"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pacocol/ANNCOL


A direção executiva nacional da Juventude Comunista Colombiana – JUCO – anunciou que acionará juridicamente a Revista SEMANA e exigirá dessa publicação uma retificação de uma informação tendenciosa em que se pretende envolver esta organização juvenil com a Socialista Noruega (SU, em sua sigla norueguesa), bem como outras organizações de colombianos exilados na Europa com atividades guerrilheiras.

Bogotá. A direção executiva nacional da Juventude Comunista Colombiana – JUCO – anunciou que acionará juridicamente a Revista SEMANA e exigirá dessa publicação uma retificação de uma informação tendenciosa em que se pretende envolver esta organização juvenil com a Socialista Noruega (SU, em sua sigla norueguesa), bem como outras organizações de colombianos exilados na Europa com atividades guerrilheiras.
Assim informou Claudia Florez, secretaria geral da organização de jovens comunistas, que expressou sua indignação pela nova enganação orquestrada por um meio de comunicação da família Santos, muito bem posicionada juntos às elites do poder.

O artigo intitulado “A frente européia das FARC”, publicado na edição nº 1346, diz textualmente: “também existem algumas organizações onde prevalece entre seus membros, o idealismo romântico, o mesmo que levou a Tanja Nijmeijer – a guerrilheira holandesa (ver quadro) – a unir-se as FARC. Um exemplo claro é a Juventude Socialista Norueguesa (SU, por sua sigla em norueguês). SU é criticada por ter um programa de intercâmbio estudantil com as Juventudes Comunistas da Colômbia (Juco). Essa organização enviou representantes que tomaram parte das chamadas ‘audiências preliminares’ das FARC na época de Caguán. Ali entraram em contato com a Juco. Desse momento em diante, se acusa a organização norueguesa e a colombiana de terem construído um ponte para o trânsito de europeus para a Colômbia e vice-versa, com o fim de apoiar as FARC.

…SEMANA visitou as instalações da SU e encontrou um grupo de jovens que dizem que seu único objetivo é trabalhar pela justiça social na Colômbia. Em conversa com SEMANA, a encarregada para a Colômbia da SU, uma norueguesa que atualmente escreve uma tese de mestrado sobre os jovens deslocados, explicou os propósitos de seu trabalho: ‘Nos consideramos agentes externos da situação colombiana, observadores; por esta razão, nosso papel é o de denunciantes: denunciamos assassinatos de estudantes universitários, denunciamos as ações das Águias Negras contra líderes estudantis e sindicais e condenamos os desatinos do processo de paz com os paramilitares’.” Isto, segundo Claudia Florez, é material mentiroso que busca desprestigiar as duas organizações juvenil e a deterioração das magníficas relações mantidas durante uma década.

O papel nefasto que exercem os meios massivos de comunicação, cujos interesses são os mesmos da direita oligárquica recalcitrante que governa a Colômbia, os leva a publicar este tipo de sandice, destaca a dirigente da Juventude Comunista.

Considera que é uma nova tentativa da direita que se expressa na Revista SEMANA, de desprestigiar as organizações juvenil e estudantis, especialmente nos dias que antecedem a grande marcha mundial em reconhecimento das vítimas do terrorismo de Estado, que terá lugar em diferentes cidades em 6 de março.

O artigo é parte da perseguição oficial contra a esquerda

Considera que isto está nos marcos de um novo ataque contra nossos quadros dirigentes e militantes. Esse artigo é perigoso, já que há poucos dias foi assassinado o companheiro Aliro Quiñónez na fronteira entre Arauca e o Estado de Apure. São vários os companheiros presos e deslocados. É a perseguição contra todos os membros da oposição que estão denunciando as barbáries do terrorismo de Estado e o fracasso da política de “Segurança Democrática” do presidente Álvaro Uribe Vélez. “É o prosseguimento das provocações e do extermínio contra o Partido Comunista Colombiano e a União Patriótica, essa política criminosa da direita não tem cessado na Colômbia”, afirmou Florez.

Esperamos que o comitê editorial tenha em conta os esclarecimentos e a exigência que faremos sobre a mencionada informação e que se inclua nossa retificação com o mesmo desdobramento que a fez o autor, Camilo Jiménez, suposto correspondente de SEMANA em Berlim.

Mas, se queremos deixar claro ante a opinião pública nacional e internacional, especialmente ante as organizações juvenil e estudantis do planeta, com as quais mantemos cordiais e frutíferas relações e ação pela justiça social e pelo acordo humanitário com a solução política do conflito colombiano, responsabilizamos ao governo do presidente Álvaro Uribe Vélez e aos membros da família Santos por qualquer situação que se possa apresentar contra a integridade física de nosso dirigentes e militantes no país, enfatizou.

A JUCO iniciou uma série de denúncias de todos os tipos sobre este caso, obtendo dos movimentos juvenis e da comunidade internacional a solidariedade e o respaldo ante o que qualificam como mais uma mostra do corte feitos às liberdades democráticas e a falta de garantias para os setores da oposição que se expressam a partir dos movimentos juvenil e universitário.

É inaceitável que os meios de comunicação como El Diario, El Tiempo e a revista SEMANA, publiquem trabalhos supostamente investigativos, sem apresentar as provas e se entreviste todas as fontes, menos a nós, que estamos abertos a expor nossas opiniões e pontos de vista, indicou Claudia Florez.

Lembrou que os porta-vozes da família Santos, a través do jornal El Tiempo, há alguns meses, publicaram outra informação mediante a qual se envolvia a JUCO como criadora da “Coluna Teofilo Forero das FARC” da qual exigimos que esclareça e se aponte as fontes, coisa que nunca fizeram.

Finalmente, destaca que a direção nacional da JUCO acredita que esta é uma manobra a mais, bem calculada pela inteligência militar, para diminuir o trabalho dos jovens revolucionários integrados no interior do Polo Democrático Alternativo – PDA.