Fluxos de informação e poder
Julian
Assange
ALAI AMLATINA, 11/04/2014.- Asilado na Embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012, o australiano fundador de WikiLeaks, Julian Assange, figura como objetivo da Agência de Segurança Nacional [NSA] dos Estados Unidos no que chama um cronograma de caçada humana, segundo confirmaram recentes revelações de Edward Snowden. A acusação: ter difundido segredos do Departamento de Estado aos quais WikiLeaks teve acesso, reivindicando uma Internet e um jornalismo livres. Nas linhas que seguem, Assange expressa seus pontos de vista a um questionário formulado por ALAI a respeito de temas como globalização e governança de Internet; vigilância e segurança cidadã; transparência governamental e prestação de contas, e a vigilância cidadã sobre as autoridades.
ALAI AMLATINA, 11/04/2014.- Asilado na Embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012, o australiano fundador de WikiLeaks, Julian Assange, figura como objetivo da Agência de Segurança Nacional [NSA] dos Estados Unidos no que chama um cronograma de caçada humana, segundo confirmaram recentes revelações de Edward Snowden. A acusação: ter difundido segredos do Departamento de Estado aos quais WikiLeaks teve acesso, reivindicando uma Internet e um jornalismo livres. Nas linhas que seguem, Assange expressa seus pontos de vista a um questionário formulado por ALAI a respeito de temas como globalização e governança de Internet; vigilância e segurança cidadã; transparência governamental e prestação de contas, e a vigilância cidadã sobre as autoridades.
ALAI: A Internet começou sua fase de expansão rápida num contexto global marcado pela “guerra contra o terror”, pelo aumento das restrições e violações dos direitos humanos, especialmente da privacidade e da intensificação da vigilância estatal. Na sua opinião, quais são as principais consequências deste contexto sobre a evolução da Internet?
Julian
Assange: A Internet não só representa uma tendência, mas também
várias. Com a Internet, a vigilância massiva penetrou no núcleo da
sociedade humana internacional e a aliança de inteligência liderada
pelos Estados Unidos, “Cinco olhos”[1], lhe deu poderes de
vigilância sobre quase todos os seres humanos e organizações a
nível mundial. Porém, o regime mundial de comunicações criado
pela Internet também significa que a organização e o comércio são
mais baratos, mais rápidos e não estão sujeitos a limites
geográficos clássicos. No passado, o desafio para os movimentos
pela justiça social era conquistar consensos e organizar-se de
maneira eficiente para poder competir com as entidades que acumulam
coerência organizativa em razão de seu tamanho e capacidade de
coerção –como as grandes corporações e os governos-. Num mundo
onde “o código é lei”, o âmbito legislativo não se limita aos
governos nem a seus esteios empresariais. Isto está conduzindo, em
forma incipiente, a um mercado livre de semi Estados: redes fluidas
de associação que têm potestades de tipo estatal, por exemplo,
sobre a moeda, a compilação de inteligência, as comunicações e
as influências.
ALAI:
A informação sempre foi simultaneamente vítima e arma de guerra,
porém isto aumentou de maneira exponencial na era da sociedade da
informação: manipulação de fatos, campanhas midiáticas
alinhadas, jornalistas unidos às tropas, ataques dirigidos a meios
de comunicação e jornalistas etc. No entanto, a Internet oferece
também oportunidades sem precedentes para contra-arrestar esta
manipulação da informação [como o próprio WikiLeaks o demonstrou
ao quebrar a censura e revelar imagens da crua realidade das guerras
em Afeganistão e Iraque]. Como se poderia manter esta perspectiva e
desenvolvê-la mais?
JA:
Se poderia desenvolver esta perspectiva vendo o fluxo de informação
num contexto de relações de poder.
