"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Gaza: Quando atuarão os governos latino-americanos?

1 – A impotência da crítica estatal latino-americana
Vários presidentes e altos funcionários de governos latino-americanos têm criticado publicamente a matança que Israel está cometendo em Gaza, entre eles, “Lula” da Silva (Brasil); Hugo Chávez (Venezuela); Daniel Ortega (Nicaragua); o governo cubano; David Choquehuanca (chanceller boliviano) e Miguel D´Escoto, o leão sandinista que ruge como presidente da Assembléia Geral da ONU.

Essas críticas honram aos políticos que as fizeram e a Pátria Grande, porque é a atitude moralmente correta que deve assumir uma pessoa pública diante da política de Tel Aviv. O problema é que não terão nenhum efeito, porque o Estado de Israel, apoiado pela burguesia atlântica imperialista – Estados Unidos / União Européia – está blindado contra a ética e é poderoso demais, principalmente contra vozes individuais latino-americanas.

2 – Retirar os embaixadores latino-americanos de Israel
Frente a forças políticas poderosas e eticamente blindadas há apenas um remédio nesta terra: usar o poder real. Este existe em quatro formas: o militar, o econômico, o político e o cultural. Os presidentes possuem algum desses a sua disposição? Obviamente que sim: o político-diplomático. A medida adequada que podem e devem executar é a retirada imediata de seus embaixadores de Israel, como primeiro passo rumo a uma possível ruptura posterior das relações diplomáticas, se Israel não para a agressão.

Apesar disso, pelo mesmo motivo, de que todos os Estados latino-americanos são débeis em escala internacional, provavelmente nenhum governo o fará individualmente. Porque, não apenas são débeis estruturalmente, mas também porque enfrentarão neste ano uma forte crise econômica, para a qual não estão preparados, nem possuem nenhum projeto de defesa econômica comum; o que lhes torna mais vulneráveis ainda diantes dos ditames do sistema mundial. Enfrentar-se individualmente seria possível em alguns poucos casos, mas teria um custo político muito alto. Por isso, toda ação dos governos latino-americanos deveria ser coletiva.

3 – As plataformas diplomáticas de atuação
Os coletivos que estão teoricamente a disposição são o ampliado Grupo do Rio, a UNASUL, e a ALBA. Por sua afinidade ideológica, a ALBA seria o grupo de mais fácil atuação neste cenário. Apesar disso, trata-se de uma força débil, tanto por alguns de seus países integrantes, como a nível internacional. Por isso, é improvável qe eles retirem seus embaixadores.

O Grupo do Rio e a UNASUL teriam poder suficiente para atuar em bloco, mas alguns governos estão muito vinculados a Israel; por exemplo, o governo de Uribe tem uma ‘relação especial’ com o Estado sionista, que não colocará em perigo, enquanto para o governo argentino é fundamental o apoio de Israel em relação a suas ambições eleitorais. El Salvador, Chile, Peru e Uruguai possuem sua própria problemática respectiva.

4 – Reunião extraordinária do Grupo do Rio e da UNASUL
Diante desta situação, os governos progressistas latino-americanos deveriam convocar uma reunião extraordinária de qualquer um dos dois organismos, tal como foi feito no caso da subversão boliviana, para tomar medidas sobre o tema da Palestina. Apenas o fato de que o sujeito coletivo latino-americano tematize a matança e o problema do Oriente Médio, converte-se em um acontecimento político de enorme importância a nível internacional e consolida seu status de ator global. Manda um sinal e cria um contexto para fazer solidariedade real com o povo palestino e os setorees deventes da nação judia e do Estado de Israel.

5 – Retirar os embaixadores para proteger o povo palestino e a paz mundial
Além disso, a justificativa de tal reunião vai além da ética. Há uma razão de Estado oculta e estrutural em tudo isso. Se houver uma guerra nuclear em alguma parte do planeta, que afetará toda a humanidade, esta acontecerá na zona da Eurásia; de fato, está anunciada para o caso do Irã. É, portanto, uma obrigação de cada governo latino-americano, contribuir para uma paz negociada no Oriente Médio, para proteger o futuro de seus povos. Não se trata de um problema nacional ou local, mas de um problema da humanidade.

Por isso, não pode ficar nas mãos de uma elite criminosa e seus padrinhos atlânticos, que seguem enganando o povo judio com a quimera de que a via militar garantirá o futuro deles, enquanto estejam massacrando civis inocentes e levando a espécie à beira do holocausto nuclear.

O artigo encontra-se em ABP Notícias.