"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


terça-feira, 30 de setembro de 2008

Um sim categórico para seguir aprofundando o caminho para o socialismo

por Juan Francisco Torres


“Não basta uma constituição, por mais perfeita que seja, para que fiquem garantidos os direitos do povo. Esses direitos apenas estarão garantidos quando existirem por trás das formulações constitucionais uma força popular capaz de raspaldá-las, defendê-las e ampliá-las.”
- Pedro Saad


Desde as 7 horas da manhã de domingo, 28 de setembro, começou o Referendo equatoriano para aprovar ou rechaçar o novo projeto de constituição, o qual poossui 444 artigos e foi redigida por 130 membros da assembléia em Montecristi, cidade natal do maior revolucionário equatoriano, Eloy Alfaro. A nova constituição tentará reverter a injusta estrutura econômico-política do país e recuperar a soberania nacional. Mais de 9 milhões de eleitores compareceram às urnas.

Desde muito cedo os meios de comunicação, nacionais ou estrangeiros, captavam todos os movimentos que realizava o presidente Rafael Correa, que cumpriu com uma apertada agenda; começando com a inauguração do processo eleitoral nas instalações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acompanhado pelas máximas autoridades do Estado como dos representantes e observadores de organismos internacionais; durante seu discurso, Correa convocou a “todos, companheiros, companheiras, equatorianos, equatorianas, dentro e fora da pátria, todos, a votar com ilusão, com alegria, com esperança, com fé em nós mesmos”, além disso afirmou sobre os resultados que “serão respeitados com responsabilidade histórica, com todas as ferramentas da democracia e com infinito amor”.
Posteriormente participou de um café-da-manhã no Hotel Quito junto com o vice-presidente Lenin Moreno.

Correa exerceu seu voto, em meio à euforia popular, às 8:35 da manhã em um colégio ao norte de Quito. Correia, em sua pequena intervenção, chamou aos equatorianos para comparecerem às urnas e viverem plenamente esta festa democrática.

Talvez um dos acontecimentos mais comentados foi a visita que o Presidente da República fez ao ex-Presidente da Assembléia Constituinte, Alberto Acosta, que protagonizou anteriormente pequenas desavenças, comentou ter a segurança de ganhar, revelou também que os líderes renovaram seu “compromisso pelo país...sem dúvida, podemos dizer que este é um triunfo da Democracia, porque trata-se de aprovar uma Constituição importante para todos os equatorianos”.

Por outro lado, a operação que o TSE realizou, em parceria com a Polícia Nacional e o Exército, contou com a instalação de 38.901 Juntas Receptoras do Voto em todo o país, das quais 19.200 são para homens e 19.701 para mulheres, enquanto a Polícia mobilizou cerca de 30 mil agentes para vigiar as juntas eleitorais, enquanto as Forças Armadas mobilizaram 28 mil soldados para proteger as urnas e a contagem dos votos.

A cédula de votação continha apenas uma pergunta: Você aprova o texto da nova Constituição Política da República, elaborado pela Assembléia Constituinte? Sim – Não.

Apesar de todos os esforços realizados pelo governo, acompanhado das organizações progressistas e de esquerda sobra a difusão do conteúdo da Constituição, muitos eleitores encontravam-se indecisos e sem conhecimento profundo sobre o novo projeto.

Sobre os equatorianos habilitados para votar, 165 mil estão residindo no exterior, a maioria deles na Espanha e Estados Unidos, apesar disso, o processo eleitoral no exterior se desenvolveu sem nenhuma dificuldade, o que melhora a imagem do país no exterior, indicou a chaceler María Isabel Salvador.

O Presidente Correa, que havia sinalizado que receberia os resultados na cidade de Guayaquil, começou os preparativos desde as 16:40 no Governo do Guayas, seguido por uma grande quantidade de simpatizantes.

Os primeiros resultados sobre o Referendo foram outorgados pelo Exit Poll, e o TSE contou com uma base de informação, facilitando o processo final do referendo.

O processo eleitoral terminou às 17 horas, ganhando o SIM a nível nacional com um arrebatador 70%, contra 25% do NÃO, 1% branco e 4% nulos. O resultado mais esperado foi sobre o acontecimento na Província do Guayas e na cidade de Guayaquil, que se converteu no centro mais polarizado durante a campanha. Onde o Sim obteve cerca de 56,2%, contra 38,4% do Não. Enquanto, por regiões, o Sim ganhou na Costa por 67,7%, na Serra 72,9%, na Amazônia 65,4%.

Os festejos começaram na parte exterior do Governo de Guayas dirigidos pelo Presidente Correa, que qualificou o triunfo “como a consolidação da Revolução Cidadã, que sente a base de um novo país. O Sim ganhou cheio de alegria!”. Ele também fez um chamado à unidade contra quem nos enganou e pessoas que se deixaram levar pelo não, sem dar um passo atrás. “Juntar nossos braços, corações, mentes, por uma pátria altiva, soberana, equitativa”.

A atitude que marcou esta festa democrática foi por parte da oposição, desrespeitando a lei eleitoral, que impede de realizar campanha dias antes do referendo. Sua forma de campanha consistia em chamar aos lugares e promover o não. A violação desta lei já foi denunciada ao Tribunal Superior Eleitoral.

Enquanto isso os setores opositores já estão tomando ações como anunciar sua candidatura para as futuras campanhas e outros, como o prefeito separatista de Guayaquil, que segue tentando dizer que nessa cidade o Não ganhou, enquanto até a câmara, que participou ativamente contra o projeto constitucional, não se manifestou.

A notícia encontra-se em ABP Notícias.