Altamiro Borges: A Bolívia que a mídia oculta
30/01/2013
Economia boliviana vive período de expansão, impulsionada pela força do mercado interno e pelo aumento dos investimentos públicos
Escrito por: Blog do Miro
Na semana passada, o presidente Evo Morales fez um balanço sobre os
avanços do seu governo. A mídia colonizada – que “fala fino com
Washington e fala grosso com a Bolívia”, como já ironizou Chico Buarque –
preferiu ocultar as boas notícias do país vizinho, como se ele não
existisse.
No seu velho padrão de manipulação da informação, como ensina o mestre
Perseu Abramo, a mídia realça o que lhe interessa e omite o que não lhe
interessa. No caso da Bolívia, ela só é notícia quando ocorrem fatos
negativos.
Segundo o balanço, que faz parte do novo censo nacional, a economia
boliviana vive um período de expansão, impulsionada pela força do
mercado interno e pelo aumento dos investimentos públicos. O país está
nos primeiros lugares do ranking de crescimento na região. Enquanto a
média de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) entre os anos de
1999 a 2005 foi de 2,6%, nos últimos seis anos ele atingiu os 4,8%. No
mesmo período, a média da renda per capita da população subiu de US$ 956
para US$ 1.775.
O governo teve papel decisivo como indutor do desenvolvimento. O Estado
elevou sua participação na economia de 18,5% para 30,6% em 2012, com o
aumento de investimentos e a estatização de empresas. Isso rendeu ao
setor público um crescimento na receita de exportação: no caso dos
minerais, o governo passou a arrecadar cerca de US$ 11,3 bilhões no
período de 2006 a 2012 - quase 10 vezes mais que os US$ 1,75 bilhão
entre 1999 e 2005. “Agora dependemos menos do mercado externo”, festejou
Morales.
Os avanços na economia tiveram reflexos diretos na melhoria do
bem-estar dos bolivianos. Entre 2006 e 2012, mais de 1,6 milhão de
pessoas se beneficiaram com projetos de água potável e saneamento básico
da campanha Minha Água, que tem como objetivo atingir até 2015 os
“objetivos do milênio” traçados pela ONU. Com a introdução de bolsas
escolares de US$ 29 para jovens da escola primária e secundária, o
governo reduziu o número de deserção escolar e aumentou o número de
alfabetizados.
Nos sete anos de mandato de Evo Morales, o governo também investiu pesado na saúde pública em todas as regiões do país. Mais de 10 mil postos de saúde foram criados. Com estas e outras medidas, a diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade diminuiu de 2,74% para 2,03%. A população boliviana teve um crescimento de 25,5% nos últimos dez anos, chegando à marca dos 10,3 milhões de habitantes em 2012. Infelizmente, estas boas notícias não mereceram o devido destaque da mídia colonizada do Brasil.
Nos sete anos de mandato de Evo Morales, o governo também investiu pesado na saúde pública em todas as regiões do país. Mais de 10 mil postos de saúde foram criados. Com estas e outras medidas, a diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade diminuiu de 2,74% para 2,03%. A população boliviana teve um crescimento de 25,5% nos últimos dez anos, chegando à marca dos 10,3 milhões de habitantes em 2012. Infelizmente, estas boas notícias não mereceram o devido destaque da mídia colonizada do Brasil.
Ao festejar o balanço altamente positivo, o presidente Evo Morales se
comprometeu em manter o ritmo das mudanças para atingir os “13 pilares
do programa de governo para uma Bolívia digna e soberana”:
1- Erradicação da pobreza extrema;
2- Universalização de serviços básicos para “viver bem”;
3- Saúde, educação e esportes para “formação de um ser humano integral”;
4- Soberania científica e tecnológica;
5- Desenvolvimento integral “sem a ditadura do mercado capitalista”;
6- Soberania financeira;
7- Nacionalização e industrialização dos recursos naturais;
8- Soberania alimentar;
9- Defesa do meio ambiente, “respeitando os direitos da Mãe Terra”;
10- Integração soberana da América Latina;
11- Transparência na gestão pública com base nos princípios de “não roubar, não mentir e não ser frouxo”;
12- Desenvolvimento e desfrute da cultura boliviana;
13- Reencontro com “a nossa alegria, felicidade, prosperidade e nosso mar”.