O
fluxo de informação não é um fenômeno neutro. Se relaciona com o
movimento do poder através de uma sociedade. Para a autodeterminação
–seja como grupo ou como indivíduo- se necessita ter informação
veraz. O processo de ser livre e de libertar-se é o processo
coletivo e individual de assimilar nova informação sobre o mundo e
de atuar sobre ela. Este mesmo processo é um dos fundamentos da
civilização. Nas comunidades, significa que temos que ter a
possibilidade de comunicar entre nós mesmos, de transmitir nossos
conhecimentos e receber os dos demais. A informação é fundamental
para nossa posição de poder frente ao mundo que nos rodeia. Um
público bem informado é um público empoderado e é um público
livre.
Os
grupos de poder centralizado tratam de atuar contra isto. Um público
mais livre significa uma autoridade central menos potente, e as
autoridades centrais sempre buscam manter ou fazer crescer seu poder.
O poder tratará de controlar ou influir nos fluxos de informação
com o fim de consolidar sua própria posição de poder. Tentará
ocultar a informação às maiorias, restringindo seu acesso a uma
pequena elite que assim terá capacidade de organizar-se com rapidez
e deixar fora de jogo aos demais; e tratará de dar às maiorias
informação falsa, de maneira que, quando estas tentem atuar por seu
próprio interesse, vacilem.
Os
meios de comunicação não são senão fluxos de informação
estruturados. Um meio é uma estrutura sobre a qual flui a
informação, normalmente respaldada por uma tecnologia que determina
suas propriedades. Dependendo das propriedades de um meio, este pode
ser mais ou menos democrático em seu acionar.
No
passado, tivemos formas de meios de comunicação que favorecem o
poder centralizado –como meios de-um-para-muitos, tal é o caso do
rádio e da televisão, o que se chama os “mass media” na teoria
da comunicação. Devido ao fato de que são centralizados, são
fáceis de controlar e, por isso mesmo, facilmente subjugados por
outros grupos de poder. Por esta razão, dizemos que estes meios de
comunicação são inerentemente propensos a trair seu propósito
declarado.
Porém,
há outras formas de meios de comunicação suscetíveis de serem
mais honestos. A Internet permite um montão de diferentes formas de
comunicação de-muitos-para-muitos. É mais difícil de controlar
por parte dos grupos de poder, ainda que há sérios esforços em
marcha.
Há
campanhas de astroturfing[2] na Internet, e todo tipo de informação
errônea, desinformação e propaganda suja. Porém, estas coisas
sempre existiram. Em comparação com o empoderamento das comunidades
que a Internet permite, as vantagens que apresenta para a manipulação
da informação são menores. A propaganda está em desvantagem na
Internet.
Há
muitos aspectos da Internet que não estão suficientemente
descentralizados, como sua infraestrutura física, por exemplo. Isso
faz com que seja mais vulnerável à vigilância massiva, se bem que
não oferece maior vantagem ao Estado no plano das relações
públicas, da propaganda ou da desinformação. A mostra disso é o
fato de que, ainda que a NSA tenha predomínio no nível da
infraestrutura –pode escutar quase todas as comunicações
eletrônicas que atravessam a Internet-, no entanto está perdendo a
batalha de relações públicas em todo o mundo.
ALAI:
Este contexto também inclui uma nova fase do militarismo
estadunidense no cenário mundial, onde a guerra cibernética se
converteu num elemento estratégico da guerra. Quais são as
principais ameaças desta situação para que a Internet continue
sendo uma infraestrutura aberta e globalmente interconectada? Que se
poderia fazer para defender a Internet como uma zona de paz?
JA:
Em lugar de pensar em quão nefasto é para a humanidade mundial
militarizar o software, os EUA estão escalando uma carreira mundial
de armas eletrônicas. A rede é complexa e interatua com nossas
sociedades de maneira complexa. A militarização de um espaço tão
complexo é temerária. Os firewalls para as organizações já
existem, porém o que virá logo serão firewalls para os Estados, à
medida que estes tratem de introduzir mecanismos similares à
preservação da integridade territorial.
