"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Convite a Narciso Isa Conde.

(foto: Comandante Iván, Narciso e o Comandante Santrich)


Havana, Cuba, 10 de fevereiro de 2013

Companheiro
NARCISO ISA CONDE
Santo Domingo

Em nome da Delegação de Paz das FARC-EP que dialoga com o governo da Colômbia, na cidade de Havana, nossa saudação com afeto, pleno de sntimentos e sonhos irmanados em Bolívar e Caamaño.

Prezado companheiro, o estamos convidando a uma reunião aqui em Havana, relacionada com o tema da solucção política do conflito social e armado que padece Colômbia.

Esperamos sua resposta positiva.

Cordialmente,

IVÁN MÁRQUEZ

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Resposta de Narciso Isa Conde ao convite feito pelo Comandante Iván Márquez
Com beneplácito recebo o convite que me fizera o Comandante Iván Márquez, chefe da Delegação de Paz das FARC em Havana, Cuba, para conversar sobre a saída política ao conflito social armado que se pôs em cena na Colômbia nos últimos 50 anos.
Em nossa opinião, nesses diálogos, as FARC não só têm exibido uma firmeza exemplar como também uma contundente capacidade propositiva e uma precisa e inequívoca vocação de paz, centradas no propósito de arrancar de raiz a causa do conflito armado e abrir as comportas de um novo modelo econômico, social, político e cultural nesse país irmão. Algo que, lamentavelmente – apesar das positivas aproximações temáticas entre as partes – não tem podido exibir o governo colombiano, inutilmente empenhado em obrigar as forças insurgentes a uma simples e inaceitável rendição; condicionado por seus interesses de classe e pelo poder que permanentemente desdobra nesse país a extrema direita guerreirista, neoliberal e latifundiária, com respaldo dos super falcões estadunidenses.
Aos que exigem entrega unilateral das armas em poder das forças revolucionárias, há que dizer-lhes que elas não foram a causa da guerra, mas sim a resposta obrigada à violência social, econômica, cultural, política, militar e paramilitar imposta desde o Estado. E são, ademais, a garantia desses diálogos de paz e, obrigatoriamente, das mudanças sociais e políticas demandadas cada vez com mais força pela sociedade colombiana, sem as quais não haverá paz.
Vou a Havana com o respaldo do Movimento Caamañista-MC e da Esquerda Revolucionária-IR, portando, mensagens de estímulo para os/as camaradas das FARC; a todas as luzes empenhados/as a fundo nessas conversações – e mais além delas – na construção de uma paz digna, impregnada de participação popular, soberania nacional e justiça social.
Saio amanhã, quinta-feira 14, dia do amor e da fraternidade, para ser partícipe desse nobre esforço pró-paz das FARC-EP, num momento crucial dessas conversações; não é nova nossa militante solidariedade com o anseio de bem-estar e felicidade coletiva do povo colombiano, porém agora necessariamente se renova, atualiza e fortalece.
Têm variado – e esperamos que variem mais ainda para o bem – as circunstâncias políticas nesse país irmão, pelo que vamos com a esperança de que haverá lugar para um frutífero intercâmbio de alcance continental e mundial, o qual procurarei informar em detalhes ao país dominicano na próxima semana, depois de meu retorno da heroica Cuba, no próximo domingo 17 de fevereiro.



        NARCISO ISA CONDE