Com tantas reformas necessárias e impreteríveis, é imprescindível uma Assembleia Constituinte
Escrito por Allende la Paz.
Cambio Total
Publicado na quinta-feira, 9 de Maio de 2013 13:28
Allende La
Paz, Cambio Total. O Foro Agrário produziu
suas propostas. Necessárias para realizar uma Reforma Agrária que entregue a
terra a quem nela trabalha e assim assegurar a soberania alimentar do país. O
Foro de Participação Política também produziu suas importantíssimas propostas. Que
chamam a “reformar” todo o sistema eleitoral, isto é, criar um novo, porque não
se pode reformar um sistema corrupto sob pena de cair imerso na histórica
corrupção do sistema eleitoral [constrição do voto, constrangimento de jurados,
compra de votos (Names), compra e venda de votos (Robertico Gerlein),
adulteração de resultados eleitorais (Jorge Noguera e Uribhitler no Magdalena)
etc.]. Apenas vão 2 temas
abordados e as propostas que saíram deles faz pensar que é necessário fundar um
Novo País. Um país onde haja Paz com Justiça Social. Um país onde não se
torne uma mera palavra de ordem ou mera lei o proposto pelos colombianos de
todas as classes. Porque, se algo tem demonstrado a enorme transcendência do
Processo de Paz, é ter mostrado que todos os colombianos podemos exercer o
poder. Não de uma ínfima minoria como até agora. Esses laboratórios de Paz que são os Foros
citados pela Mesa de Conversações de La Habana já transcenderam os propósitos
da Mesa e apontam e se dirigem muito mais além: A imperiosa necessidade de uma Nova Institucionalidade, de Novos atores na
institucionalidade, de construir uma verdadeira democracia – revolucionária – e
não o arremedo que apresenta uma cara “democrática” com ações de fato do
Terrorismo de Estado, construir entre todos uma Nova Colômbia em Paz com justiça social e soberania. As propostas que sairão dos outros
temas reafirmarão o aqui exposto. Por isso, devemos fazer as discussões com os
pés na terra, com passos seguros, sem cair nas provocações dos “inimigos da Paz”,
porém denunciando com todo rigor e firmeza essas tentativas desestabilizadoras
da Mesa, que é, em últimas, o que buscam e querem os “inimigos da Paz”, os “amigos da guerra”. Quando chegue o
momento de firmar os Acordos – se se chega a eles –, são tantos e variados os
temas que se verá diafanamente a imperiosa necessidade de derrubar a antiga
ordem de coisas e construir uma Nova Ordem.
Imperiosamente
necessitamos de um Novo País. Temos que construí-lo
entre todos se não queremos afundar-nos no poço sem fundo da barbárie a que
querem conduzir-nos. Um país onde caibamos todos, onde vivamos todos, onde
lutemos todos pela nossa felicidade, de nossas famílias e de nossas
coletividades. Para isso, devemos recuperar nossa memória histórica e societária.
Sabemos que ninguém mais que os setores que têm se beneficiado à sombra do
Estado, quer dizer, a oligarquia e os latifundiários-pecuaristas, mostram sua
resistência à Paz e a um Novo País. Se, quando se firmem os Acordos – se se
firmam – não entenderam a grandeza do momento que viveremos os colombianos,
serão deixados de lado pela “roda da história”, a qual esmagará a todo aquele
que ouse opor-se em seu caminho triunfal. No momento atual, nosso chamamento é
por seguir construindo esse Novo País. Com seriedade. Com alegria. Com otimismo. O futuro é nosso. Não podemos deixar que os cavernosos, os retardatários, os que
mergulharam os colombianos na “noite escura” do Terrorismo de Estado sigam
definindo políticas que afetam nossas vidas. Lutemos
todos juntos.
Reconstruamos nosso tecido social rompido pelo Terrorismo de Estado. Reconstruamos
nossas organizações. Fundemos outras novas. Assim,
dessa maneira, alcançaremos a Nova Colômbia.