"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Chávez denunciou que mediação de Arias pretendeu conduzir Zelaya à rendição

O mandatário indicou que o processo de mediação simplesmente buscou dar tempo aos “golpistas” para levar adiante um processo eleitoral viciado, pelo que reiterou que seu governo não legitimará nenhum governo que surja enquanto se mantenha o regime de fato em Honduras.

TeleSur


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, denunciou nesta sábado que o processo de mediação no conflito derivado do golpe de Estado em Honduras, estimulado pelo governo dos EUA e liderado pelo presidente da Costa Rica, Óscar Arias, foi “uma trama montada desde o inicio do golpe” que pretendia conduzir ao mandatário constitucional hondurenho, Manuel Zelaya, à rendição.

Desde a Assembléia Nacional da Venezuela, onde aconteceu uma sessão especial para comemorar o décimo aniversário da convocatória da Assembléia Nacional Constituinte nessa nação, o mandatário criticou o papel que Oscar Arias desempenhou no processo de mediação sobre a situação de Honduras, onde se perpetrou um golpe de Estado militar contra Zelaya em 28 de junho passado.

Chávez também condenou as declarações de Oscar Arias e da secretaria de Estado dos EUA, Hillary Clinton, sobre a tentativa do presidente Manuel Zelaya de entrar em Honduras pela fronteira com a Nicarágua, qualificada por ambos de imprudente.

“Oscar Arias está repetindo o que o departamento de estado lhe diz e isso é indigno de um presidente da América Latina. Qual é o caminho de Zelaya, a rendição? A armadilha da Costa Rica abriu as portas do pântano”, disse Chávez.

Da mesma forma, assinalou que o golpe de Estado em Honduras configura a concretização de um plano da direita oligárquica hondurenha e de seus aliados no continente.

“Por Algum motivo os militares levaram Manuel Zelaya para a Costa Rica, o presidente Arias se negava a que Zelaya saísse do seu país, a armadilha estava montada desde o inicio, somente a Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) pode levar Zelaya a Manágua”, declarou.

Hugo Chávez manifestou que o processo de mediação buscava simplesmente dar tempo aos “golpistas” para levar adiante um processo eleitoral viciado. “Ai o que se estava buscando era congelar a batalha e dar tempo aos golpistas, que representam a burguesia hondurenha e detrás deles está o império Ianque”.

Neste sentido, ratificou sua posição de rechaço a “qualquer governo que surja deste golpe de Estado, jamais o reconheceremos como governo, não podemos nem devemos reconhecê-lo”.
Colômbia: o Israel de América LatinaO mandatário venezuelano também se referiu ao acordo que o governo de Álvaro Úribe pretende estabelecer com os EUA e, mediante o qual, a Colômbia permitiria a realização de operações militares do país norteamericano através de cinco bases localizadas em território colombiano.

“O império quer converter a Colômbia no ‘Israel’ da América Latina para agredir a qualquer povo que pretenda ser livre, é uma situação que atenta contra a paz do continente e o primeiro objetivo é, sem duvida, a Venezuela”, disse.

O mandatário convocou às autoridades colombianas para analisar este acordo e “evitar assim outras tragédias aos povos desta terra”.

“Espero que o presidente de Colômbia pare para pensar, ainda que seja por um minuto, sobre as consequências deste fato que estamos vendo sobre nossos próprios narizes, e as consequências que possa trazer durante os próximos anos para toda esta região”, acrescentou.