"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O Presidente Juan Manuel Santos afirma que não se levantará da Mesa de Conversações de paz. As Farc também.

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Por Horacio Duque



O processo de paz iniciado pelo governo da Colômbia e as Farc, não obstante as naturais dificuldades que se desprendem de dialogar em meio ao conflito, avança por bom caminho. O debate do primeiro ponto da Agenda, que já completa mais de três meses, sobre o tema do desenvolvimento rural criou um ambiente favorável e produz resultados promissores.

Nos atos pelo dia do jornalista, o Presidente Juan Manuel Santos afirmou, de maneira categórica, que não vai se levantar da Mesa de Conversações de Havana até alcançar os resultados que permitam superar o conflito social e armado e fixar as bases de uma paz estável e duradoura.
Se está negociando de boa fé, se vê a vontade do movimento guerrilheiro e não vou me levantar da Mesa, disse Santos. Dialogar em meio ao conflito foi uma decisão que tomou e tem sido difícil. As Farc, em sua própria lógica, seguirão em sua luta, porém isto é parte do custo que se tem que pagar pela negociação em meio ao conflito.
Sustenta que, apesar das dificuldades e da oposição de setores recalcitrantes, tomou a decisão de conseguir a paz para a Colômbia e dessa maneira superar a guerra civil que já se prolonga por mais de meio século com graves prejuízos para todos os habitantes da Colômbia, especialmente para os campesinos e os grupos mais frágeis da nação. Chamou todos os cidadãos a cicatrizar as feridas.
A vontade do Presidente da República é um sinal positivo porque expressa a potência do Estado e o compromisso de um amplo campo cidadão da nação. Não se trata de uma voz isolada, mas sim a da representação geral de todo um país que resulta absurdo e estúpido desconhecer, como é a pretensão de grupos extremistas encarnados pelo senhor Uribe Vélez, empenhado na sabotagem dos diálogos e dos acordos com a resistência campesina revolucionária.
Ao Presidente, o acompanham os setores-chaves do Estado, como o órgão legislativo, que, sob a Presidência do Senador Roy Barreras, organizou múltiplos foros nas regiões para tratar dos temas agrários e da justiça, tal como se projeta desde o próximo 9 de abril com 10 eventos nas principais cidades do país.
Não obstante, há núcleos do governo que desentoam, como as vozes que se emitem, com muita frequência, desde o Ministério de Defesa, onde seu titular, acompanhado de militares desatinados, tem por ofício atacar e desqualificar com adjetivos, infâmias e arengas altissonantes a Mesa de Conversações de Havana, distorcendo, dessa maneira, a explicação fundamental do Presidente que trabalha pela paz.
É que, neste setor da sociedade política, ainda existe o colonialismo do chefe do Ubérrimo [AUV] com seus postulados neofascistas e totalitários. As doutrinas militares vigentes são as da doutrina da segurança nacional, a guerra de baixa intensidade, as operações contra insurgentes e a estratégia dos drones e ataques aéreos que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos patrocina, desde suas 8 bases militares instaladas no território nacional, onde se deposita material nuclear e armas de destruição massiva, porque assim o permitem os convênios com o imperialismo norte-americano, firmados pelos senhores Bush e Uribe.
De outro lado, as Farc, através de seu Comandante Geral Timoleón Jiménez, têm reiterado que sua disposição se encaminha em iguais termos. Não se levantarão da Mesa até chegar a um pacto que estabeleça a paz. Essa é uma decisão política tomada de tempo atrás e no desenvolvimento da mesma morreram os comandantes Alfonso Cano e Jorge Briceño.
A vontade das Farc foi reiterada numerosas vezes. No discurso de Timoleón Jiménez para anunciar a assinatura do Acordo Geral para a paz, sua voz foi afirmativa pelas conversações e a paz. De igual maneira, Iván Márquez, o chefe da delegação plenipotenciária da insurgência da insurgência revolucionária em Havana, sustentou, na instalação dos diálogos em Oslo, que o compromisso do movimento guerrilheiro é trabalhar sem descanso até conquistar os melhores resultados para a paz e a terminação do conflito social e armado.
E assim tem sido, como o viu o país e o mundo. O trabalho dos delegados guerrilheiros tem sido sensato, equânime, inteligente e ponderado. Determinaram uma trégua unilateral por dois meses com resultados muito positivos; têm feito propostas sistemáticas, inovadoras e profundas para resolver o problema agrário de milhões de campesinos; e têm contribuído para criar os espaços adequados para a participação da sociedade civil e das organizações comunitárias, civis e religiosas, com o fim de que suas propostas e iniciativas façam parte do conteúdo das conversações.
As Farc tampouco se levantarão da Mesa de conversações. É sua firme determinação.
A decisão do Presidente Juan Manuel Santos e das Farc é um bom dado que materializa, pelo demais, o estabelecido no texto do Acordo especial de Havana firmado desde agosto do ano anterior.
Ali se dispõe o seguinte: a) a decisão mútua de pôr fim ao conflito como condição essencial para a construção da paz estável e duradoura. Atendendo o clamor pela paz; b) iniciar conversações diretas e ininterruptas sobre os pontos da agenda estabelecida com a finalidade de alcançar um acordo final para a terminação do conflito que contribua para a construção da paz estável e duradoura; e c) garantir a efetividade do processo e concluir o trabalho sobre os pontos da agenda de maneira expedita e no menor tempo possível, para cumprir com as expectativas da sociedade sobre breve acordo.
Mais claro não pode ser. Já sabemos de onde vem a obscuridade.