"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 28 de abril de 2014

O governo nega intenção de criminalizar os campesinos




O ministro de Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, indicou neste sábado que nem tudo relacionado com os protestos anunciados para os próximos dias no país tem tons ilegais e que o Governo dessa nação sul-americana “sob nenhuma circunstância pretende criminalizar os campesinos”.


Em declarações oferecidas em Bogotá, capital do país, Pinzón agregou que os organismos de segurança do Estado haviam detectado organizações criminosas infiltradas e, em alguns casos, a coparticipação em sua organização, referindo-se à paralisação agrária convocada para esta segunda-feira 28-A na Colômbia.


O funcionário afirmou que o Governo “pretende protegê-los, trabalhar com eles, e a Força Pública está aí para acompanhá-los e para cumprir com seu dever de seguir atendendo qualquer necessidade que tenham os cidadãos e, em particular, os campesinos”.


Expressou, ademais, que o Governo da Colômbia e as autoridades respeitam o livre protesto, porém têm o dever de assegurar-se que este se faça no marco da lei. “Que não haja uma violação dos direitos dos demais cidadãos, que não se atente contra a vida, a honra e a tranquilidade dos cidadãos em geral”, concluiu.


Em horas da manhã deste sábado, os campesinos colombianos, representados no grupo de Dignidade Agropecuária, ratificaram que nesta segunda-feira retomarão a paralisação iniciada em agosto do ano passado após não conseguir um consenso com o Ministério de Agricultura.


Os dirigentes agrários assinalaram que, após várias reuniões com o Governo, não houve acordos com o ministro da pasta, Rubén Darío Lizarralde, para tratar de evitar o protesto. Ratificaram que seguirão em conversações com o Executivo.


O líder de Dignidade Agropecuária, César Pachón, disse à imprensa que nesta reunião se deixou claro que não políticas agropecuárias nem de meio ambiente nem para o transporte.


Sustentou que os cafeicultores, arrozeiros, cacauicultores, leiteiros, batateiros e plantadores de cebolas trabalham com altos custos em insumos, adubos e praguicidas, com a incursão mineiro-energética e o abuso contra os páramos.


No 18 de março passado, pelo menos 12 mil pessoas protestaram em Bogotá para exigir do governo Juan Manuel Santos o cumprimento de suas promessas para a melhoria do setor agrícola, que reclama ter sido prejudicado pelos Tratados de Livre Comércio [TLCs] com os EUA e alguns países da Europa.


O tema agrário foi o primeiro ponto de acordo entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia [FARC] nos diálogos que iniciaram em novembro de 2012 em Cuba para pôr fim ao conflito que golpeia o país desde há 50 anos. Ambas as partes pactuaram uma reforma agrária para distribuir zonas de cultivo aos campesinos sem-terra, mediante a criação de um grande fundo de terras.


Fonte: telesurtv.net