Micheletti vinculado ao cartel de Cali numa lista de narcos do Ministério da Defesa.
Por: Jean Guy Allard 17/07/09
Fonte: Aporrea.org
O nome do líder do golpe hondurenho, Roberto Micheletti, aparece numa longa lista de narcotraficantes redatada, numa data não determinada, por um alto oficial do Ministério da Defesa e Segurança Pública de Honduras que o relaciona com o cartel de Cali, a rede colombiana do narcotráfico.
O documento – reproduzido pelo site cubadebate.cu – assinado pelo Coronel da Infantaria René Adalberto Paz Alfaro e levando o carimbo do ministério, assinala no número SN-FF. AA. 060, a ROBERTO MICHELLETI BAIN – com erro de grafia em Micheletti –com a "CONEXÃO" Cartel de Cali e sob a menção "LUGAR" a palavra "Yoro".
As notas biográficas de Micheletti informam que começou sua carreira política nos anos 80, quando ocupava o cargo de presidente do Conselho Local em Yoro, onde sempre conseguiu se eleger deputado ao Congresso Nacional.
Filho de um cidadão italiano, Umberto Micheletti, e de Donatella Bain, o atual usurpador da presidência hondurenha nasceu em 13 de agosto de 1948 no município de El Progresso (Yoro).
Estudou comércio nos EUA para logo dedicar-se aos seus negócios, a Empresa de Transporte TUTSA, no seu município natal.
O surgimento do nome de Micheletti na tal lista de narcotraficantes não deixa duvidas sobre a presença do seu nome nos arquivos do DEA, a agência antidrogas norteamericana.
Entretanto, nada a respeito foi divulgado até agora por fontes norteamericanas.
Chama a atenção o fato de que, faz alguns dias, um grupo de congressistas norteamericanos de extrema direita liderados pelos representantes da Florida, Mario e Lincon Diaz-Balart, tentaram sujar o nome do presidente constitucional Manuel Zelaya ao solicitar ao presidente Barak Obama que investigue seus supostos “vínculos com o narcotráfico”, através do DEA. Obama sequer respondeu.
Os Diaz-Balart têm um velho expediente de relações turbas com os círculos colombianos afilhados ao narcotráfico.
Por outro lado, o dirigente dos direitos humanos em Honduras, Andrés Pavón, em entrevista à Rádio Pacífica em 10 de julho último, afirmou que o general Vázquez Velázquez, chefe do Estado Maior hondurenho, tem conhecidas ligações com o narcotráfico.
"Ele é um homem da comunidade de inteligência da América Latina, próxima das estruturas do DEA e da CIA", explicou numa conversa telefônica com o jornalista Fernando Velázquez e divulgada pela Rádio Mundial da Venezuela.
Pavón acrescentou que tem "evidências que a própria embaixada dos EUA, através do DEA, foi cúmplice em operações de narcotráfico".
(Confira lista de cubadebate em aporrea.org/internacionales/n138878.html)