A
defesa da Internet suporá –certamente- a criação de um marco
jurídico que seja vinculante para os Estados e que estabeleça a
Internet como um campo inviolável. Porém, todos sabemos que os
Estados não costumam cumprir com a lei. Assim que também será
necessário redesenhar a Internet e implementar reformas técnicas
[“o código é a lei”]. Na base deste esforço estará a
criptografia. Necessitamos de dados cifrados desde a camada de
transporte para cima. No fim das contas, será a matemática que põe
limites às superpotências, como também foi a matemática que
permitiu a criação destas através dos monopólios de armas
termonucleares.
ALAI:
Quais consideras que são os aspectos mais relevantes das revelações
de Edward Snowden e de suas repercussões? Que implicações têm
para o futuro da Internet? Que passos poderiam dar os países em
desenvolvimento para proteger suas comunicações da espionagem ?
JA:
Os documentos que Edward Snowden divulgou contêm muitos detalhes
técnicos que são de grande valor para os desenvolventes de
software, ativistas da privacidade e indivíduos cuja vida e
segurança dependem da integridade e da segurança de seu software e
hardware. Ali radica o valor indubitável para as comunidades de
expertos que construirão a próxima geração da tecnologia para
garantir privacidade. Em WiliLeaks estamos sistematizando nossa
própria experiência com a informação dos documentos revelados
para melhorar nossas práticas, e nossos técnicos e desenvolventes
de software estão dedicados a melhorar uma série de tecnologias de
ponta, melhorias que em seu devido tempo beneficiarão ao usuário
comum.
Porém,
a coisa mais importante que o Sr. Snowden tem feito é despertar a
civilização mundial para a compreensão de que a vigilância
massiva é real. Há um ano, os jornalistas não haviam publicado que
a NSA estava vigiando a Internet inteira. Vários jornais se negaram
–para seu descrédito- a dedicar espaço ao assunto. O Sr. Snowden
estava longe de ser o primeiro denunciante da NSA para alertar-nos
sobre isto, porém foi ele quem, finalmente, encheu o copo com provas
documentais atuais e autenticadas pelas dimensões da caçada que o
governo dos EUA lançou.
O
hemisfério sul tem que proteger suas populações da vigilância. Na
América Latina, quase todas as conexões à Internet mundial passam
através de cabos de fibra ótica que atravessam os Estados Unidos.
Esta é uma questão de soberania e de competitividade econômica. Os
países necessitam formar alianças industriais para criar a
infraestrutura física alternativa para a Internet, para que suas
comunicações não tenham que atravessar as fronteiras de um
vigilante depredador do calibre dos Estados Unidos, do Reino Unido ou
seus aliados. Também devem considerar o fortalecimento de sua
própria infraestrutura, mediante a regulação do setor dos
provedores de Internet, de maneira que seja obrigatório aplicar um
forte cifrado de dados nos enlaces de comunicação.
Os
países que prezam sua soberania deveriam anular seus contratos com
empresas estadunidenses, e rechaçar as doações de infraestrutura e
tecnologia subvencionada de superpotências como China e Estados
Unidos. Não devem utilizar hardware de criptografia controlada pelos
EUA, devido a que esse hardware tem uma longa história de “portas
traseiras”. Devem fazer obrigatório o uso de hardware e software
livres, cujo-código fonte esteja aberto para que qualquer pessoa
possa examiná-lo, e devem apoiar financeiramente aos desenvolventes
e comunidades de desenvolvimento com o objetivo de fomentar os bens
comuns de software, em escala mundial, em tecnologia segura e
fidedigna, que todos os países podem utilizar.
Eles
deveriam liderar o caminho, ao adotar leis progressistas de liberdade
de expressão e proteção de dados, e abandonar qualquer política
de vigilância do estilo da NSA que tenham implementado. Os países
onde não se invade a privacidade dos clientes serão lugares
atrativos para as empresas de Internet preocupadas pela privacidade
que buscam distanciar-se dos Estados Unidos. O Sul global pode atrair
empresas e promover o crescimento de seus setores de Internet na
medida em que se diferenciem das práticas prejudiciais dos Estados
Unidos e seus aliados nas esferas da inteligência.
