É inaugurada na Venezuela a Praça Manuel Marulanda
Hoje inagurou-se a primeira praça e monumento no continente em homenagem ao Comandante Guerrilheiro Manuel Marulanda Vélez.
As organizações que integram a Coordenadoria Continental Bolivariana na Venezuela realizaram uma homenagem póstuma ao Comandante Guerrilheiro recentemente falecido, Manuel Marulanda Vélez.
A homenagem constitui uma amostra de solidariedade do povo venezuelano ao povo colombiano, que está sendo obrigado, devido à aplicação sistemática do terrorismo de Estado, a tomar as armas para defender as causas populares, asseguraram representantes da Coordenadoria Simón Bolívar, o Partido Comunista de Venezuela, a Corrente Comunista Gustavo Machado e o Movimento 28 de Março.
Frank León, vice-presidente da Coordenadoria Simón Bolívar, expressou que é um orgulho para sua organização convocar, junto a outras organizações da região, uma homenagem a Manuel Marulanda, a quem qualificou como uma referência revolucionária.
Precisamente na sede dessa organização, o emblemático 23 de Janeiro, albergará a praça Marulanda que inaugurou-se hoje, 26, e que foi construída em largas jornadas de trabalho comunitário. O busto que encabeçará a praça já está terminado, segundo Carlos Casanueva Troncoso, Secretário Geral da CCB e será colocado ainda hoje, quando será revelado também o nome do artista que o elaborou.
Como parte da homenagem, foi lançado um livro sobre a vida e obra de Marulanda e se realizará um seminário internacional sobre o Direito dos Povos à Resistência Armada.
Roso Grimau e Santiago Palacios do Comitê Central do Partido Comunista da Venezuela manifestaram que a iniciativa da homenagem surgiu na Venezuela. Por sua parte, Palacios qualificou as FARC-EP como uma organização irmã do PCV e chamou à participação das organizações populares nas jornadas de trabalho de construção da Praça e à defesa do processo revolucionário da Venezuela.
O M-28, representado por Zenaida Tahan, afirmou que a Praça Marulanda é uma legitimização dos lutadores na Colômbia e que deve ser considerada não só como uma homenagem ao chefe insurgente, mas a todos os que na Colômbia padecem por conta do regime. Para Tahan, a luta armada na Colômbia constitui uma necessidade, enquanto na Venezuela não é necessária, por encontrar-se em meio a um processo inteiramente democrático, porque nele pode dar-se livremente o “debate necessário” sobre as formas de luta.
Sergio Jiménez, da Corrente Comunista Gustavo Machado, reiterou a necessidade das organizações revolucionárias da Venezuela a extenderem sua solidariedade à República irmã e somar-se à homenagem; denunciou a violação sistemática dos direitos humanos no país granadino, não sem antes rechaçar a política guerreirista do governo paramilitar de Álvaro Uribe Vélez.
O Secretário Geral da CCB, Carlos Casanueva Troncoso, afirmou que a criação do monumento para Marulanda na Venezuela é emblemática, por acontecer em meio aos ataques do império assim como na Bolívia.
Casanueva assegurou que a CCB apóia todas as formas de luta que os povos tenham para resistir e afirmou enfaticamente que “por trás de cada membro da CCB haverá um soldado a mais para defender as causas do povo” da Bolívia, Venezuela, Colômbia e assim evitar catástrofes como a que aconteceu no Chile com o golpe de Estado ao presidente Allende.