Delegação de Paz FARC-EP: A propósito do Índice de Desenvolvimento Humano na Colômbia
Há
poucos dias o Programa de Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), assinalou que Colômbia tem um alto desenvolvimento humano e,
ressaltou que o país ocupa o posto 91 entre 186, em um informe que
avalia os logros das nações em educação e saúde e, a
disponibilidade de recursos para oferecer a seus cidadãos um nível
de vida digno.
Ao
respeito, é fundamental indicar que nas medições do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) na América Latina, Colômbia ocupa o
número 12, muito por embaixo da Venezuela, Chile, Argentina, Uruguai
e Cuba. Só supera nações empobrecidas como El Salvador, Guatemala
ou Bolívia. E destacamos esses detalhes para insistir em que em
nosso país se requerem profundas transformações econômicas,
política e sociais que eliminem a profunda desigualdade existente,
causa essencial da confrontação na que perdemos tanto sangue.
Um
exemplo expressivo da tragedia social colombiana é o fato de que em
nosso país a porcentagem de desnutrição é o dobro que a meia
continental (12), situação que dentro do universo infantil, o
promédio de anos de estudo é de 7,3, enquanto o “período esperado
de escolaridade” é de 13,6 anos, quer dizer, quase o dobro.
É
evidente que se olharmos esses indicativos de desenvolvimento por
regiões, veemos que as desigualdade são mais profundas, sobretudo nos
lugares mais afastados do centro onde o acesso aos poucos programas
de saúde e educação é deplorável ou inexistente. São os casos
dos estados de Chocó, La Guajira, EL Cesar e Narinho, onde os níveis
de desigualdade e de miséria se parecem aos dos países do sudeste
asiático e de África.
Importantes
camadas da população na Colômbia seguem sendo excluídas dos
benefícios do desenvolvimento econômico e, não alcançam por
desídia governamental a se sobrepor da miséria que padecem. De fato,
o Banco Mundial tem diagnosticado que nosso país é o sétimo mas
desigual do planeta, com níveis comparáveis aos de Haiti e Angola.
O
informe que apresentou o PNUD aclara que, pese à boa nova de que o
ritmo de progresso em países em vias de desenvolvimento tem sido
além do esperado, “não é desejável nem sustentado que o
crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano esté acompanhado de
uma crescente desigualdade”, e agrega que “ninguem deveria estar
condenado a viver uma vida breve ou miserável por ser de uma classe
social ou país ‘equivocado’, pertencer a uma raça ou a um grupo
étnico ‘equivocado’, ou ser do sexo ‘equivocado’. A
desigualdade reduz o progresso em desenvolvimento humano y, em alguns
casos, poderia impedir-lo por completo”. Opinião que deveria ser
tida muito em conta pelo governo nacional ao momento de enfrentar
as justas exigências dos diversos setores sociais que hoje se alçam
contras as politicas neoliberais que os vitimiza e impede a
construçaõ da Paz
No
marco do desenvolvimento dos diálogos de La Habana, o governo no
deviera esquecer que a paz não de reduz ao cessar da confrontação
militar ou à desmobilização da insurgência. A Paz é o fruto da
Justiça
Delegação
de Paz das FARC-EP