No
âmbito internacional, devem tratar de desenvolver um consenso para
proibir o uso de armas de vigilância massiva contra a população.
Tem-se que adotar um marco internacional que permita levar ante a
justiça os Estados que pratiquem a vigilância massiva. Nenhum país
pode aspirar a competir com os EUA em matéria de vigilância
massiva; devido a sua posição geográfica de “aranha no centro”
dos fluxos e telecomunicação, o melhor é matá-la de fome. Eles
devem tratar de aproveitar suas posições nos comitês
internacionais para influir na adoção de padrões web na direção
correta. Aos EUA não se lhes deve permitir que menosprezem os
padrões de cifrado e de comunicações para aumentar seu acesso.
Todas as normas impulsionadas pelos EUA ou seus aliados devem ser
consideradas como suspeitas. Outros países deveriam pressionar
diplomaticamente os Estados Unidos e as demais potências em
espionagem e tratar de empreender ações legais contra esses países
pela violação dos direitos de privacidade de seus próprios
cidadãos.
ALAI:
Enquanto as tecnologias digitais amplificam enormemente as
possibilidades de que os Estados e as corporações pratiquem a
vigilância e a compilação de dados, também podem, como WikiLeaks
enfatizou, aumentar a possibilidade de vigilância da cidadania sobre
as autoridades públicas. Quais seriam tuas recomendações quanto à
legislação e as políticas públicas nesta matéria?
JA:
Fundei um amplo programa de reforma legislativa na Islândia em 2009
e 2010, orientado precisamente para este propósito. Se lhe chamou o
IMMI [sigla em inglês] –a Iniciativa Islandesa de Meios Modernos-,
e grande parte dela surgiu das ideias que havíamos tido no curso de
nosso trabalho sobre a criação de um abrigo para os serviços de
Internet. Foi elaborado para proporcionar a melhor proteção
possível para os editores, jornalistas honestos e empresas de
Internet e para dar um impulso a um setor de Internet islandês, ao
atrair investimentos e inovação. Inclui leis inovadoras de proteção
da fonte, da proteção de arquivos, e leis que impedem tentativas de
processar injustamente desde outra jurisdição. A proposta completa
se encontra disponível on-line (https://immi.is/).
Tudo o que necessita é que algum país pequeno implemente algo
parecido à IMMI, e a pressão devido à competição atrairá as
empresas de Internet a investir na jurisdição. Na atualidade,
nenhum país é visto como o “farol da colina” em matéria
legislativa no que se refere à instalação dos serviços de
Internet, porém, doravante os países que adotem reformas legais do
estilo do IMMI serão vistos não só como líderes mundiais, como
também como o melhor lugar para instalar uma empresa de Internet de
alta tecnologia.
ALAI:
A Internet demonstrou que tem um grande potencial para ampliar o
acesso à informação e ao conhecimento, e para facilitar a
participação democrática, a transparência, o intercâmbio de
informação e a expressão pública. Porém, isto está agora sob
ameaça, entre outras coisas, devido ao crescente controle
corporativo, junto com as tentativas de legislar restritivamente
sobre a “pirataria” e a propriedade intelectual [como os projetos
de lei SOPA e PIPA nos EUA, ou a negociação de acordos
internacionais tais como ACTA ou o TPP[3]. Quais seriam os aspectos
mais fundamentais a considerar para evitar este tipo de ameaças e
garantir que a Internet continue desenvolvendo-se como um espaço
público aberto?
JA:
O aspecto mais fundamental a ter presente está no plano conceitual.
O conceito de “propriedade intelectual” está enfrentando tempos
difíceis nos últimos anos, devido ao fato de que é antagônico à
ideia mesma de Internet. Certos setores estabeleceram grandes centros
de poder antes da Internet, todos eles baseados no conceito de
“propriedade intelectual”. Agora, esse conceito está se tornando
cada vez mais difícil de sustentar, da mesma maneira em que uma
chama perde lentamente sua coesão. Estes lobbies temerosos
impulsionaram uma explosão de legislações para tornar-se com o
controle dos condutos de Internet, bloqueando determinados fluxos de
informação, tratando de evitar que os monopólios da informação
se dissolvam. Estas propostas vêm do mundo empresarial, porém são
acolhidas por certos governos que buscam pretextos para estender seu
controle sobre a Internet.
