"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

CONCLUSÕES DE 5 A 22 DE JANEIRO DO 2013




Esta primeira síntese-conclusão derivada da participação de mais
de 2800 visitantes ao Foro Permanente das FARC-EP se estabelece
como base para continuar a discussão do primeiro ponto da agenda
do Acordo Geral de Havana intitulado “Política de desenvolvimento
agrário integral [enfoque territorial]” e a ela se agregam os novos
comentários que as FARC-EP plasmam a partir de hoje, os pontos 1,
2, 3, 4 e 5 da proposta insurgente apresentada à Mesa de diálogos,
mais os aportes que nossos leitores e ouvintes realizem adiante, até
o dia 7 de fevereiro.

Frente às manobras do governo colombiano endereçadas a cercear,
comprimir e minimizar a imprescindível participação do povo no
processo de diálogos, as FARC-EP têm proposto uma e outra vez que
só o protagonismo firme do constituinte primário, desdobrado em
lutas e espaços de debate, pode abrir as comportas da construção
da Paz com justiça social. Este Foro Permanente tem precisamente
o propósito de facilitar a discussão, começando pelo primeiro ponto
da agenda de Havana sobre Política de desenvolvimento integral com
enfoque territorial.

Desde 5 de janeiro, data em que se lançou oficialmente o Foro
Permanente, vários compatriotas nos têm feito chegar seus
comentários e opiniões ao redor da exposição proposta pelas FARC-
EP sobre a questão rural e agrária.

Se propuseram três perguntas a modo de mini-pesquisa: a respeito
da primeira [de caráter permanente], “Está de acordo com os
diálogos de Paz e a solução política?”, o dado parcial até 20 de
janeiro de 2013 é que 94% responderam Sim, ratificando que esse
é o caminho mestre para superar dois séculos de obscurantismo,
desigualdade e violência impostos pelo estabelecimento. Sobre a
segunda, 92% se pronunciaram em favor de que “Há que acabar com
o latifúndio”, enquanto que à terceira “Deve terminar a entrega de
recursos naturais ao capital estrangeiro?”, 87% responderam Sim.

Em geral, os internautas que tomaram a palavra coincidem com a
concepção segundo a qual existe uma relação estreita entre terra e
território, sublinhando, como afirma “Colômbia Soberana”, que “o
problema das terras em Colômbia vai mais além da impossibilidade
de trabalho para os campesinos e ultrapassa, ademais, o problema do deslocamento e desapossamento. Senão, ademais, toca os aspectos culturais, sociais e psicológicos dos colombianos que sofrem este flagelo”.

Também se tem destacado a importância de acabar com o
latifúndio, atacando suas bases histórico-materiais mediante a
implementação de reformas estruturais, sem esquecer que, como
expõe “Anônimo” no comentário nº 8 de 11 de janeiro, não deve
permitir-se a concentração das terras, e “tampouco a venda de
terras a estrangeiros, nem as concessões enormes à mineração, nem
terreno algum para bases militares de outros países”.

Alguns comentários também expuseram que “a falta de seriedade
do governo frente ao processo é notável, posto que, ao mesmo
tempo que se adiantam as conversações, tenta aprovar a lei de
terras”, enquanto que outros expressam a necessidade de ter sempre presente o preâmbulo do Acordo Geral para a terminação do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura.

Desde terras distantes, porém muito próximas e irmãs na luta
por uma alternativa ao senil capitalismo depredador e sua crise
devastadora, nos têm chegado testemunhos de solidariedade.
Por exemplo, da Argentina, porém também de Euskal Herría [País
Basco], desde o qual “Trincheira Antifascitas” felicita esta iniciativa
comunicacional da insurgência fariana: “Como relatar-lhes em
poucas palavras a torrente de positivas sensações que me gera o
ter notícias de vocês, seu acionar, sua dignidade plasmada em mil
documentos, comunicados, esboços biográficos, vídeos, cartas...,
a magnífica sensação e deleite ao ver a incrível facilidade que têm
para transmitir, mediante uma brilhante literatura na hora de redigir
comunicados e um montão de coisas que, creiam-me, poderiam fazer
interminável este comentário.”

Não têm faltado as mensagens de estímulo a seguir batalhando
na Mesa, para que, junto com a pressão e mobilização do povo
colombiano, a oligarquia entenda que, como expõe a terceira das
Dez propostas para uma política de desenvolvimento rural e agrário
integral com enfoque territorial” das FARC, é impostergável articular
uma nova ruralidade baseada na democratização das relações
urbano-rurais e no princípio da justiça territorial, que supere visões
extrativistas e utilitaristas do mundo rural e reconheça nele suas
potencialidades políticas e culturais para o desenvolvimento do país e o bem viver de sua população.”

Fraternalmente

Delegação de Paz das FARC-EP