CONCLUSÕES DE 5 A 22 DE JANEIRO DO 2013
Esta
primeira síntese-conclusão derivada da participação de mais
de
2800 visitantes ao Foro Permanente das FARC-EP se estabelece
como
base para continuar a discussão do primeiro ponto da agenda
do
Acordo Geral de Havana intitulado “Política de desenvolvimento
agrário
integral [enfoque territorial]” e a ela se agregam os novos
comentários
que as FARC-EP plasmam a partir de hoje, os pontos 1,
2,
3, 4 e 5 da proposta insurgente apresentada à Mesa de diálogos,
mais
os aportes que nossos leitores e ouvintes realizem adiante, até
o
dia 7 de fevereiro.
Frente
às manobras do governo colombiano endereçadas a cercear,
comprimir
e minimizar a imprescindível participação do povo no
processo
de diálogos, as FARC-EP têm proposto uma e outra vez que
só
o protagonismo firme do constituinte primário, desdobrado em
lutas
e espaços de debate, pode abrir as comportas da construção
da
Paz com justiça social. Este Foro Permanente tem precisamente
o
propósito de facilitar a discussão, começando pelo primeiro ponto
da
agenda de Havana sobre Política de desenvolvimento integral com
enfoque
territorial.
Desde
5 de janeiro, data em que se lançou oficialmente o Foro
Permanente,
vários compatriotas nos têm feito chegar seus
comentários
e opiniões ao redor da exposição proposta pelas FARC-
EP
sobre a questão rural e agrária.
Se
propuseram três perguntas a modo de mini-pesquisa: a respeito
da
primeira [de caráter permanente], “Está de acordo com os
diálogos
de Paz e a solução política?”, o dado parcial até 20 de
janeiro
de 2013 é que 94% responderam Sim, ratificando que esse
é
o caminho mestre para superar dois séculos de obscurantismo,
desigualdade
e violência impostos pelo estabelecimento. Sobre a
segunda,
92% se pronunciaram em favor de que “Há que acabar com
o
latifúndio”, enquanto que à terceira “Deve terminar a entrega
de
recursos
naturais ao capital estrangeiro?”, 87% responderam Sim.
Em
geral, os internautas que tomaram a palavra coincidem com a
concepção
segundo a qual existe uma relação estreita entre terra e
território,
sublinhando, como afirma “Colômbia Soberana”, que “o
problema
das terras em Colômbia vai mais além da impossibilidade
de
trabalho para os campesinos e ultrapassa, ademais, o problema do deslocamento
e desapossamento. Senão, ademais, toca os aspectos culturais,
sociais e psicológicos dos colombianos que sofrem este flagelo”.
Também
se tem destacado a importância de acabar com o
latifúndio,
atacando suas bases histórico-materiais mediante a
implementação
de reformas estruturais, sem esquecer que, como
expõe
“Anônimo” no comentário nº 8 de 11 de janeiro, não deve
permitir-se
a concentração das terras, e “tampouco a venda de
terras
a estrangeiros, nem as concessões enormes à mineração, nem
terreno
algum para bases militares de outros países”.
Alguns
comentários também expuseram que “a falta de seriedade
do
governo frente ao processo é notável, posto que, ao mesmo
tempo
que se adiantam as conversações, tenta aprovar a lei de
terras”,
enquanto que outros expressam a necessidade de ter sempre presente
o preâmbulo do Acordo Geral para a terminação do conflito e
a construção de uma paz estável e duradoura.
Desde
terras distantes, porém muito próximas e irmãs na luta
por
uma alternativa ao senil capitalismo depredador e sua crise
devastadora,
nos têm chegado testemunhos de solidariedade.
Por
exemplo, da Argentina, porém também de Euskal Herría [País
Basco],
desde o qual “Trincheira Antifascitas” felicita esta iniciativa
comunicacional
da insurgência fariana: “Como relatar-lhes em
poucas
palavras a torrente de positivas sensações que me gera o
ter
notícias de vocês, seu acionar, sua dignidade plasmada em mil
documentos,
comunicados, esboços biográficos, vídeos, cartas...,
a
magnífica sensação e deleite ao ver a incrível facilidade que têm
para
transmitir, mediante uma brilhante literatura na hora de redigir
comunicados
e um montão de coisas que, creiam-me, poderiam fazer
interminável
este comentário.”
Não
têm faltado as mensagens de estímulo a seguir batalhando
na
Mesa, para que, junto com a pressão e mobilização do povo
colombiano,
a oligarquia entenda que, como expõe a terceira das
“Dez
propostas para uma política de desenvolvimento rural e agrário
integral
com enfoque territorial” das FARC, é impostergável articular
“uma
nova ruralidade baseada na democratização das relações
urbano-rurais
e no princípio da justiça territorial, que supere visões
extrativistas
e utilitaristas do mundo rural e reconheça nele suas
potencialidades
políticas e culturais para o desenvolvimento do país e o
bem viver de sua população.”
Fraternalmente
Delegação
de Paz das FARC-EP