"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


sexta-feira, 10 de julho de 2009

O “diálogo” com golpistas na Costa Rica é um aborto de Washington

Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias - ABN, Caracas.


O presidente da República, Hugo Chávez Frias, considerou um grave erro a proposta de diálogo na Costa Rica entre o presidente legitimo e constitucional hondurenho Manuel Zelaya e o usurpador do Executivo, Roberto Micheletti, feita pela Secretaria de Estado dos EUA e que foi qualificada por Chávez como um aborto de Washington.

“O diálogo com os golpistas hondurenhos não é possível, na verdade é indigno. Esse diálogo já estava morto antes de acontecer”, afirmou Chávez, nesta sexta-feira 10 de julho, a representantes da mídia e de agencias de noticias internacionais, no Palácio de Miraflores.

Para o Presidente, quando a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, faz esta proposta, dá um passo atrás e, por antonomásia, a administração do Governo do Presidente Barak Obama cai numa grande contradição.

“Estamos dando o benefício da boa fé e acreditamos que foi um erro, mas não queremos pensar que se trata de um plano de Obama com Clinton. O que ocorreu em San Jose da Costa Rica se constitui numa armadilha para a democracia, um perigo e grave erro não somente para Honduras, mas para todo o continente Americano”, afirmou.

Considerou horrível o fato de receber, nos mesmos termos, a um presidente legitimo e a um usurpador do poder em Honduras, a um golpista, “nesse caso Micheletti devia ter sido preso na chegada a San José, um usurpador que é a cabeça de um regime que está perseguindo e assassinando o povo hondurenho”.

Advertiu que a democracia está em jogo e, inclusive, a paz do continente, “como dizia Martí: é chegada a hora dos fornos, um momento de prova, pois há um terremoto geopolítico, ético e político em todo o continente”.

Informou ainda que, segundo dados que possui, na Costa Rica aconteceu uma reunião de uma hora entre o presidente deste país, Óscar Arias, que foi designado como mediador do conflito e o presidente Zelaya, enquanto o encontro com o golpista e este mandatário foi de várias horas.

Chávez assinalou que os EUA, neste caso, devem fazer retificações para não continuar com estas contradições dentro da administração do Governo de Obama.

“As instituições imperialistas estão latentes no Governo dos EUA e o mundo já começou a sentir o impacto destas contradições no seio do Governo norteamericano e, por irradiação, também está se sentindo em toda a América Latina e Caribe”, afirmou Chávez.

Indicou que o presidente Zelaya, de forma inteligente, aceitou este suposto diálogo nestas condições, quando tudo indicava que essa proposta já estava morta antes de começar, o que foi constatado pelo Presidente Constitucional hondurenho.