"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte.

A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


terça-feira, 7 de julho de 2009

Esposa de Zelaya marchará em Tegucigalpa com o povo hondurenho.

A primeira dama de Honduras, Xiomara Castro, afirmou que a partir de hoje Terça feira, marchará com o povo hondurenho em Tegucigalpa em rechaço ao golpe de Estado perpetrado o passado 28 de junho contra seu esposo e presidente constitucional do país centro-americano, Manuel Zelaya.

Castro instou ao povo a prolongar a resistência pacífica contra a ditadura que preside Roberto Micheletti, até lograr o retorno do presidente legítimo, Zelaya.

A entrevista com Xiomara Castro de Zelaya, que se encontrava na clandestinidade desde o dia do golpe militar, foi publicada pela emissora Radio Nacional de Venezuela (RNV) pelo cineasta venezuelano Ángel Palacios. O domingo que se apresentou a violenta ação, Xiomara Castro se encontrava junto a seu esposo justo no momento que ele fosse seqüestrado pelos militares encapuzados e logo expulso do país rumo a Costa Rica.

Logo de estar refugiada no interior do país, ontem, Segunda, a primeira dama acudiu à sede do Sindicato de Bebidas e Similares, onde ofereceu declarações à imprensa e posteriormente teve um encontro com os dirigentes da resistência popular ao governo de fato.

Em dita reunião, os coordenadores da frente nacional contra o golpe analisaram as mobilizações que lideram desde há dez dias, e estudaram sua estratégia prevista para restabelecer a constitucionalidade.

A Frente, logo de assegurar que redobrará as atividades, ratificou que as marchas e outras expressões de repudio ao golpe militar que derrocou o presidente constitucional, Manuel Zelaya, proseguirrão esta Terça por décimo dia consecutivo e até a derrota dos golpistas.

Por sua parte, Ángel Palacios, enviado especial a Honduras pela Associação Nacional de Meios Comunitários, Livres e Alternativos (ANMCLA), señalou que Xiomara Castro de Zelaya se mobilizará "resguardada por um escudo humano e protegida pelo povo" para impedir que infiltrados ou integrantes das forças repressivas atentem contra sua vida, e convidou os meios de comunicação internacionais a estar presentes na manifestação para difundir a notícia pelo mundo todo.

O dirigente do Bloco Popular Sindical Juan Barahona, declarou, também, a RNV que a assistência da primeira dama "é muito importante, já que essa atitude valente da primeira dama levanta a moral do povo que continuará lutando, sem descanso, até derrotar os golpistas".

"Ela chegou à sede de um sindicato operário e manifestou que está disposta a dar a cara e a estar nas ruas junto conosco; ela mesma convocou o povo a sair às ruas a partir das 8:00 da manhã (hora local) para se unir com seus filhos à mobilização", salientou o dirigente que tem mobilizado durante todos os dez dias consecutivos.

Barahona acrescentou que a atitude da primeira dama é “valente, positiva e oportuna” porque se trata de uma pessoa "muito respeitada" que acompanhará seu povo em sua luta contra l ditadura.

O passado sábado, Xiomara Castro de Zelaya denunciou ao diário El País desde a clandestinidade que o chefe das Forças Armadas, o General Romeo Vásquez, foi um dos cúmplices do golpe de Estado.

Castro de Zelaya indicou que logo de que o presidente Zelaya destituísse o general Vásquez por negar-se a distribuir as urnas do Referendo, ele manteve contato com ela oferecendo-lhe sua suposta solidariedade pese ao impasse com o Primeiro Mandatário.

"O mesmo sábado eu recebi uma ligação feita por ele às 2:00 da tarde e me disse: 'Olha, dona Xiomara, você se tem convertido agora em minha Comandanta e quero dizer-lhe que aqui está todo normal, você tem que entender que fomos contrários a repartir as urnas porque era ilegal, mas que estamos firmes com o Presidente. E você diga-lhe, por favor, de nossa parte a seu marido que, uma vez que passe todo, que venha ao Estado Maior para que podamos tomarmos um café e concertar tudo', comentou.

Mais adiante, asseverou que tanto ela como sua família se sentiam traídas pelas Forças Armadas do país centro-americano, apesar do apoio que Manuel Zelaya lhes havia dado.

"Quando ingressamos ao Governo havia seis mil policiais. Não tinham nem mochilas, e o presidente aumentou o número para 14 mil em apenas três anos. E com os soldados fiz igual. Deu para todos eles um salário decente. E olha: eles mesmos foram os que morderam a mão que os ajudou", explicou.

Fonte: aporrea.org