Movimento de jornalistas lamenta o terrorismo midiático contra atletas olímpicos venezuelanos
Cerca de quinhentos comunicadores formais e alternativos agrupados sob o Movimento pelo Jornalismo Necessário repudiaram o ataque que alguns jornalistas esportivos vêm realizando contra os 110 atletas venezuelanos que viajaram para Beijing, ataque que tem sido usado como mais uma forma de atacar ao governo.
Prensa MPN/YVKE Mundial
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O Movimento pelo Jornalismo Necessário, que agrupa cerca de 500 jornalistas e comunicadores formais e alternativos que buscam uma mudança de rumo na profissão, emitiu nesta sexta-feira um comunicado deplorando a atitude de alguns jornalistas esportivos em torno do ataque contra os atletas venezuelanos que viajaram para Beijing representando ao país nos Jogos Olímpicos; acusam a estes jornalistas de usar os atletas como uma forma de atacar ao Presidente Chávez e seu governo, e pedem retificações.
Em seguida, o comunicado.
O esporte é considerado o fenômeno cultural com maior desenvolvimento dentro da esfera humana, pelo que se torna importante destacar que o jornaliismo venezuelano necessita de uma revisão urgente, especificamente quando se trata do jornalismo esportivo que é o tema abordado neste comunicado.
Sim. O jornalismo esportivo também não escapa desta autocrítica que deve ser feita pelos comunicadores sociais o mais rápido possível. Porque muitos de nossos colegas terminaram por “contaminar” a uma fonte que, até pouco tempo atrás, era um oásis para nossa população, ao proceder a humilhação, atacar e zombar de nossos atletas, apesar de seu louvável esforço, para lançar seus dardos não contra o Governo Nacional, senão à figura do Presidente Hugo Chávez.
O que está ocorrendo com a participação da Venezuela nos Jogos Olímpicos de Beijing deve nos servir para reflexão. Nosso país está presente nas XXIXª Olimpíadas com 110 atletas, o número mais alto desde que, em 1948, o ciclista Julio César León desfilou com nossa bandeira na cidade de Londres, Reino Unido.
Esse simples fato deveria nos fazer sentir orgulhosos de ser venezuelanos e, por conseguinte, impulsionarmo-nos a apoiar nossos atletas, os quais conquistaram seus respectivos índices para Beijing por méritos próprios e não em um sorteio. Assim o vem assinalando, já a algum tempo, o Presidente Chávez, o qual qualificou aos 110 atletas presentes em Beijing como a "Geração de Ouro".
O Chefe de Estado está consciente do momento histórico que está vivendo nosso país em matéria esportiva e é natural que dê ênfase a este aspecto e o assinale como uma vitória da revolução; porque, acaso assim não o é? De quem é então o êxito? De George Bush, Vladimir Putin ou Álvaro Uribe?
Muitas pessoas, porêm, se negam a admitir essa realidade e parecem querer tapar o sol com uma peneira. Primeiro erro!
Em vista de que os resultados em Beijing nas primeiras oportunidades não foram os esperados, até que Dalia Contreras obtivesse a medalha de bronze na quarta-feira, 20 de agosto, na especialidade de Taekwondo, criou-se uma matriz de opinião para denegrir a atuação de nossos esportistas. E isto o disse o povo, que é sábio. Segundo erro!
Em cada competição, nossos atletas também deram o máximo de seu esforço, mas no esporte se ganha e se perde, não há espaço para outro resultado. E todos, absolutamente todos eles, sentiram vergonha ao perder, porque sabíam que representavam a 27 milhões de venezuelanos, um país inteiro e não a um setor, uma cor política, uma bandeira em particular; não, era nosso tricolor pátrio com suas 8 estrelas.
Para este setor do jornalismo esportivo, a derrota de cada atleta significava um revés para o Governo Nacional. Terceiro erro!
Na realidade, cada derrota significava um lamento para cada um dos venezuelanos, com a qual nos invadía a tristeza e a impotência, porque víamos que com cada atleta eliminado se iam também as esperanças de medalhas.
As esperanças de obter medalhas são as da população venezuelana e continuaremos como povo apoiando nossa geração de ouro. Se algum papel tem a desempenhar o jornalismo esportivo é contribuir para que se reforcem as políticas esportivas e apoiar aos atletas de alta competência; não queimar nossos jóvens talentos como se tratasem de adversários políticos.
Diferente do escrito por alguns jornalistas inimigos do processo que dirige o presidente Chávez, o Governo Nacional nunca falou de prognósticos para os Jogos Olímpicos de Beijing. A ministra do Poder Popular para o Esporte, a colega Victoria Mata, não cometeu semelhante erro, senão um de seus subalternos. Dizer então que houve excesso de triunfalismo por parte do Governo Nacional é um erro; bom, outro mais. E o Chefe de Estado o disse muito claramente no domingo, 18 de agosto, durante seu programa dominical Aló, Presidente!: "A mim não importam as medalhas. Garotos, vocês são heróis! Sintam-se orgulhosos do que estão fazendo". Mais claro impossivel!
Agora que Dalia Contreras conquistou uma medalha em Beijing, nos perguntamos: Qual será a posição destes colegas? Farão como o avestruz? Ou se mostrarão indiferentes ante esse feito?
É importante assinalar que o jornalista esportivo joga um papel determinante na informação que oferece ao homo ludens e deve estar atento a seu comportamento ético e profissional no cumprimento de seu dever, que também inclui o amor por sua pátria e a defesa de seus atletas.
Luigino Bracci