"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 5 de abril de 2007

A técnica fascista do “salchichón”

É necessário comê-lo pedaço por pedaço. A fatia por cortar: a resistência operária e popular ao fascismo colombiano sustentado pelo governo dos EEUU, a qual, utilizando de todas as ações criadas pelas massas, cada dia que passa, de suculento filé parece estar se convertendo em um osso bastante duro de roer.


Os Santos fazendo o caixão de Uribe Vélez.


[Alberto Pinzón Sánchez/ANNCOL]

“Vou explicar-lhe, disse Göbbels, o ideólogo do Nazismo em 1922, em uma reunião de seu grupo político. Ninguém pode comer um “salchichón” inteiro de uma só vez. É necessário comê-lo pedaço por pedaço. Quando menos você espera, já o comeu por inteiro. Assim procede o nacional-socialismo em qualquer país em sua luta por alcançar todo o poder do Estado.

Desde aquilo, então, esta pesada, mas ilustrativa teorização da tática nazi, para cooptar todos os resquícios de um Estado e instaurar a mais feroz e cruel ditadura terrorista a favor do grande capital monopolista internacional contra os trabalhadores, constituiu a essência de sua ação terrorista e assassina. Dessa forma não há e nunca houve a tal revolução nazi, sempre foram mudanças lentas e tórpidas, gota a gota, assassinato atrás de assassinato, pedaço por pedaço, terror atrás de terror, cooptação atrás de cooptação, na conquista do poder de um Estado. Assim procederam sem mudar uma linha do livro. Mussolini, Hitler, Franco, Salazar e todos os demais seguidores seus, na Europa Oriental, Japão ou na América Latina.

Quem agora, na Colômbia, como acaba de fazer o Vice-presidente Facho Santos em sua auto entrevista no El Tiempo, 01.04.07, e em um gesto histérico e hipócrita rasgam suas roupas, pressionados pela intensa luta interna de resistência e talvez por notícias internacionais, dizendo-se, finalmente por contar seus “encontros secretos” com os Paramilitares, antes que a imprensa mundial os publique como aconteceu com o general Montoya, o que estão fazendo realmente não é aportar nada para a verdade, senão ocultando deliberadamente todo esse largo e sangrento período em que estiveram participando ativamente na incubação tórpida do ovo da serpente Narco Fascista na Colômbia.

Estão ocultando, como a aliança do bloco das classes dominantes e dirigentes na Colômbia de latifundiários e especuladores, utilizou por mais de 30 anos a mais refinada ferramenta militar de terror do Estado (a motosserra), para partir os pedaços do “salchichón” que constitui para eles o Estado e com seus Paramilitares oficiais, se foram engolindo lentamente, pedaço por pedaço, notícia atrás de notícia, escândalo atrás de escândalo, sem sobressaltos, até que hoje todo o mundo dá como um feito simples e natural. É mais. Eterno e imutável. “Em Colômbia acontecem muitas coisas diariamente, mas não sucede nada”, afirmam com cinismo.

Relacionemos feitos, que a imprensa oficial apresenta totalmente separados um do outro, mas que na realidade formam parte do mesmo salame: Um, a chamada “crise” de credibilidade do partido presidencial, duramente golpeado pelo escândalo do Narco Para Uribismo. Partido dirigido pelo Ministro de Guerra Santos Juan Manuel e a veterana traficante de armamento pesado Marta Lúcia, interessados unicamente na enorme propina que vai produzir a compra de helicópteros e armas pesadas, com as que já vão prolongar a guerra imposta do Plano Imperial Colômbia, e onde, como diz um comentário dos leitores, as hienas pardas estão mostrando a dentadas, todas as suas matizes, contra as hienas cinzas.

Dois: O falso debate sobre um acordo "por cima" entre o governo e o senador Petro para conseguir uma “rebaixa substancial” às tão largas penas que a lei do perdão e esquecimento vai dar a eles. Paramilitares do Ralito, ou de ser possível, pactuar uma lei de ponto final que assim mesmo anuncia o vice-presidente Santos em sua auto entrevista e que igualmente soou ao senador Petro.

Três. O anúncio dos “Recluiditos” em Itaguí, quem ante o colapso do partido presidencial e as reduções de penas anunciadas pelo vice-presidente Santos, vão a organizar seu próprio braço político para poder definitivamente desfrutar sem problemas intermediários todo o poder tanto econômico como político, que vieram acumulando durante estes largos anos, nos que vieram cortando lentamente a mortadela Estatal e ao movimento operário e popular.

E por último, a terna fatia da “paz que beneficie a todos os colombianos” (excluídos os comunistas desarmados que estão sendo mortos), apresentada faz dois dias pela direção do Exército da Liberação Nacional (ELN), e que já tem lista para ser engolida sem mastigar o Comissionado Restrepo.

No entanto, ainda falta uma última e definitiva fatia para cortar. A da resistência operária e popular ao fascismo colombiano sustentado pelo governo dos EEUU, a qual utilizando todas as ações criadas pelas massas, cada dia que passa, um suculento filé parece estar se convertendo em osso duro de roer.

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