Porém,
o problema imediato é o TPP e a proposta de globalizar as leis
restritivas estadunidenses de “propriedade intelectual” através
dos acordos comerciais mútuos. Os países do TPP representam mais de
40% do PIB mundial. Sua intenção geopolítica é um bloco
“comercial” dominado pelos EUA para excluir a China. Por exemplo,
Equador, como país do Pacífico, ainda não é parte do TPP, porém,
se se aprova esse tratado, terá o efeito de fazer com que a
interpretação radical dos EUA sobre leis de propriedade intelectual
se converta em norma permanente nesse hemisfério. O Equador –como
país que ainda está em vias de adotar plenamente a Internet- terá
muito que perder se fica cercado por marco legal que oferece
vantagens comerciais aos interesses estadunidenses. Se o TPP passa,
os mesmos interesses tentarão utilizar esse impulso para impor essas
normas na Europa também, através da associação EUA-UE: o TTIP. Os
aspectos tradicionais da propriedade intelectual –os entraves à
cultura, à medicina e outros elementos que são essenciais para a
realização humana- não são as únicas ramificações possíveis
deste cenário.
Podemos
esperar que à lei de PI cada vez mais se a utilize abusivamente fora
desse âmbito para pôr em suspeita a soberania da Internet na
América Latina, como também na costa asiática do Pacífico. Em
outubro passado divulgamos um esboço recente do capítulo de
Propriedade Intelectual do TPP, e isto teve uma influência que
galvanizou a oposição ao TPP. Já se retardou sua passagem pela
legislatura nos EUA. Ademais do ativismo frente à vigilância da
rede e da produção de alternativas de tipo “o código é a lei”,
assegurar a derrota desse tratado é a meta mais importante em torno
da qual podemos canalizar a energia e o esforço de forma mais eficaz
neste momento.
-
Julian
Assange
é editor chefe de WikiLeaks.
Tradução:
Joaquim
Lisboa Neto
Notas:
[1] NdE - A chamada Aliança “Cinco Olhos” é um programa conjunto de vigilância de Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Canadá. As últimas revelações dos documentos de Snowden dão conta de propostas explícitas no seio deste grupo para explorar Twitter, Facebook, Youtube e outras redes sociais como plataformas secretas para a propaganda, com o propósito de “usar as técnicas on-line para fazer com que algo suceda no mundo real ou virtual”, incluindo “operações de informação [influência ou perturbação]”. [Fonte: The Intercept]
Notas:
[1] NdE - A chamada Aliança “Cinco Olhos” é um programa conjunto de vigilância de Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Canadá. As últimas revelações dos documentos de Snowden dão conta de propostas explícitas no seio deste grupo para explorar Twitter, Facebook, Youtube e outras redes sociais como plataformas secretas para a propaganda, com o propósito de “usar as técnicas on-line para fazer com que algo suceda no mundo real ou virtual”, incluindo “operações de informação [influência ou perturbação]”. [Fonte: The Intercept]
[2]
Astroturfing: [originalmente se referindo a uma marca de gramado
artificial] É um neologismo inglês que se refere a uma técnica de
relação pública e intriga onde uma organização ou corporação
poderosa cria um suposto movimento de base para dar a falsa impressão
do apoio popular a sua tese.
[3]
SOPA – Projeto de lei de repressão à pirataria on-line; PIPA –
Projeto de lei contra ou roubo da propriedade intelectual; ACTA –
Acordo Comercial Anti Falsificação; TPP – Acordo Estratégico de
Associação Trans-Pacífico.
*
Artigo publicado em América Latina en Movimiento, No. 494
(abril 2014)
intitulado “Internet, poder y
democracia”.
http://www.alainet.org/publica/494.phtml
http://www.alainet.org/publica/494.phtml