Voto contra Palestina na ONU será sinal de que só luta armada funciona, diz OLP
Quatro dias antes de a ONU votar o reconhecimento da Palestina como estado observador, representantes de mais sete países europeus indicam que votarão a favor, dizem fontes da OLP. Para dirigentes palestinos, “um voto contra será um claro sinal para o povo palestino de que só a luta armada trará conquistas, e que a luta diplomática está condenada ao fracasso desde o princípio”. O artigo é de Amira Hass.
Quatro dias antes que as Nações Unidas votem pelo reconhecimento da Palestina como Estado observador, a Organização para a Libertação da Palestina está esperando uma “grata surpresa” na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. De acordo com fontes da OLP, representantes de mais sete países indicaram que vão votar para admitir a Palestina como estado observador. Cinco outros países europeus já anunciaram que apoiarão a proposta e o ministro de Relações Exteriores, Laurent Fabius, já divulgou que a França votará a favor.
“Até umas duas semanas estávamos temendo porque só três países tinham dito que votariam a favor”, disse um quadro da OLP ao Haaretz. Fontes da OLP afirmam que a Inglaterra já desistiu de pedir aos palestinos para adiarem sua proposta. “O Estados Unidos, que estavam ocupado com as eleições, contrataram a Inglaterra para fazer pressão, o que não deu certo”, disse a fonte. A OLP disse que também estava feliz com o fato de que a Alemanha, que provavelmente iria se opor à moção, ao menos não tenha usado seu poder para dissuadir outros países a darem um voto a favor.
“Quem não votar a favor é um covarde e um imoral, esta é a nossa mensagem”, disse um outro membro do time diplomático palestino, que nos últimos dois meses tem travado o que chamou de “uma luta diplomática e política” nas capitais europeias, tentando convencê-los de que votar pelo status da Palestina como estado observador era dar um voto para a solução dos dois estados no marco das fronteiras de 1967.
Depois do cessar-fogo na Operação Pilar de Defesa, que os palestinos veem como uma vitória do Hamas, a equipe diplomática palestina disse que “um voto contra será um claro sinal para o povo palestino de que só a luta armada trará conquistas, e que a luta diplomática está condenada ao fracasso desde o princípio”.
O corpo diplomático palestino consiste de jovens diplomatas do Ministro das Relações Exteriores da Palestina, da Comissão Fateh para as Relações Internacionais, liderada por Nabil Saath, e por quadros do departamento de negociações da OLP. Para o dia da votação, nesta quinta-feira, os palestinos esperam convencer o máximo de países europeus que for possível, ao menos a se absterem.
A resolução é certo que passará, mas de importância particular para os palestinos são os votos dos países que não estão entre os 136 que já reconheceram a Palestina como estado desde 1988, especialmente os países europeus. A comunidade cristã palestina já tomou parte nos esforços diplomáticos, publicando um comunicado no qual registram a responsabilidade histórica da Europa em assegurar os direitos dos palestinos.
Tradução: Katarina Peixoto
“Até umas duas semanas estávamos temendo porque só três países tinham dito que votariam a favor”, disse um quadro da OLP ao Haaretz. Fontes da OLP afirmam que a Inglaterra já desistiu de pedir aos palestinos para adiarem sua proposta. “O Estados Unidos, que estavam ocupado com as eleições, contrataram a Inglaterra para fazer pressão, o que não deu certo”, disse a fonte. A OLP disse que também estava feliz com o fato de que a Alemanha, que provavelmente iria se opor à moção, ao menos não tenha usado seu poder para dissuadir outros países a darem um voto a favor.
“Quem não votar a favor é um covarde e um imoral, esta é a nossa mensagem”, disse um outro membro do time diplomático palestino, que nos últimos dois meses tem travado o que chamou de “uma luta diplomática e política” nas capitais europeias, tentando convencê-los de que votar pelo status da Palestina como estado observador era dar um voto para a solução dos dois estados no marco das fronteiras de 1967.
Depois do cessar-fogo na Operação Pilar de Defesa, que os palestinos veem como uma vitória do Hamas, a equipe diplomática palestina disse que “um voto contra será um claro sinal para o povo palestino de que só a luta armada trará conquistas, e que a luta diplomática está condenada ao fracasso desde o princípio”.
O corpo diplomático palestino consiste de jovens diplomatas do Ministro das Relações Exteriores da Palestina, da Comissão Fateh para as Relações Internacionais, liderada por Nabil Saath, e por quadros do departamento de negociações da OLP. Para o dia da votação, nesta quinta-feira, os palestinos esperam convencer o máximo de países europeus que for possível, ao menos a se absterem.
A resolução é certo que passará, mas de importância particular para os palestinos são os votos dos países que não estão entre os 136 que já reconheceram a Palestina como estado desde 1988, especialmente os países europeus. A comunidade cristã palestina já tomou parte nos esforços diplomáticos, publicando um comunicado no qual registram a responsabilidade histórica da Europa em assegurar os direitos dos palestinos.
Tradução: Katarina Peixoto