"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Eva Golinger denuncia plano de desestabilização paramilitar na Venezuela


Por: TeleSUR


A advogada e pesquisadora norteamericana, Eva Golinger, mostrou nesta terça-feira documentos desclassificados em que os EUA admitem ter conhecimento pleno dos grupos paramilitares colombianos de extrema direita que coordenam um plano de desestabilização contra o governo da Venezuela.

"Os EUA têm em suas mãos o conhecimento pleno dos grupos paramilitares que coordenam o plano terrorista na Venezuela (...) e isto é uma pequena amostra (...) de quem sabe o que mais tem pois os documentos desclassificados são poucos (...) Conhecimento completo do nome dos grupos, da localização dos grupos paramilitares que estão coordenando atividades terroristas aqui na Venezuela", afirmou Eva Golinger.

Em entrevista exclusiva concedida a TeleSUR, Golinger mostrou documentos desclassificados nos quais há parágrafos censurados que “desclassificam a informação para concluir que são atividades de grupos irregulares”.

Nestes documentos do Comando Sul, lê-se que as Autodefesas Unidas (da Venezuela) são definidas como “milícias bolivarianas” e assinala que este grupo “foi criado pelas Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC)”. Segundo o documento, este grupo armado foi criado em 01 de março de 2003.

“Jamais ouvimos do Pentágono o nome das AUC, como criação de paramilitares colombianos”, afirmou Golinger.

Não é a primeira vez que os paramilitares são utilizados para desestabilizar países “em Cuba também aconteceu”, e antecipou que haverá um incremento destes grupos.

Como prova da existência deste tipo de grupos armados na Venezuela, Golinger relembrou a prisão, em 2004, de quase cem paramilitares na fazenda Daktari, localizada no município de El Hatillio, no estado de Miranda (centro-norte)

Sobre o caso, Golinger destacou que estes homens foram processados na Colômbia graças ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, que os extraditou.

“O mais irônico é que foram processados e que foi Chávez quem os deportou à Colômbia”, explicou a jurista.

Assinalou que é muito interessante como as evidências sobre esta conspiração contra o governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, surgiram perante a opinião pública.

Explicou que a Venezuela não sofria deste flagelo e que, desde que apareceram estes grupos de extrema direita, registraram-se crimes não usuais nesse país sulamericano.

“Sequestros, crimes e pistolagem, ações típicas de grupos paramilitares que não são comuns aqui (na Venezuela)”, assinalou a advogada.

Golinger diz que isto tem muito a ver com os EUA que apóiam “uma guerra irregular (...) para promover e executar ações violentas”.

Nesse sentido, assinalou que esta situação deu inicio às libertações dos prisioneiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Golinger relembrou que em TeleSUR já foram mostrados diversos vídeos, como o de Rafael García, ex-agente do Departamento Administrativo de Segurança (DAS – inteligência colombiana) que revelou os vínculos do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, com o paramilitarismo.

Expressou que nos estados fronteiriços, como Táchira, onde paramilitares colombianos se infiltraram, existem relatos de massacres de camponeses e que lutadores sociais “sofrem com o paramilitarismo”, e sublinhou que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, enviou grupos militares para atacar este problema.

A advogada qualificou o Plano Colômbia como um “Plano de Dominação” e denunciou que os problemas foram causados pelos mesmos países (Colômbia – EUA) “para justificar sua presença (...) São EUA que, junto com Uribe, têm combatido os problemas que casualmente vem proliferando na Venezuela”.