Conselho de Segurança pede fim do asedio a embaixada brasileira em Honduras
Fonte: granma.cu
NAÇÕES UNIDAS (PL) .- O Conselho de Segurança da ONU exigiu o fim do cerco à Embaixada do Brasil em Honduras e convocou a continuação dos esforços internacionais para resolver a crise naquele país.
Órgão divulgou, na sexta-feira, um comunicado depois que o chanceler brasileiro, Celso Amorim, denunciou perante seus membros as ameaças que os golpistas exercem contra a missão diplomática do Brasil em Tegucigalpa.
Nessa embaixada está hospedado o presidente constitucional de Honduras, José Manuel Zelaya, que na segunda-feira passada regressou ao seu país depois de ser derrubado e expulso de Honduras em 28 de junho.
A resposta do Conselho para o governo brasileiro inclui um chamado para o regime de fato em Honduras para que permita o abastecimento de água, eletricidade e alimentos para os abrigados na embaixada, assim como o restabelecimento das comunicações telefônicas.
Os resultados das consultas realizadas entre os 15 membros dessa instância das Nações Unidas também reclamam o respeito do princípio da inviolabilidade das sedes diplomáticas.
A declaração do Conselho, lida pela sua atual presidenta, a embaixadora dos EUA, Susan Rice, instou todas as partes para que mantenham a calma e evitar um agravamento da situação.
Apela também para acelerar os esforços diplomáticos em andamento em nível regional, incluindo a ação mediadora encomendada pela Organização dos Estados Americanos ao presidente da Costa Rica, Oscar Arias.
Questionado por repórteres, o chefe do Conselho de Segurança considerou que este organismo não realizará mais reuniões sobre o assunto.
Por seu lado, os embaixadores do México e Costa Rica, membros não permanentes dessa instância da ONU, concordaram que a declaração feita por consenso, é uma mensagem clara de apoio aos esforços regionais para uma solução em Honduras.
Durante sua apresentação perante o Conselho, o chanceler do Brasil, assegurou que existe um perigo real para a vida do mandatário legítimo hondurenho, sua família e funcionários diplomáticos da embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
Amorim deu detalhes da chegada pacífica e por seus próprios meios de Zelaya nas instalações brasileiras na segunda-feira e salientou que foi recebido na sua condição de presidente legitimo de Honduras.
Ele relatou que o presidente, em conversa telefônica, lhe garantiu que ele havia retornado para retomar a presidência de forma pacífica.