"A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!"

Agência de Notícias Nova Colômbia (em espanhol)

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A violência do Governo Colombiano não soluciona os problemas do Povo, especialmente os problemas dos camponeses.

Pelo contrário, os agrava.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Comunicado, Foro Militar



La Habana, República de Cuba. 14 de dezembro de 2012.
Sede dos diálogos pela paz com justiça social para Colômbia.



COMUNICADO. 
Às ações de guerra que contra o povo e contra o processo de paz se desprenderam desde a institucionalidade estatal, se soma hoje a decisão do Congresso da República de aprovar a reforma da justiça penal militar.
Marchando contra os interesses das vítimas do terrorismo de Estado, e não ouvindo a indignação nacional e internacional dos que advertiam, que com a reforma, se colocava nas cenas dos agentes criminais do regime a coroa da impunidade, o aparelho legislativo, em consonância com as decisões militaristas do governo, optou por abrir campo ao foro militar.
Enquanto estende sua débil retórica de paz, a aliança do desaforo selada entre governo e legislativo blindou sua máquina de guerra para continuar suas ações de terra arrasada contra o movimento popular, que a viva voz exige o cessar da confrontação e soluções aos profundos problemas sociais que lhe tem submerso na miséria.
Antes, a firme determinação popular impediu que prosperasse um vulgar projeto de reforma à justiça que este mesmo Congresso pretendeu impor também em aliança com o governo; hoje, o amor de pátria e a dignidade nacional devem ser sentidos para que os crimes cometidos contra o povo não fiquem no esquecimento.
Mais de 3.500 são os casos dos chamados “falsos positivos”, ou casos de civis assassinados por militares. De 1.200 casos que entraram em inquérito, apenas 665 passaram para a etapa de investigação e somente 72 chegaram a julgamento. O nível de impunidade que reina, para vergonha de todos, alcança 98% para os casos que estão em julgamento. E esta situação impera num cenário em que nenhum esclarecimento sério tiveram os casos de centenas de fossas comuns repletas de milhares de assassinados por conta do terrorismo de Estado.
O país está se perguntando: que Fiscal leva o caso do ex-ministro de Defesa Camilo Ospina, que firmou com seu punho e letra a Diretriz 029, que desfez estes crimes de lesa-humanidade? O país se pergunta, quem está investigando a Álvaro Uribe Vélez como chefe deste ministro do terror?
As FARC-EP, ao tempo em que condenam esta terrível passagem para a impunidade, advertem sobre os ventos de guerra que com esta decisão calamitosa, o governo – [através] da mão do desacreditado Congresso colombiano – anuncia ao país.
DELEGAÇÃO DE PAZ DAS FARC-EP