Zelaya convoca povo para recebê-lo domingo em Honduras
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, informou que voltará este domingo (05) ao seu país. Ele disse que desembarca no Aeroporto Internacional de Tegucigalpa, acompanhado por vários presidentes e membros da comunidade internacional, entre eles, Rafael Correa (Equador) e Cristina Kirchner (Argentina) e Fernando Lugo (Paraguai). Zelaya convocou todos os movimentos sociais e a população em geral para que se mantenham pacificamente nas ruas e o acompanhem em seu regresso.
Ele advertiu aos golpistas que estão "cercados" por todos os governos do mundo e os convidou a desistir dessa postura."Há um repúdio geral, em nível mundial, a essas ações dentro na nação. Esses atos não passarão em vão. Terão que prestar contas nos tribunais internacionais por suprimir liberdades e reprimir o povo", disse o presidente em anúncio transmitido pela emissora Telesur.
Zelaya convocou todas as organizações sociais a manterem-se em resistência contra o governo de fato e pediu que o façam sem armas e que deixem a violência para as autoridades que estão no poder. "Peço aos agricultores, donas de casa, amigos, políticos, empresários, que me acompanhem em meu regresso (...) Não podemos perder o nosso direito de escolher. Estou disposto a fazer qualquer sacrifício para obter a liberdade da nação", disse.
Zelaya reiterou que está é uma grande oportunidade para demonstrar ao mundo "que somos capazes de ir adiante apesar dos obstáculos desta seita criminosa que hoje pretende apropriar-se dos destinos da nossa nação."
Ele comunicou que este domingo volta a Honduras para "fazer cumprir aquilo que temos defendido em nossas vidas, que é a vontade de Deus através da vontade do povo."
"O destino da minha vida está ligado ao destino do povo hondurenho", disse o chefe de Estado, que recontou os acontecimentos do último domingo, quando foi sequestrado e levado para fora de seu país pelas Forças Armadas de Honduras, "que hoje estão em conluio com a elite voraz que asfixia o nosso povo".
"Estou disposto a fazer qualquer esforço para obter a liberdade que o nosso país precisa", disse ele, que chamou os militares de "golpistas traidores" e os pediu para "retificar essa posição no menor tempo possível".
A decisão de Zelaya de voltar a seu país acontece menos de 24 horas após as autoridades instaladas após o golpe que o derrubou, no domingo passado, terem rejeitado, o ultimato da Organização dos Estados Americanos para que restituam o presidente legitimamente eleito. Os golpistas afirmaram que, caso Zelaya voltasse a Honduras, seria preso. Também o aconselhara, a "evitar derramamento de sangue".
Fonte: vermelho.org.br