"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


domingo, 30 de dezembro de 2007

Rodrigues Chacín Deu novos detalles sobre a fase final da Operação Emmanuel

De Rádio Café Stéreo - Escrito por YVKE Mundial (Luigino Bracci Roa)




O Coordenador Especial da Operação Emmanuel, Ramón Rodrigues Chácin, deu declarações este domingo, às 14:15 hs., no Hotel Meliá, em Caracas, dando detalhes importantes sobre como se realizará a operação de resgate de três pessoas que seriam libertadas pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) nas próximas horas.

Rodrigues Chapín foi enfático ao assinalar que ninguém tem as coordenadas enviadas pelas Farc sobre o local de entrega. No entanto, suas declarações apontam que a terceira fase da operação Emmanuel se desenvolverá da seguinte maneira:

O início da terceira fase: Ao receber as coordenadas, Rodríguez Chacin se deslocará imediatamente para Villavicencio, Colômbia, possivelmente num avião Falcon que lhe garantisse estar no local em umas duas horas e meia. Então, com autorização do Presidente Hugo Chávez, se iniciará a operação.

O momento: “Estimamos iniciar a operação assim que clarear o dia. Ao raiar o sol em Villavicencio sairemos para ter tempo o suficiente e necessário para finalizar a operação. Se tivermos que ir a diferentes heliportos, ou irmos a alguma vila, ou ir a duas, ou três vilas para buscar informações nas caixas postais que existam nesses lugares, o faremos e nesse mesmo dia temos a intenção de retornar.”

No en tanto, não está descartado que a operação possa de iniciar à tarde ou em horário noturno. Disse Rodríguez Chacín: “Temos a capacidade de trabalhar 24 horas por dia, temos todos os recursos para fazê-lo”. Indicou que as aeronaves venezuelanas MI-172 têm capacidade para vôos noturnos pelo que, se for necessário realizar uma missão noturna, se comunicaria à Cruz Vermelha desta situação e, garantindo-lhes a segurança, se partiria em horário noturno para cumprir a missão.

As coordenadas: É de se observar que as coordenadas que haverão de chegar possivelmente não serão as do ponto de liberação, mas de um ponto intermediário, por exemplo, um heliporto clandestino onde haveriam novas coordenadas, e talvez devam deslocar-se a um terceiro ponto. E talvez dali tenhamos que caminhar um trecho, “por medidas de segurança que são compreensíveis”, explicou.

Igualmente, Rodríguez Chacín disse que tem avaliado que não sejam coordenadas geográficas tradicionais, mas uma direção em um povoado ou em uma vila onde deva se solicitar a alguma pessoa que entregue os dados. “Tudo isso está previsto e consolidado, tenham certeza de que iremos conseguir.”

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A operação poderia se atrasar alguns dias


Por sua vez o chanceler Nicolas Maduro deu declarações às 15:35 hs. Deste domingo indicando que a operação poderia atrasar alguns dias. No entanto, confirmou que estão em contato permanente com a guerrilha e pediu aos jornalistas calma e paciência.

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A respeito da espera

Sobre o aparente atraso no envio das coordenadas, recordou o ministro venezuelano Ramón Rodrigues Chacín que “no território colombiano existem operações militares e no meio dessas operações eles (as FARC) vão liberar os retidos. Não podem se comunicar por radio porque poderiam ser localizados.” Igualmente, indicou que os guerrilheiros necessitam planejar uma operação de retirada para evitar serem capturados por forças militares colombianas uma vez terminada a operação.

Diante da pergunta de um jornalista sobre a possibilidade de que os familiares passem o ano novo em companhia dos liberados, Rodríguez Chacín disse que seria irresponsável de sua parte assegurar isso. Pediu paciência, calma e cabeça fria aos profissionais de imprensa.

Sobre o ponto de retorno, será o Presidente Chávez que determinará uma vez que se recuperem os liberados. Mas garantiu que eles serão transportados ao território venezuelano para serem entregues aos familiares, que permanecerão em nosso país. Não posso especificar se eles continuarão em Caracas (neste momento estão hospedados no hotel Meliá) ou se irão para Santo Domingo ou outra base militar.

Explicou Rodríguez Chacín que a Colômbia tem dado total apoio à operação, em especial o Alto Comissário para a Paz, Luis Carlos Restrepo, e lembrou que “não há um prazo para terminar a operação.”
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Ex ministro do Presidente Chávez

Ramón Rodriguez Chacín foi ministro de Relações Interiores do governo do Presidente Hugo Chávez entre janeiro e abril de 2002. Quando ocorreu o golpe de estado em 11 de abril desse ano, uma comissão da polícia de Baruta e da Polícia de Chacao foi detê-lo em seu apartamento situado em Santa Fé, uma área de classe média alta do sudeste de Caracas.

Ali, um grupo de uns 200 vizinhos cercou o lugar. Aparentemente o prefeito do município, Henrique Radonski, ordenou retirá-lo pela entrada principal do edifício, onde estavam seus vizinhos, que gritavam insultos e o atacaram até que foi colocado na viatura. Uma de suas vizinhas gritava que “não ia permitir que um guerrilheiro se mudasse para seu lado”. Todos estes fatos foram transmitidos ao vivo por canais de televisão privados.

Logo depois do retorno do presidente Chávez ao poder, Rodrigez Chacín continuou em seu gabinete por algumas semanas e logo se retirou do cargo. Foi mediador para obter a libertação de Antonio Nagen e Richard Boulton, dentre outros seqüestrados por grupos ilegais colombianos.
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