Piedad Córdoba afirma que as FARC estão dispostas a liberar mais reféns
Fonte: Adital
A senadora colombiana Piedad Córdoba afirmou que cinco reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) poderão ser libertos em aproximadamente um mês. A declaração da senadora foi dada ontem (14/07), em entrevista coletiva, em Cúcuta.
De acordo com Córdoba, a liberação dos reféns dependerá do presidente Álvaro Uribe, quem é o responsável por avaliar e negociar as condições impostas pelo grupo guerrilheiro. Na oportunidade da entrevista, a senadora solicitou novamente ao presidente colombiano uma reunião para definir estratégias para a entrega dos 24 policiais e soldados que estão no poder das FARC, assim como os corpos dos três militares que morreram em combate.
Até o momento, o grupo só deu sinal de que libertará o cabo Pablo Emilio Moncayo, sequestrado há mais de uma década, e o soldado Josué Daniel Calvo Sánchez, refém desde abril deste ano. Em entrevista à Prensa Latina, a senadora afirmou: "Não temos aproximação com as FARC, mas temos conhecimento, através de emissários, que eles insistem [que] a vontade de entregar as pessoas e o cadáver do capitão (Julián Ernesto) Guevara segue de pé; mas, até que tenhamos a autorização do Governo, não podemos fazer absolutamente nada, porque é assumir riscos que são absolutamente desnecessários".
Uribe autorizou, na quarta-feira passada (8/07), que a senadora Piedad Córdoba, juntamente com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR, sigla em espanhol) e com a Igreja Católica, formasse parte do operativo que receberá os reféns do grupo guerrilheiro e o corpo do capitão Julián Ernesto Guevara, morto em cativeiro.
Na ocasião, Córdoba pediu uma reunião com o presidente para decidir as estratégias que serão utilizadas para a libertação. No entanto, até agora, o encontro ainda não aconteceu. De acordo com Prensa Latina, Uribe já deixou claro que quem comandará a operação será o Alto Comissionado para a paz, Frank Pearl.
Segundo informações da Europa Press, o presidente informou que "a única condição para avaliar uma missão humanitária é que a guerrilha se comprometa a entregar a ‘todos’ os reféns ‘de forma simultânea’." A senadora, entretanto, acredita que se conquistarão mais avanços nesse campo caso Uribe concorde com a liberação de grupos de cinco pessoas. "Eu creio que poderíamos avançar em um grupo de quatro ou cinco (pessoas) em poder das FARC e avançar até o intercâmbio", declarou a senadora.