"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Carta ao Cardeal Rubén Salazar, Presidente da COnferência dos Bispos da Colômbia

Monsenhor
RUBÉN SALAZAR

Conferência Episcopal
Bogotá

Apreciado Cardenal

Inteirados da marcha nacional de oração que projeta a igreja em respaldo ao processo de paz, queremos expressar-lhe, em nome da Delegação de Paz que dialoga com o governo em Havana, nossa aprovação frente a esta iniciativa da hierarquia católica.
Desde logo, apreciamos a persistente pregação dos bispos desde os púlpitos em prol do fim do conflito armado e seu esclarecimento ao presidente da República sobre a necessidade de humanizar a guerra ante a negativa incompreensível a um acordo em torno de um cessar bilateral de fogos.
De acordo, não é uma atitude humana nem cristã interpor obstáculos como o fazem certos opositores cheios de ódio e sem razão, a um processo que nos tem preenchido de esperanças. Como bem o aclara você, “uma guerra não se termina com o extermínio do inimigo, se termina com um tratado. Pretender o contrário é um sem sentido, em particular porque todos a temos sofrido e temos feridas abertas”.
Queremos reiterar-lhe, monsenhor, que viemos a Havana em busca da paz para a Colômbia, sobre a base, como o expuseram ao presidente Santos os 86 bispos congregados, de reduzir as desigualdades sociais que perduram no país.
Muito comedidamente, lhes estendemos aos bispos, desde Havana, nosso convite a conversar sobre a guerra e a paz, e as ideias que possam levar-nos a uma solução menos cruenta a este longo conflito social e armado que os colombianos enfrentam. Pela paz, temos que fazer até o impossível.
Cordial saudação.

Iván Márquez
Chefe da Delegação de Paz das FARC-EP