bob) Tucker, que disse ao jurado. “Essa gente foi intimidada para dar seu testemunho e seu testemunho foi bem absurdo, de fato algumas das evidências estão totalmente, totalmente insultantes”..
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Depois de ser perguntado várias vezes de que devia admitir as ligações de sua organização, as FARC com as máfias da cocaína, o professor Palmera falou do problema da cocaína na Colômbia, e disse> “os camponeses que cultivam a folha de coca têm um grande problema. Este é um problema sério que afeta inteiramente toda a nação tanto no econômico, social, político como nas relações internacionais. Os camponeses pobres que cultivam a folha de coca a olham como se fosse uma espécie cuja produção os liberará da miséria”.
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Também, Palmera testemunhou que durante os 20 anos que esteve nas FARC nunca conheceu nem sequer um laboratório de cocaína controlado por sua organização. Da mesma forma, que jamais viu ou escutou nenhum ser humano que houvesse motivado outro ser humano para cultivar drogas, e que ele nunca trocou drogas por dinheiro. Finalmente, depois de cinco dias de deliberações o jurado informou ao juiz Lamberth que não podiam colocar-se de acordo sobre o veredito. Imediatamente, o juiz mencionado declarou (mistrial) o julgamento como nulo e viciado..
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Tom Burke, porta-voz do Comitê Nacional para a Liberdade de Ricardo Palmera (CNLRP) disse: “Que felicidade tão grande, ver Ricardo Palmera (Simón Trinidad) ganhar do império dos EUA outra vez”. Não se pode negar que a administração de Bush está perdendo a guerra no Iraque e na Colômbia. Já não se pode derrotar um revolucionário só com todo tipo de adversidades contra ele. Burke seguiu. “Este é um julgamento político que não deve ter lugar nos EUA. O professor Ricardo Palmera é um prisioneiro de guerra, da guerra suja que os EUA está fazendo na Colômbia para benefício das grandes corporações como Occidental, Drummond, Monsanto, Chiquita e outras.
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Por mais de três anos o professor Ricardo Palmera tem sido mantido em uma cela de confinamento solitário sob o regime de medidas especiais administrativas- (Special administrative Measures). É hora de que isto se acabe e seja posto em liberdade. Exigimos que o professor Palmera seja posto imediatamente em liberdade.
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