EVO MORALES DIZ QUE GOLPE DE ESTADO EM HONDURAS É ADVERTÊNCIA AOS POVOS PROGRESSISTAS DA AMÉRICA LATINA
Fonte: teleSUR - ABI/MM, 20h30
“Quando os governos decidem que os serviços básicos devem ser um direito humano, que deve terminar a exploração selvagem e desumana das empresas transnacionais. Esses governos são organizados na ALBA-TCP (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América) e buscamos um tratado de comércio justo para os povos”.
O presidente da Bolivia, Evo Morales, assegurou neste domingo (13/07) que o golpe de Estado contra o seu homologo hondurenho, Manuel Zelaya, é uma advertência do “império norteamericano” aos povos organizados, que questionam modelos econômicos e de exploração. Dize ainda que não se assusta, pelo contrário, ganha mais força.
Morales assegurou que essa situação se apresenta na América Latina e Honduras “quando os povos, junto de alguns presidentes, governam, se organizam para questionar modelos econômicos saqueadores e decidem questionar e mudar modelos econômicos de permanente exploração dos nossos minerais”.
“Quando os governos decidem que os serviços básicos devem ser um direito humano, que deve acabar a desumana e selvagem exploração das empresas transnacionais. Esses governos são organizados na ALBA-TCP (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) e buscamos um tratado de comércio justo para os povos”, agregou.
Explicou que, devido ao crescimento da ALBA, com a incorporação de mais países aos sócios originais (Venezuela e Cuba), o “imperialismo norteamericano decide parar o crescimento, que é parte da rebelião dos povos contra o imperialismo, como uma advertência, como uma ameaça”.
“Quero daqui dizer, desde os centros mineiros revolucionários, que essa advertência do império não me assusta e não nós assustamos, com mais força estaremos com os movimentos sociais para defender e aprofundar as grandes transformações, não somente na Bolívia, mas em toda América Latina”, frissou.
Reiterou que o império não “vai-nos calar”, não “vai-nos fazer retroceder” e relembrou que no ano passado, desde algumas cidades “à cabeça de algumas pessoas, tentaram um golpe de Estado não militar, mas civil e fracassaram”.
Mostrou-se convencido de que as Forças Armadas de seu país apoiaram o processo de mudanças que leva adiante “porque já não são dos anos 80, mas sim uma nova geração que o ajudam nos seus programas sociais”, como entregar os bônus “Juancito Pinto” para crianças em idade escolar nos lugares mais remotos da Bolívia, o programa Dignidade para idosos e o programa Juan Azurduy para gestantes”.
“Essas lutas vão continuar, os povos do mundo permanente derrotaram os diferentes impérios, ao império europeu, ao império espanhol, ao império romano, inglês, e agora ao império norteamericano”, sentenciou.